Arapongas, essa nova tolice!

O noticiário local, por seus maiores redatores e deformadores de opinião, empestearam todos os boletins, insinuando que no Governo Bolsonaro (ninguém o esquece!) existia um amplo gabinete de escuta, localização, detecção de futrica, tudo aquilo digno de uma boa fofoca, vezo comum humano de despreocupar-se consigo próprio, preferindo permear a vida dos outros, para com isso se aproveitar da boa espionagem (se é que ela existe!), usufruindo num delito, em maus usos de covardia.

Do espião e da espionagem, o teatrólogo, Dias Gomes, imortalizou um personagem, de nome “Araponga”, digno de todas idas e vindas, rocambolescas, a este cabendo por má profissão e desconfies, os maiores crimes e repúdios numa atividade batráquia, subterrânea, sempre marginal e punível quando descoberta, cabendo-lhe aí as mais penas vis, e o repudio comum bem-merecido.

Dir-se-á, porém, que a atividade de espionagem será sempre útil e necessária na convivência sempre impossível dos homens, todos avessos às pregações do santos e as admoestações dos filósofos.

Quem futrica a vida dos outros parece ser uma utilidade tão comum e necessária, que é farto o mercado em tecnologia nesse sentido, os lares sendo observados por câmaras indiscretas, cada vez menores, imperceptíveis e eficientíssimas em som e vídeo, bem providas de reconhecimento facial e de localização azimutal; tão precisas e lestamente propagandeadas, que com elas pode-se assestar a cabeça de um alfinete disfarçado, no meio a uma multidão de circunstantes escondido.

Se não é assim ainda, a imaginação humana pode realizar qualquer ficção que lhe seja útil, passando apenas a impressão que um ser tão vil assim, subterrâneo, em ação ruim micuim carcinogênea, ser alguém em mal perfil, coberto de pústulas, cicatrizes feias e nojeiras.

Embora não seja tanto feioso assim, nesse ficcional um Ariel angelical parecer, eis que na semana que passou, o que mais se falou em meio a impopular discussão da reforma tributária, essa sim mais importante, porque irá nos infelicitar a todos, enquanto inerme e sofrido  “contribuinte”, perante um Estado Gastador, falou-se mais na “arapongagem”, de uma série infinita de políticos, que se sentiram devassados no que fazem e pensam, e que temem ser assim descobertos em seus feitos e defeitos criminosos.

Curioso é que em tais malfeitos sugeridos, a ninguém causou protestos, uma recriminação qualquer que fosse, porque um bom político não deveria temer expor-se nem nos escaninhos de suas próprias intimidades, já lhes bastando os escudos e as carapaças que os protegem, e que os fazem isentos no que dizem e pensam em principescas imunidades, sendo-lhes permitido, todos o sabemos; a sua bestialidade total, amplamente conhecida!

Vazio então, foi o protesto reclamado dos que se sentiram alvos da futrica do noticiário, justo do que sempre fazem e requerem, quebrar o sigilos dos outros, usando do mesmo escopo de vilania, devassando o que se lhe melhor apraz, na elucidação de um erro qualquer do mal adverso denunciado, onde aí tudo vale em expertise, sem deslise de coceiras, porque neste caso, bem vale coçar, comichar, revirar até mesmo o chulé do outro, por mais fedido, porque assim tudo lhes compraz, e melhor lhes parece; enaltecido!

Digo assim, porque esse povo investiga todo dia uma halo fedorento qualquer insinuado, só e somente, no Governo Bolsonaro!, para enviá-lo ao perpetuo cárcere em calendas bizantinas!

E nada encontram; só inventando narrativas!

E o Mito, “Capitão de Pijama”, assim desfigurado, e sendo acusado todo dia de um crime novo, mesmo quando desde Bizâncio, os juristas já diziam, sem merecer mais, qualquer pedante tradução: “Nulla poena sine judicio”; ou bem pior, por definitivo: “Nulla pena sine lege, nulla poena sine crimine, nullum crime sine poena legale”. Simples e tolas lições provectas, que nada valem nem vogam, senão o pedante, desplante de poder falsear na própria Lei: o avesso!

