O nosso partido único: Confraria do peculato

O NOSSO PARTIDO ÚNICO:
CONFRARIA DO PECULATO

Dizia-se nas décadas de quarenta e cinquenta que existiam em Sergipe três grandes e dominadores partidos: o do boi e o da cana. Mas, costumavam fazer uma ressalva: os dois que eram antagônicos juntavam-se, em determinadas circunstâncias, e se identificavam perfeitamente em outro, o terceiro: o Partido da Pistola.

Essas observações que desgostavam profundamente o establishment caipira eram feitas por alguns desabusados jornalistas, raros e destemerosos militantes da esquerda, ou apenas liberais, crentes na justiça e na democracia, e ainda, também, por aqueles precursores dos “cientistas políticos” de hoje que se aventuravam em incursões pelas searas, naqueles ermos sergipenses quase desconhecidos, da sociologia.

A intelectualidade da terra preferia abancar-se nos ajantarados palacianos, aqui, na expressão absolutamente literal, e engordavam, soltavam banha pastosa comprimindo cinturões ou suspensórios, aderindo à barriga farta, e à despreocupação com o mundo, o seu mundo, a aldeia onde havia muita fome, analfabetismo, doença, elevada mortalidade infantil, expectativa de vida em torno de 40 anos.

Essa coisa, aquela sensação horrorosa de abismo social ameaçador, parecia fora do alcance daquelas mentes acomodatícias, ou temerosas, diante da existência de um Departamento de Ordem Política e Social, o DOPS, que estava atento às manifestações dos inconformados, para os quais sempre havia lugar na cadeia, e espaço a ser ocupado no fichário amplo, onde figuravam todos os que atentavam contra as “instituições democráticas”.

Há, infelizmente, algumas analogias aparentemente bizarras que podem ser elaborados entre o ontem do partido da Pistola e o hoje do partido ou Confraria do Peculato. Entre um e outro existe o traço da mesma patologia criminosa. Um partido, o da pistola, matava pessoas, sob a capa da impunidade, para impor com o sangue uma vontade, um privilégio, um capricho, ou a desforra da vingança.

O outro partido, o da Confraria do Peculato, hoje e ontem no poder, exaure as esperanças, corrói a alma e o corpo do país, é o crime que se assemelha a um genocídio, porque mata uma Nação.

A Confraria do Peculato arregimentou-se nos últimos dias, avançou sobre o espaço amplo que conquistou entre os poderes. Nesse avanço desmoraliza as instituições, enoja as consciências dos que repelem a fraude, o engodo, afronta a Nação. A Confraria, com os seus “templários” da roubalheira, invadem os partidos, deles nenhum escapa, açambarca o Executivo, o Legislativo, alcança, também, o judiciário, infiltra-se em todos os espaços, onde existirem poderes e centros decisórios.

E assim, em decorrência dessa união de interesses comuns até entre os que se combatem como adversários inconciliáveis, a Confraria do Peculato permanece imbatível.

DO BNDES AO GENRO
NUMA PENITENCIÁRIA

O novo presidente do BNDES começou fazendo um discurso medíocre. Mas, não foi só isso, embora a mídia tenha em tudo passado um borrão de silêncio. O economista Paulo Rabello de Castro pelo que disse durante e depois da solenidade, obviamente, não está à altura do cargo. Seria, apenas, mais um da Confraria. E o que ele disse depois numa entrevista? O presidente do BNDES, justificou o que fez o genro, destacando suas qualidades como  excelente pai,  exemplar pai de família.

DO “GATO ANGORÁ” AO
“DIVÓRCIO” DE GETÚLIO

O poderoso, implacável censor do Estado Novo, Lourival Fontes, lembrou-se que era sergipano quando quis ser senador, e, eleito, logo esqueceu-se. Lourival apaixonou-se pela bela, sedutora, árdega, e famosa jornalista e militante comunista em forçado recesso, Adalgisa Néry, que acabara o casamento com um famoso pintor, e também comunista.  Fontes era fascista convicto, condecorado pelo seu ídolo Benito Mussolini, e o outro, igualmente maligno, o rançoso Salazar.

Mas o amor supera convenções, quanto mais ideologias. Lourival queria casar-se com a fascinante Adalgisa, seria, para ele, uma joia a exibir, ou, a tentativa de trocar o rosto horrível, a sua figura desengonçada, pela imagem de um fauno sedutor. Porém, o que fazer o Brasil não tinha divórcio? Então, Getúlio resolveu o problema. Instituiu, por decreto, o divórcio, Lourival e Adalgisa casaram-se. No outro dia, o decreto foi revogado.

