O que aprendemos com a queda do Facebook

A queda global, na última terça-feira, 04, do WhatsApp, Instagram e Facebook, que pertencem ao conglomerado Facebook de Mark Zuckerberg, foi explicada pela empresa como uma falha interna: um defeito durante alteração em suas configurações. A plataforma informou também que não houve um ataque hacker nem vazamento de dados de usuários.

Não faltaram especialistas para explicar o apagão e a possibilidade levantada por muitos foi de um erro de DNS – Domain Name System ou Sistema de Nomes de Domínios) – em que um computador com uma espécie de banco de dados relaciona o endereço “nominal” ao endereço real para poder acessá-lo. Quando ocorre uma falha em um desses servidores, o endereço IP fica fora de alcance. É como se o “GPS dos sites” não conseguisse encontrar a rota para levar os usuários até as páginas.

Mas é claro que não podemos deixar de achar estranho que isso tudo ocorreu um dia após uma ex-funcionária fazer denúncias sérias contra o Facebook. E também pela queda geral ocorrer na mesma semana em que o Facebook é centro de uma discussão econômica, ética e moral dentro dos mercados financeiro e de mídias nos EUA.

Bem quando a empresa está enfrentando uma série de acusações, após divulgação das reportagens do Wall Street Journal, que revelaram que o Facebook sabia sobre os problemas com seus produtos, dentre eles o Instagram causar danos à saúde mental de adolescentes e propagar desinformação sobre os eventos no Capitólio, em janeiro deste ano. Além das discussões nos EUA sobre o Facebook manipular seu próprio algoritmo para trazer cada vez mais ódio (discussões ferrenhas e polarização) e, com isso, mais engajamento, sem se preocupar com o bem comum.

Todos esses acontecimentos nos fazem refletir se ocorreu mesmo uma falha interna numa semana “errada” ou se foi uma jogada de marketing do Facebook para lhe mostrar a dependência destes aplicativos (de redes sociais e mensagens instantâneas). Levantando a discussão de que, se estas empresas tiverem qualquer espécie de regulamentação externa, podem romper a função que têm hoje em dia na comunicação e entretenimento.

Não podemos deixar de ressaltar o peso desses aplicativos para o funcionamento de algumas empresas, que os utilizam para divulgar seu trabalho e se comunicar. Sabemos como o WhatsApp revolucionou a nossa forma de nos comunicar.

Pensando no que ocorreu, o que sugiro é que você diversifique sua comunicação. Se a comunicação com a sua comunidade está concentrada em um só lugar, é provável que tenha tido um dia péssimo. E o mais preocupante é o impacto que isso possa ter causado no seu negócio.

Ressalto a importância de construir uma comunidade engajada, pois se ela for fiel à sua marca, não importa o meio de comunicação que vocês irão utilizar. É neste momento que entendemos que sua marca precisa ser de fato multimídia.

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Não é a primeira vez
Falhas nos serviços do Facebook não são inéditas: só este ano, os apps tiveram instabilidade pelo menos três vezes, em março, junho e setembro. Geralmente, as redes sociais voltam a funcionar em menos de duas horas. No blecaute desta segunda, foram quase sete horas sem retorno, o que não é comum.

Memes
Para variar, a queda global destes três aplicativos foi motivo de divulgação de vários memes pelo Twitter e Telegram.

 

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