Todavia, em tempos arrevessados hodiernos, se não existe pena, “poena, lege vel crimine, ou criminibus aut poenis, chame-se célere hoc vel illud, isso, aquilo, qualquer coisa sem vacilo, ou por assim querer e o fazer no sigilo, ou no “no fi-lo porque qui-lo”: ou o quis fazer, cuspir rosnar e prolatar, para conferir e o desarrimar, se passível em condenações infernais e avernais exemplares, nunca sendo denunciado o presumido autor do feito, conduzindo-o, por bom sigilo de fonte à vil imprensa, e ao seu pelourinho, determinando-a, a ela, velha imprensa caquética, melhor criar e inventar um presto defeito editorial, entregando-o à publica execração em novel patíbulo, se possível sem direito a exibir qualquer petitório, protelatório, por assaz contaminante e vexatório, sobretudo em prévias eleitorais…

Nesse jaez, o Mito  deverá ser e continuar: culpado de tudo e dos canudos!, por ser o único campeão, em terra pátria governante, bom gestor dos recursos públicos e redutor sobranceiro de impostos, grifos meus a suscitar provas em contrário!; e sem ser ainda nenhum Robin Hood arqueiro ou mascarado embusteiro idolatrado, em tantos ladrões arteiros, e outros mais, por contrafatores: “des-condenados”!, que não nos é bom lembra-los nem a estes expor, porque melhor é ferroar o falastrão capitão que restou assim em depreciada memória, bem gravada e melhor desgravada, inesquecível!.

E por assim estar; e continuar descontaminado e imperecível!, o Mito precisa ser logo e ligeiro, deferido e arrastado à sarjeta comum, à qual devem ser ajuntados os seus muitos milhões de apoiadores; 60% ou mais desse país!, que precisam ser exterminados, nem que seja com bala de raspão no lobo da orelha, em mal zumbido, como fizeram ao demônio laranjão, em ferroada de zangão, lá nas terras longínquas do Tio Sam.

Em novas vias, a despeito das joias personalíssimas recebidas e cada vez mais bem comprovadas sem roubos; dos arroubos cometidos perturbando o descanso de uma Jubarte Baleia, piabinha frágil alardeada; do descaso inútil e assaz pior denunciado por mau exemplo, de uma máscara fútil na cara, ou de um capacete lá na casa do cacete, em barulhentas motociatas, faltam-lhe ainda as acusações genocidas das 700 mil mortes  não julgadas, dos incêndios infindos, equocideos e ecocídios, mil outras coisas terríveis, por bem pior enaltecidas, e definitivamente assacadas!, justo contra a urna eletrônica, uma maquina tão virginal e pura como as vestais antigas, sem chulas insinuações de prenhes violações de Rhea Silvia por Marte, numa terra em que se falsifica até bomba de gasolina, no preço e no volume, sem falar do chorume explicitado justo em “lesa-pátria”, contra a pátria ferida, mal defendida, junto as nações amigas e as terras civilizadas…

E mais: o que quiser; a perder de vista!

Se tudo isso continua nada sendo com a multidão aplaudindo o Mito; Brasil afora!, é preciso calar-lhe o riso, porque inelegível o Mito já está; cerceado até de falar com os seus correligionários, o Presidente do seu Partido Político, o PSL, o único que o aceitou e ainda não o traiu! Todos de uma mesma “confraria criminal” que se ensaiam vencedores nas eleições que se aproximam.

A parte tudo isso, quer a crônica que eu me compadeça com esta “maldita arapongagem” que bem esclarecida irá demonstrar o que todos já sabemos; a mediocridade dos nossos parlamentares.

Aguardemos o relatório dessa bisbilhotice!

Ele dirá apenas, como epigrafou Kim Paim no seu programa diário no YouTube: “Ao vivo ou em privado, por traz das câmaras e até gravado no escondido, só se mostra uma coisa: Bolsonaro é honesto!”

 

E ao fim e por fim, citemos Pierre Beaumarchais: “Caluniai, caluniai! Alguma coisa sempre fica!”

O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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