Durante muitos anos, acompanhamos o atual presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, tentar repetidas vezes alcançar o seu objetivo maior que era ser presidente do Brasil. Foi uma tentativa após a outra, até que, finalmente, o povo brasileiro resolveu lhe dar um voto de confiança, elegendo-o para um mandato de quatro anos, iniciado em 2003. Até então, quem não lembra, o eterno candidato petista sofreu o pão que o diabo amassou. Era classificado – ou desclassificado – como uma incógnita para a nação. Um verdadeiro terror entre as chamadas classes dominantes.
É sempre assim. As elites adoram rotular as pessoas, de acordo com os seus sórdidos interesses. Dentro do próprio PT, inclusive, por conta disso, a candidatura de Lula em 2002 era vista com maus olhos. Havia, dentro das hostes petistas, quem discordasse em lançá-lo mais uma vez candidato. Mas essas vozes destoantes tiveram que engoli-lo e hoje fazem de conta que nada daquilo acontecera. Afinal, o homem é presidente, não é mesmo?
Em Sergipe, as discussões internas no PT não são diferentes. A diversidade de interesses, muitas vezes, tem conduzido o partido a situações difíceis e completamente antagônicas às suas necessidades. Atualmente, detém o poder na capital. Mas precisa, como nunca, deixar de ser sectário, banir rótulos do passado de seu vocabulário e passar a fazer afagos em importantes lideranças do interior simpáticas à causa petista, caso sonhe mesmo em brigar pelo governo e pelo Senado, nas eleições do ano que vem. Apesar de gostar de divisões, a hora é de somar.
Mesmo internamente, divergências em torno de possíveis candidaturas devem ser reavaliadas. Não dá para se imaginar nomes de peso como o de José Eduardo Dutra e Silvio Santos sendo rifados para dar lugar a nomes sem nenhuma expressão dentro e fora do partido. Não faz o menor sentido. É verdade que o atual presidente da Petrobrás, e ex-senador por Sergipe, José Eduardo Dutra, bem como o novo secretário nacional de Articulação Social, Sílvio Santos, já sofreram honrosas derrotas pela legenda no passado. Mas isso só os fortalece. São nomes que as pessoas conhecem… e respeitam. Já imaginou o que seria do PT hoje se não tivesse insistido com o “derrotado” Lula?