O Preço da Sustentabilidade

O blog publica hoje um artigo do leitor Airton Francisco da Rocha, sobre a biodiversidade:  Na matéria intitulada “Matar a natureza é matar o lucro”, revista VEJA, ed. 2168 / 9 de junho de 2010, p. 149 a 154, a jornalista Gabriela Carelli descreve com inteligência como algumas empresas já descobriram que a biodiversidade significa dinheiro em caixa e que a saúde do negócio está vinculada à saúde do planeta.

 

O aquecimento global, a escassez de água, a extinção das espécies e o despejo de produtos tóxicos afetam profundamente o funcionamento da sociedade e também o das empresas. Pela primeira vez na história, os empresários deparam com limites de crescimento reais impostos por questões relacionadas à natureza. O mundo dos negócios e o mundo natural estão inextricavelmente ligados. Todo produto que chega ao consumidor, seja um carro, um tênis ou uma xícara de café, tem origem na extração ou colheita de bens da natureza. Esses bens, a água, as terras cultiváveis, as florestas, são finitos. Justamente nesse ponto reside o maior desafio para as empresas. Desde a Revolução Industrial, iniciada no século XVIII, o modelo econômico mundial privilegiou a produção em detrimento da preservação dos recursos naturais. Essa conta está sendo cobrada agora – e é bem cara, afirma o economista Andrew Winston, da Universidade Princeton.

 

A destruição da biodiversidade nunca foi tão intensa. De acordo com um relatório da Organização das Nações Unidas divulgado no mês passado, mais de 60% de todos os ecossistemas do planeta estão ameaçados. Desse total, 35% são mangues e 40% florestas. Hoje, a demanda por recursos naturais excede em 35% a capacidade da Terra. Entre 2000 e 2005, a devastação das florestas na América do Sul foi de 4,3 milhões de hectares, 3,5 milhões deles no Brasil. De acordo com a ONU, só o desmatamento e a degradação de áreas de mangue causam um prejuízo anual de 2,5 a 4,5 trilhões de dólares à economia global. Equivale a jogar no lixo um valor próximo ao PIB do Japão, o segundo maior do mundo.

 

Nesta semana, em Busan, na Coreia do Sul, representantes de um conjunto de países estarão reunidos para discutir a criação de um grupo destinado a estudar as consequências das alterações na biodiversidade do planeta. Será um organismo semelhante ao IPCC, da ONU, que estuda as mudanças climáticas e seus efeitos. O material de trabalho do grupo a ser formado é o relatório “Aspectos econômicos dos ecossistemas e da biodiversidade”, elaborado por treze países, entre desenvolvidos e emergentes, cuja última parte será divulgada em outubro.

 

Calcular, em dinheiro, o prejuízo da destruição dos recursos naturais não é tarefa fácil. Primeiro, é preciso atribuir um valor monetário a toda a biodiversidade da Terra. O economista Robert Costanza, da Universidade de Vermont, foi o primeiro a fazê-lo. Em 1997, ele concluiu que a biodiversidade do planeta valia 33 trilhões de dólares. São 45 trilhões de dólares, em valores atuais. Para chegar a essa quantia, estimou-se quanto custariam os serviços prestados gratuitamente pela natureza ao homem, como a água limpa, o solo fértil para plantio de alimentos, a purificação do ar pelas florestas, a polinização e outros recursos naturais. Foram avaliadas dezessete categorias, que ganharam o nome de serviços ambientais. A conta é complicada e pode implicar erros pontuais, mas até agora é a única maneira eficiente que os ambientalistas e economistas encontraram de mostrar para a sociedade e para as empresas quanto está sendo desperdiçado.

