Ao julgador compete dá a interpretação correta da lei, aplicá-la e o mais importante: ser um fiel seguidor dessa mesma lei que usa como instrumento de punição contra o próximo. Mas, infelizmente não é essa a prática de nossos congressistas. Avocaram para si o poder de investigar, criando CPIs; de julgar, cassando mandatos de desafetos políticos. No entanto, quando o assunto é moralizar cortando suas próprias benesses, ai, o bicho pega. Desde o dia 16 de dezembro nossos representantes no Congresso Nacional (deputados federais e senadores) se auto convocaram a um custo “extraordinário” para os cofres da nação. Até o momento não votaram sequer a lei orçamentária para regular os gastos do governo neste ano. O que mais intriga mentes e corações das pessoas comuns é que coube ao Conselho de Ética da Câmara dos deputados pedir a auto convocação do Congresso. Dias depois este mesmo conselho de ética se encarregou de entrar em gozo de férias. Ah, é que nossos queridos parlamentares estão muito preocupados com a defesa da moralidade, da ética e no combate a corrupção(!!!…) desde que a corrupção não os favoreça. Ou haveria um adjetivo diferente para essa “auto convocação”? Cada parlamentar colocará no bolso quantia fabulosa para engordar sua já gorda conta bancária… ou seria a “cueca”? Logo se vê que o uso da mídia por esses parlamentares (deputados federais e senadores) em defesa da ética e da moral, não passa de obra de puro marketing eleitoral. A maioria não está nem ai para a moralidade. Se tivesse não assinaria uma auto convocação remunerada e ainda se dariam férias no transcurso da partida. Diante dessa total ausência de pudor dos ditos representantes do povo, aliado às trapalhadas de muitos dos titulares do poder executivo, é provável que brasileiros e brasileiras, enojados e revoltados, optem nas eleições deste ano, como já o fizeram em outras oportunidades, pela abstenção e pelo voto nulo. Vale ressaltar que se o número de votos nulos superar os chamados votos válidos, o processo eleitoral pode ser anulado. Isso significaria uma rejeição completa do eleitorado a pratica canibalistica hoje levada a cabo pelos líderes políticos do pais, em especial pela chamada elite conservadora que jamais deixará sonhar com o golpismo. Não sou partidário da abstenção e muito menos do voto nulo, porém, talvez seja de uma resposta impactante como esta que aqueles que se fingem “representantes do povo” precise.
O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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