Michel, quanto à estatura moral, está a milhas e milhas aquém de Getúlio, mas o imitou, e da pior forma possível: editou uma Medida Provisória, especifica, com endereço certo, precisamente para dar status de Ministro de Estado ao seu amigo do peito, Moreira Franco, ou o “Gato Angorá”, como o chamava Brizola, e assim consta na lista, em jocoso código, da Odebrecht. Michel  presenteou o amigo com o foro privilegiado, para livrá-lo do Juiz Sérgio Moro.

DO CRISTO DEFRAUDADO
AO PROTESTO INSERVIVEL

Que pena, lá estava, no The Guardian, um dos jornalões ingleses, o nosso Cristo Redentor. Tinha, nos seus braços abertos, pendurado num, um saco sujo, de onde escorria dinheiro, no outro, a mão empunhava uma arma. É deplorável, nos envergonha, mas, de nada adianta reclamar, é inútil e até injusto recriminar os ingleses, culpar o jornal pelo desrespeito. Que respeito pode exigir um país onde o próprio presidente faz negociatas dentro do palácio que ocupa, e de onde deveria nos governar nos dar exemplos de probidade e decência.

Primeiro, teremos de percorrer a longa estrada para a reconstrução deste indestrutível pais, desta grande Nação, que tem sido traída e abastardada. Melhor não reclamar dos outros. Precisamos, com democracia e fazendo a boa política, tratar de nos reconstruir, de nos refazer, de nos limpar. Assim, mereceremos o respeito internacional. A imagem terrível nas páginas do The Guardian, pode ter sido, talvez, a melhor das advertências em relação ao clima de desmoralização a que chegamos no exterior, onde as pessoas já nos vêm com desdém, ou pena.

DO NASCIMENTO À VOLTA
ATÉ A SERRA DO MACHADO

João Carlos Paes Mendonça, filho mais velho de Pedro Paes Mendonça e Maria Dudú, nasceu, como os seus pais, na localidade Serra do Machado, então distrito de Itabaiana, ou seria de Ribeirópolis, o antigo Saco dos Ribeiros? O fato é que nasceu pobre, cresceu enfrentando carências, até que o pai, um intuitivo empreendedor, começou a fazer a montagem daquilo que o filho consolidaria, com as dimensões de um império econômico.

O Grupo JCPM coloca-se, hoje, entre os maiores do país. João Carlos foi bem mais longe daquilo aonde chegariam os mais ousados sonhos de quem vê o mundo pela primeira vez, ao lado daquelas serranias, que a neblina costumava encobrir todas as manhãs, quando ainda havia a mata exuberante, hoje devastada. Expandindo seus negócios pela Europa, instalando sua tenda de criador e visionário na ponta do continente, o “jardim à beira mar plantado” que é Portugal, João Carlos deve ter um sono tranquilo, que dá lugar aos sonhos, onde a fantasia se faz depois realidade.

No cantinho ancestral da Serra do Machado, está a Fundação Pedro Paes Mendonça, que, faz quase 30 anos, constrói solidariedade, concretizando um compromisso do empresário com o social. Isso,  que começou como um sonho, mudou para melhor a vida, até agora, de duas gerações de serranos.

Essa história é primorosamente contada no livro ‘A Serra e o Sonho’, pelo jornalista Ivanildo Sampaio.

DA LAGOA SALOMÉ
AO SECO SEMIÁRIDO

Ailton Rocha que é um especialista em recursos hídricos, e mais ainda ambientalista preocupado com tudo o que acontece à sua volta, seja no meio ambiente, seja no meio social, nasceu às margens da Lagoa Salomé, em Cedro de São João. Ali, na água lodacenta e no chão de lama, se cultivava muito arroz. Hoje, a lagoa está seca, Ailton começa a repovoá-la com árvores para substituir a mata nativa desaparecida.

Mas, volta os olhos para o semiárido, vive a consultar com o mestre do tempo, Overland Amaral, as projeções para este inverno, que começa auspicioso. Pensando as questões do semiárido que se resumem quase a uma só: a escassez de água, Ailton escreveu um ensaio onde aborda as consequências da seca devastadora de seis anos, que parece felizmente encerrada agora, e aponta ações proativas para reduzir os impactos das estiagens.

DA ATERRISAGEM POLITICA
AO AEROPORTO ASSEGURADO

Dizia Magalhães Pinto, com aquela sutileza, parte das habilidosas mineirices, que a política é como uma nuvem muda de lugar constantemente. E aí de quem não acompanhar essas mudanças. Foi exatamente por acompanhá-las, que o esperto banqueiro e político, na época governador de Minas, saltou do carro enguiçado das reformas do presidente João Goulart, das atoardas da esquerda, que o seu banco, o Nacional, em parte financiava, e tornou-se o “general civil” do golpe de março-abril de 64, disputando esse título, também ambicionado pelo governador da Guanabara, o voraz glutão de poder Carlos Lacerda.