 

A criação de índices de sustentabilidade nas principais bolsas de valores do mundo reflete a valorização das companhias verdes. Quando o mercado de capitais, centro financiador do desenvolvimento econômico, cria um índice, dá um recado explícito às empresas do que ele procura. Nesse caso, o mercado deixou claro que a agenda socioambiental não pode ser ignorada pelas empresas que querem prosperar. Na Bolsa de Valores de São Paulo, o índice de sustentabilidade (ISE), criado há cinco anos, mostra resultados melhores do que o índice tradicional. No ano passado, as ações medidas pelo índice Ibovespa subiram 18,5%, enquanto as medidas pelo ISE da Bovespa aumentaram 24,7%. Atualmente, 34 empresas integram essa carteira de ações.

 

Os caminhos até uma economia verde e sustentável começaram a ser traçados na década de 70, quando os efeitos danosos da industrialização no ambiente se tornaram mais visíveis. Em 1987, a expressão desenvolvimento sustentável foi definida no relatório “Nosso futuro comum”, também conhecido como Relatório Brundtland, elaborado pela Comissão Mundial de Meio Ambiente e Desenvolvimento, da ONU. Surgia a idéia de que o desenvolvimento não deveria implicar riscos à natureza a ponto de prejudicar as gerações futuras. No decorrer da década de 90, com as discussões em torno do aquecimento global, a sociedade começou a pressionar as instituições financeiras para boicotar grandes poluidores. Surgiu assim, em 2002, o Tratado Princípio do Equador, a primeira intervenção real do setor econômico na questão da preservação da natureza. No acordo, dez dos maiores bancos do mundo se comprometeram a não emprestar dinheiro a empresas que desprezassem as preocupações com o ambiente em suas atividades. Era questão de tempo para que, ao longo da década, as empresas de todos os ramos de atividade descobrissem que destruir a natureza é reduzir seus próprios lucros. (Airton Francisco da Rocha Rocha –   Superintendente de Recursos Hídricos da SEMARH, Diretor Regional da Associação Brasileira de Recursos Hídricos em Sergipe e Presidente do Fórum Pensar Cedro. afrocha@infonet.com.br )

 

 

Marcelo Déda anuncia chapa majoritária

O governador Marcelo Déda (PT) anunciou na tarde da sexta-feira, 11, no auditório do Sindicato

dos Bancários, a tão ‘esperada’ composição da chapa majoritária. O senador Almeida Lima havia anunciado, em um manifesto assinado pela maioria da direção nacional do PMDB, que em Sergipe o partido só faria parte da aliança com o grupo liderado por Déda, se ele (Almeida) fosse candidato a reeleição. Depois de anunciar a chapa – Déda governador, Jackson Barreto, vice, Valadares e Eduardo Amorim para o Senado -, o governador distribuiu cópia de um documento, assinado por 20 membros do Diretório Nacional do PMDB, em que delibera Jackson Barreto como único pré-candidato que irá integrar a chapa majoritária nas próximas eleições na condição de vice-governador. E ainda tendo deliberado não apresentar candidatos ao Senado da República.

 

Diálogo com partidos

Ao referir-se à composição da chapa, Marcelo Déda disse ter deflagrado, desde janeiro de 2010, um  processo de diálogo com os partidos que integram a coligação desde 2006. “O processo de discussão tem que ser o mais livre dos projetos e eu tinha que ter toda a paciência. Num primeiro momento eu tive o compromisso com o senador Valadares e Jackson Barreto, e, apoiá-los para disputar o Senado da República”, disse.Déda afirmou ter descartado “o uso da pressão, da tapea; ninguém tapeou ninguém e as coisas foram caminhando com paciência, até o resultado final com esse jovem Eduardo Amorim. Nossa coligação não teve casamento apulso, ninguém vai para delegacia, pois casamento com revólver na cabeça só em festa junina”, ressalta.

