O que é o adoçante artificial (Análise do Aspartame)?

“É a mente que faz alguém sábio ou ignorante, escravo ou livre.”(Sri Ramakrishna)

A polêmica sobre os adoçantes ainda vai demorar muito para ser encerrada, de tempos em tempos surgem artigos em jornais e revistas contra ou a favor, assinados por profissionais “ de duvidosa competência” que em vez de esclarecer, que em sua grande maioria servem mais para confundir, do que para esclarecer….

Em meados dos anos 90 surgiu um artigo na internet, supostamente assinado por uma médica americana ( Drª Nancy Mackle ) que fazia sérias denuncias ao aspartame, como fator prejudicial à saúde, essas acusações eram tão graves que assustaram muito os usuários do uso de alimentos dietéticos e adoçantes.

Na época essa médica participou de uma possível -( e nunca documentada ) -conferência sobre o meio ambiente, aonde foi divulgada a existência de duas epidemia nos Estados Unidos: esclerose múltipla e Lupus Eritematoso Sistêmico (doença que pode tornar-se, em alguns casos muito deletéria), e que seria diretamente ligada ao consumo de aspartame, comercializado com o nome de nutraSweet; Além disso, e nessa mesma linha acusatória o adoçante poderia causar a “Doença do Aspartame”, com sintomas do tipo: Fibromialgia, espasmos, dores, formigamento nas pernas, câimbras, vertigem, tontura, dor de cabeça, zumbido no ouvido, dores articulares, depressão, ataques de ansiedade, fala atrapalhada, visão borrada ou perda de memória.

Nessa denúncia ela também afirmava que existiam evidências de que a substância edulcorante em questão seria a causadora de uma acidose metabólica e que teria uma associação direta na gênese e no desencadeamento da doença de Alzheimer porém o mais grave dessas informações foi quando começou a chamar a atenção principalmente dos diabéticos, dizendo de forma inequivocadamente mentirosa, que o aspartame mantém fora de controle a taxa de açúcar no sangue, podendo levar o seu usuário à descompensação metabólica e consequentemente ao coma,além disso o adoçante também era ainda acusado de ser responsável por sintomas como perda de memória, confusão mental e severa perda de visão.

Ela afirmava també, que a fenilalanina , um dos componentes desse adoçante , poderia levar à psicose maníaca depressiva, ataque de pânico, fúria e violência.

Essa Pseudo-Médica também especulava que o uso do aspartame na época da concepção poderia causar defeitos fetais; retardo mental (pela concentração de fenilalanina na placenta),e diversos outros tipos de problemas neurológicos (causados pelo metanol presente na fórmula).

Segundo ela o aspartame não seria um produto dietético, pois faz com que a pessoa deseje carboidratos e ganhe peso.

A Verdade dos Fatos

Precisamos a principio ter muita cautela com informações sobre assuntos relacionados à saúde, principalmente de fontes pseudo – confiáveis e vindo de origem pouco ortodoxa.

Para começo de conversa essas acusações estão apenas levando hipóteses, apesar do seu caráter dramático e definitivo, mas sem nenhum embasamento científico.

Sabemos que o aspartame é um adoçante de natureza sintética, totalmente metabolizável, composto por dois aminoácidos –fenilalanina (50% ) e ácido aspártico (40%) ,além do metanol (10%).só a titulo de comparação, podemos tomar como exemplo que um copo de suco de tomate tem seis vezes mais metanol que uma lata de refrigerante dietético com aspartame.

Não precisamos nos alarmar com os malefícios que o metanol contido no aspartame possa trazer à saúde, pois ele é idêntico ao metanol presente em quantidades muito maiores em frutas, sucos e vegetais, e também torna-se crucial referir que no caso da fenilalanina e do ácido aspártico, que também estão presentes naturalmente em alimentos tais como: carnes, feijão e leite em quantidades muito maiores, e não prejudicam, e sim ajudam o nosso organismo a nos dar saúde e bem estar…

Além dessas aberrações cientificas, podemos aferir de que com relação ao aumento da incidência de câncer cerebral, decorrente do uso do adoçante, as suspeitas foram levantadas porque houve um aumento de 67% nessa incidência, nos EUA, entre os anos de 1978 e 1999 na população com mais de 65 anos, sendo o grande pique entre os anos de 1989 e 2006.