Na manhã dessa sexta, dia 2, houve uma concorrida cerimônia no Palácio dos Despachos Augusto Franco. Nela, estavam o governador Jackson Barreto e o deputado federal André Moura, juntos, e com os mesmos objetivos. Com isso, finalmente, Aracaju ganhou a indispensável e urgente reforma do seu aeroporto. Os dois, certamente olharam, a tempo, as nuvens da politica cruzando pelos céus, e da altura dos desencontros que os separavam, resolveram descer, juntos, para uma aterrissagem forçada, certamente pelas circunstancias, mas que revela, nos dois, respeito a Sergipe, algo maior no coração do que meras odiosidades ou ambições.

André tem causado desagrado aos senadores Amorim e Valadares. Mas, enquanto o primeiro não vai além das lamurias tendo como foco o Hospital do Câncer, o outro, Valadares, não consegue livrar-se do ressentimento causado pela derrota eleitoral do filho, em Aracaju; pela debandada de liderados seus rumo ao projeto de JB. Mas Valadares ganha espaços, e Eduardo se retrai, enquanto André prepondera, sozinho, sobre os dois.

DAS CAMINHADAS EM BRASÍLIA
AOS RESULTADOS EM SERGIPE

O ex-prefeito de Canindé e ex-deputado federal Heleno Silva, agora chefiando o escritório de Sergipe em Brasília, chegou nesse fim de semana em Aracaju, e revelou a amigos que estava cansado e também muito satisfeito, depois da exaustiva maratona brasiliense, acompanhando o governador Jackson Barreto. Circularam por vários ministérios, setores variados da administração, e o resultado concreto, segundo Heleno, foram verbas liberadas, projetos acolhidos pelo governo federal, e aquilo que mais o deixara otimista: a possibilidade de construir, no semiárido, novas obras ligadas aos recursos hídricos.

ESTÁCIO ESCREVENDO
DO JORNAL DO LIVRO

Estácio Bahia, assim, tão baiano até no nome, muito sergipanizou-se, e já faz tempo.  Poderia até ser chamado de Estácio Sergipe, mas, assim, estaria desligando-se dos Bahia, ramo ilustre com tantas realizações ao seu crédito.  Estácio é hoje sergipano de qualquer jeito, faz parte intensa da vida sergipana, mais ainda: retrata a vida sergipana, nos artigos de jornal, nos livros que escreve.

Professor de comunicação, jornalista, membro da ASL, ele mantem suas devoções à Amélia, a esposa, aos filhos, e a mais longa de todas, às letras, porque a cultiva desde criança. Suas crônicas no Jornal da Cidade estão agora reunidas em livro, Falando de Outros e de Outras Coisas, lançado na ultima semana, com o prestígio amplo de tantos amigos.

DE PARIS, CAIRO AO
AJU DA NEFERTITI

Como acostumou-se a fazer, já vão lá uns 30 anos, Thais Bezerra festeja dia 9 de maio o aniversário em Paris. Depois, sai em vilegiatura mundo afora. Foi agora ao Egito, começou pelo Cairo, fez o percurso em barco ao longo do Nilo, cavalgou, ou seria camelou? Porque montou camelos. Voltou, em Aracaju fez a outra comemoração, numa noite egípcia.

Depois do que aconteceu, há quem diga que Thais incorporou a rainha Nefertiti, esposa do faraó Amenofis IV, o Aquenaton. Os dois aboliram os antigos e numerosos deuses, e criaram um só, a ser adorado: o rei sol, Áton. Se Thais incorporou ou não Nefertiti, é questão a ser resolvida pelo seu guru, o médium Benjamin Teixeira.

DE SERGIPE AO FORUM DE
INVESTIMENTOS BRASIL

Lá se foram sergipanos, técnicos, um secretário de estado, todos movidos pela ânsia de encontrar investidores possíveis, neste cenário que desalenta o mais renitente dos otimistas. E foram de fato encontrá-los, dispostos todos a investir no Brasil, também alguns, conhecendo melhor Sergipe, avaliando as nossas possibilidades, dispondo-se a chegar até aqui e verem tudo de perto. Oportunas, adequadas, e sempre produtivas, são ações como essas. O cenário foi o Fórum de Investimentos Brasil, realizado em São Paulo. O ambiente estritamente profissional reuniu centenas de investidores estrangeiros, mais ainda de brasileiros.

Foi promovido pelo governo federal, e teria sido muito mais eficaz, se já houvéssemos superado as nossas incertezas, as debilidades do atual momento. Havia uma mesa para cada estado, todas com o mesmo tamanho e o mesmo numero de técnicos em cada uma, para receber, conversar e convencer os que chegavam. O Secretário do Desenvolvimento José Augusto Pereira de Carvalho formou um afinada e consistente equipe, ele próprio participou intensamente dos contatos, ao lado dos técnicos de alto nível, Magaiver Correia, Sudanez Pereira, e Caio Lucas, este, fluente em inglês, estudou na Nova Zelândia, durante dois anos, especialista em relações internacionais.