 

Gesto histórico

“O gesto que vai entrar para a história nesse ano é o de Belivaldo Chagas, que num momento certo abriu mão de ser vice-governador. Meu agradecimento e meu reconhecimento. Você é um homem companheiro. Não é elogiar para aliviar a dor”, diz elogiando ainda a decisão de Bosco Costa, que em 2006 abriu mão da disputa eleitoral para se integrar ao projeto petista.“O povo de Sergipe não vai seguir o gesto de caranguejo de caminhar pra trás, pois essa é a coligação mais competente. Vamos fazer não apenas uma maioria, mais uma maioria ampliada de deputados federais, fato inédito na história de Sergipe, afirma lembrando que eleição se ganha nas urnas.

 

Partidos

Fazem parte da coligação, os partidos: PT, PCdoB, PMDB, PSC, PSB, PSL, PDT, PRB, PR, PTdoB, PTB, PTB, PTN, PMN, PTC, PRP e PRTB. “Agora vamos partir para as convenções, disse Déda confirmando a participação da pré-candidata do PT à Presidência da República, Dilma Roussef na convenção estadual do partido. (Infonet/ Aldaci de Souza)

 

Albano não apareceu

A expectativa dos presentes ao anúncio da chapa majoritária era a possível presença do deputado Albano Franco, do PSDB, já que ele gosta de estar presente em atos do Partido dos Trabalhadores. Mas desta vez ele não foi, nem mesmo para tirar a famosa soneca.

 

Reclamação a SMTT e Prefeitura

Da leitora Kelly Cristina : “Este é o email, que tenho enviado a SMTT e a Prefeitura, para denunciar esta situação absurda, que acontece com os verdadeiros taxistas de Aracaju: Infelizmente este meu desabafo, vai ser mais uma vez lido por vcs e não terá nenhuma solução, mas mesmo assim farei.”Meu esposo trabalha como defensor de táxi, á 6 anos, imaginem vcs durante 6 anos, algumas pessoas que tem seu emprego fixo ou sua aposentadoria, que passam o mês tranquilo em casa, sem correr riscos nas ruas, sem sofrer ofensas, ameaças, sem tomar chuva ou sofrer com o calor, esperar todo final de mês para receber o valor de no mínimo 1 salário mínimo por mês, sem esforço algum, apenas para poder ampliar a renda que já possuem.Os pontos foram oferecidos como concessão ou qualquer outro nome que tenha, para que pessoas que precisassem trabalhar na função, e para quem não tivessem outro meio de obter renda. Infelizmente isto nunca mais foi revisto, e hoje em dia existem mais defensores trabalhando do que taxistas donos das concessões.Pra ter certeza é só olhar o cadastro dos taxistas e observar que ,mais de 80% deles, tem defensores ou motoristas auxiliares.A partir deste mês meu marido fica desempregado, e quem irá oferecer um ponto de táxi a ele? quem de vcs irá pagar a propina que os donos de ponto e os despachantes pedem no valor mínimo de R$ 6.000,00 para poder alugar o ponto, além do pagamento mensal de 1 salário mínimo?Com certeza nenhum de vcs, e a impunidade irá continuar, independente de quem é o Superintendente no período, nada muda, pq vcs recebem seu salário todo mês, em cima do trabalho destes mesmos taxistas que não são donos dos pontos, pois todas taxas e manutenção da SMTT, são eles que pagam, não os tais donos, que só lucram em cima de nós que precisamos trabalhar e tripudiam em cima da SMTT e da Prefeitura, deixando claro que eles são melhores que todos, pois driblam as leis do Município e fazem de todos nós os palhaços de seus circos particulares, pois eles são os donos.Prefeito seja duro, puna quem esta tripudiando de sua autoridade e da SMTT, não permita que pessoas que tem emprego fixo, permaneçam com pontos de táxi, não permita que propinas sejam cobradas, não permita que esta concessão seja vendida, um comércio que dribla a Lei Municipal, e que não trás tributo algum ao Município. Por favor olhe por estes que são taxistas e que tanto tem contribuído para o crescimento de Aracaju.”

 

 

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Frase do Dia

“É no silêncio que se educa o talento, e na torrente do mundo o caráter.” Goethe.

 

O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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