Os níveis de dióxido de carbono (C02) no mundo são os mais altos dos últimos 2,1 milhões de anos, revelou um estudo divulgado pela revista Science. O estudo confirma que esses maiores níveis do gás coincidiram com intervalos de temperaturas mais altas no planeta.
Segundo os cientistas do Observatório Terrestre Lamont-Doherty, da Universidade de Columbia, em Nova York, os níveis de C02 estiveram em uma média de somente 280 partes por milhão.
Atualmente esses níveis são de 385 partes por milhão, ou seja, 38% mais alto.
Os níveis atmosféricos do principa1 gás do efeito estufa têm atingido novos picos de a1ta, sem sinal de que a redução da atividade econômica mundial esteja reduzindo as emissões industriais.
0 aumento condiz com a tendência de longo prazo – disse Kim Holmen, diretor de pesquisas do Instituto Polar Norueguês, comentando as medições feitas por um projeto da Universidade Estocolmo sobre 0 arquipélago ártico de Svalbard, ao norte da Noruega.
As concentrações de dióxido de carbono deverão aumentar ainda mais em 2009.
As plantas absorvem o dióxido de carbono (Iiberado pela queima de combustíveis fósseis) da atmosfera à medida que crescem. Os níveis registram queda durante o verão do Hemisfério Norte e sobem de novo no outono, quando as árvores perdem suas folhas e outras plantas secam.
O buraco da camada de ozônio sobre a Antártida deste ano é o maior de todos os tempos, tanto em área quanto em profundidade, afirmam cientistas dos Estados Unidos. 0 chamado “buraco” é uma região na qual há uma grave redução da camada de ozônio – uma forma de oxigênio – que, na alta atmosfera, protege a Terra dos raios ultravioleta do Sol. Em excesso, a radiação ultravioleta pode danificar tecidos vivos, e causar câncer de pele em seres humanos.
Cientistas afirmam que gases produzidos pela atividade industrial humana, como os clorofluorcarbonos, danificam a camada, provocando o buraco. Por esse motivo, diversos produtos, como alguns gases usados como propelentes em latas de spray, foram proibidos nos últimos anos.
A área média do buraco do ozônio foi a maior já observada, com 27,4 milhões de quilômetros quadrados, disse Paul Newman, cientista do Centro de Vôo Espacial Goddard, da Nasa.
Além disso, medições de satélite detectaram uma leitura de 85 Unidades Dobson de ozônio. As Unidades Dobson dependem do número de moléculas de ozônio sobre um determinado ponto do solo, e medem a espessura da camada. Considera-se que há um buraco de ozônio se a leitura sobre uma área cair a menos de 220 unidades. (Ambientebrasil)