DE ALMEIDA GARRET AO
“VETERINÁRIO SERTANEJO”

De Volney Britto o valoroso “veterinário sertanejo” recebemos o e-mail que reproduzimos. Com um texto leve, sensivelmente telúrico, fala sobre o caminho das serras, do qual aqui tratamos antes, e, assim fazendo, Volney segue aquela linha do escritor português Almeida Garret, autor de As Cidades e as Serras.

É o sentimento que já no século 19 existia em relação a uma fuga, ou a um encontro dos urbanos em direção à natureza, ou do que ainda dela vai restando.

Boccaccio, um dos anunciadores do Renascimento, fez seus personagens deixarem a cidade, correrem ao campo, buscando o abrigo do ar puro para se livrarem dos miasmas da peste que devastava as cidades. Quase no meio de uma floresta, cada um, eles eram dez, contou uma história, e assim surgia o Decameron, um dos ícones da literatura universal.

Então, apenas para  subir e descer serras, caminhando, sem a pretensão de mais nada, o escrevinhador convida o veterinário sertanejo para as jornadas da Expedição Serigy, e, caso vença a alergia tardia que surgiu, causada pelo suor de cavalos, dispõe-se a marchar com Volney, no lombo de uma mula antialérgica, pelas serras íngremes de Porto da Folha.

O e-mail:

Amigo Luiz Eduardo Costa,

A minha ansiedade até angustiante, quando o nobre jornalista deixou de uma semana para outra, divulgar “O roteiro das serras”.

Deliciei-me com a sequência da matéria, começando pelo morro do urubu em Aracaju, enaltecendo a vista magnífica da cidade de Barra dos Coqueiros. Seguiu-se a Serra de Itabaiana lembrando os mistérios de se encontrar ouro e esmeraldas, para decepção de Walter Batista, bem como lembrando Percílio, amigo das aves do refúgio serrano.

Em Canindé, a Serra Grande e suas variedades de trilhas. Finalmente, chegando a Poço Redondo, dando enfoque especial a Serra da Guia. Na Serra da Guia, quero lembrar Dona Zefa, que durante o período que trabalhei em Poço Redondo, nos meus momentos de incertezas, sempre recorria a Dona Zefa, rezadeira, benzedeira e me deixava confortável.

A matéria também lembrou nossos vizinhos baianos, lembrando a Serra do Peito de Moça em Paulo Afonso e em Piranhas navegando pelo Cânion, descendo o ecopark em Poço Redondo chegando à Grota do Angico, local em que morreram Lampião e Maria Bonita, no fatídico combate de 28 de julho de 1938.

Fiquei feliz com sua narrativa, mas também decepcionado, porém, sem constrangimentos desse grande amigo. Esperei que na matéria, fossem citadas as serras da Tabanga e Melancia, que ficam no município de Gararu. Imagine da minha felicidade, como filho de Gararu, que fossem citadas Serra da Tabanga, à margem direita do Rio São Francisco, onde do seu pico destacam-se as belezas dos povoados Brandão, Lagoa Funda, Tijuco, Escurial e do outro lado à cidade de Traipu, Alagoas.

Outro fato importante dessa serra, um grupo de estudantes de geologia de Sergipe descobriu a pedra do Diogo, com seus hieróglifos indecifráveis. Quando estudei geografia de Sergipe nos anos 60, a Serra da Tabanga era o segundo ponto culminante do estado, perdendo para a Serra de Itabaiana com seus 860 metros de altura. Na sequência da Serra da Tabanga, ela se desloca por um percurso de 20 km, onde termina com a mesma altura a Serra da Melancia, que divide os municípios de Gararu, Itabi e Nossa Senhora de Lourdes.

Do alto podemos visualizar estas cidades e ainda observar o Velho Chico, mesmo com sua agonia continua importante para matar a sede dos homens e animais e ainda fornecendo água aos perímetros irrigados. “Não sei até quando”.

Concluindo, tenho grande apreço pelo mestre Luiz Eduardo Costa, mas como filho de Gararu e apaixonado por minha terra, era uma oportunidade a lembrança desse município com seus 140 anos de emancipado.

Finalizando, atualmente, totalmente aposentado, morando na roça em Gararu, que serve de laboratório aos conhecimentos das ciências agrárias, atendendo os produtores da região, solicito do amigo, se possível, incluir mais um idoso nas suas excursões enquanto o avanço da idade a tudo desordena.

No momento, tenho me dedicado às cavalgadas e breve lhe farei uma visita em Curituba montado em minha mula. É isso que tenho feito semanalmente: “Cavalgar”.

Um abraço do amigo,

Wolney Brito
Um veterinário sertanejo.

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