Porém, é muito importante se destacar que o início do aumento da incidência foi em 1973 , ou seja , oito anos antes da aprovação do aspartame nos Estados Unidos, além diso, sabe-se que desde 1985 a incidência deste tipo de câncer encontra-se estável, tendo havido inclusive um significativo declínio entre 1991 e 1993, paradoxalmente, enquanto o consumo de aspartame cresceu significativamente naquele país nestes últimos anos.

Em decorrência disso o National Câncer Institute, dos EUA, declarou em abril de 1987 que “ não existe clara ligação, baseada em estudos em humanos e animais, entre o uso de aspartame e o desenvolvimento de tumores cerebrais.”

O consenso entre os endocrinologistas é de que o uso do aspartame não causa prejuízos à saúde dos diabéticos e/ou obesos, mas é extremamente importante salientar, de que é uma substância totalmente contra-indicada para os indivíduos que apresentam fenilcetonúria, uma doença genética extremamente rara que provoca o acúmulo da fenilalanina no organismo, causando retardo mental.

Um dado bastante significativo da preocupação dos especialistas com esse assunto, é a utilização da “ ingestão diária aceitável “ (FDA) que corresponde à quantidade máxima de aditivo , que se consumido diariamente durante toda a vida , não causaria efeitos desfavoráveis, para se obter esses dados, algumas Comissões foram formadas para obter esses valores, como por exemplo a comissão Cientifica de Alimentos da Comunidade Européia, a Comissão Conjunta de Especialistas em Aditivos Alimentares , da Codex Alimentarius, assim como a Secretaria Canadense de Proteção à Saúde que determinaram uma IDA de 40mg/kg para o aspartame .

Nos Estados Unidos a aprovação inicial do aspartame pela Food and Drug Admistration (FDA), em 1974 , determinou uma IDA de 20mg/kg, mas em 1983, quando o aspartame foi aprovado para o uso em refrigerantes , o FDA a aumentou para 50mg/kg.

É extremamente difícil que uma pessoa consiga normalmente consumir uma quantidade suficiente de aspartame por dia para atingir esse consumo máximo aceitável, ou seja, uma pessoa de 60 kg teria, para atingir esse valor, que consumir 5L de bebida adoçada com aspartame ou 70 envelopes de adoçante de mesa por dia.

Além de comprovado que o consumo do aspartame é seguro para adultos, crianças e adolescentes saudáveis e mulheres na fase de amamentação, entre outros, ele é de grande utilidade para um controle médico e nutricional de doenças como a obesidade e o diabetes,além do que sabemos muito bem que os adoçantes de alta intensidade substituem o açúcar nos alimentos e contém um valor calórico baixíssimo, como o aspartame, com apenas 4 calorias por grama.

Além disso existe um outro importante consenso entre os endocrinologistas é o de que quanto mais controlado estiver o paciente, menor será a probabilidade de desenvolver as complicações de diabetes, salientando que a redução do peso é considerada vital para o tratamento médico do diabético obeso ( tpo 2 ), e que em geral é não insulino – dependente.

Podemos afirmar com bastante segurança que desde a sua descoberta , em 1965, o aspartame tem sido totalmente revisto por entidades reguladoras e por organizações cientificas em todo o mundo, como por exemplo, o Órgão Americano de Controle de Alimentos, o Instituto Nacional do Câncer e a Associação Americana de Diabetes, e que têm declarado que sua utilização como coadjuvante alimentar extremamente seguro.

Uma pesquisa realizada pela The NutraSweet Company confirma que este edulcorante passou por um processo exaustivo de avaliação , através de estudos toxicológicos , farmacológicos e metabólicos, tendo sido aprovado nos Estados Unidos para o uso como adoçante em 1981,sendo no momemnto utilizado em mais de 90 países.

Há alguns anos a maior e mais respeitada instituição de controle do uso de fármacos e alimentos dos EUA, declarou de forma clara e bastante incisiva “ O aspartame é um dos aditivos alimentares mais testados ; todos os testes recentes em animais e humanos conduzem ao conceito de segurança.”

Com saúde não se brinca, não se inventa verdades sem autoria, nem se constrói conceitos sem se assegurar de que a fonte é segura.

Por isso, que eu uso e recomendo os adoçantes….

Um boa e agradável Semana, com muita Saude, e….usando aspartame com mais conhecimento e segurança…

Namastê!!!

O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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