O vôo angustiante sobre o oceano

As aventuras de um consumidor no Brasil

 

O vôo angustiante sobre o oceano

 

A história de hoje narra a aventura de Consuminho para ser indenizado pela empresa de transporte aéreo em razão de defeito apresentado na aeronave durante o vôo que fazia de Fortaleza para Brasília.

 

Era feriado e Consuminho resolveu pesquisar as promoções apresentadas pelas empresas de transporte aéreo. Após pesquisar bastante, foi passar o final de semana na cidade de Fortaleza. Após o final de semana, o que parecia ser uma viagem normal na volta para a cidade de Brasília, foi a angústia que tomou conta durante todo a viagem.

 

Após a decolagem no horário normal, com poucos minutos de vôo o comandante informou que a aeronave apresentava um defeito e que em razão disso teriam que retornar a cidade de Fortaleza, porém, antes, iria sobrevoar o oceano para gastar todo o combustível do tanque. Com a notícia, a angústia tomou conta de todos, inclusive de Consuminho que não conseguia parar de pensar nas tragédias envolvendo acidentes de aeronaves nos últimos tempos no Brasil. O vôo sobre o mar durou uma hora e meia.

 

Depois algum tempo aguardando o reparo da aeronave no solo, foi feito novo embarque. Quando tudo parecia normal o piloto fez uma manobra brusca, informou que o defeito não tinha sido totalmente solucionado e que mais uma vez teriam que voltar a Fortaleza, sobrevoando novamente o oceano para esvaziar o tanque de combustível. A viagem que normalmente é feita em menos de duas horas levou quase dois dias.

 

Ao chegar na sua cidade Consuminho registrou o ocorrido na ANAC ainda no aeroporto e apresentou uma reclamação por escrito no balcão da companhia de transporte aéreo. A companhia, como sempre, não deu qualquer importância às reclamações do passageiro.

 

Consuminho ajuizou uma ação por danos morais na justiça em face da companhia de transporte aéreo com fundamento no Código de Defesa do Consumidor que determina a prestação de serviço com segurança. A empresa alegou em sua defesa que os atos de retorno ao aeroporto eram legais, visto que visavam a solução do problema e que não constituíam nenhuma ilegalidade. A justiça entendeu que o transporte aéreo deve ser prestado com segurança, visto que qualquer acidente pode ser fatal. Entendeu ainda que a ocorrência de problema mecânico por duas vezes em pleno vôo foge ao simples aborrecimento e condenou a empresa a pagar uma indenização de R$10.000,00 (dez mil reais).

 

Consuminho sabe que R$10.000,00(dez mil reais) não servirá de desestímulo a empresa como deveria, mas tem consciência de que todos devem fazer sua parte, sob pena de nos tornarmos meros expectadores de catástrofes. Assim, denunciou o fato ao Ministério Público solicitando que fosse instaurado procedimento administrativo a fim de exigir da companhia de transporte aéreo a comprovação das revisões de forma regular em suas aeronaves.

 

Faça como Consuminho e exerça o seu direito. Agindo assim, estará contribuindo para a melhoria da qualidade das relações de consumo.

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