Até em Aracaju…

Até em Aracaju as esquerdas se perderam.

Os que me acompanham toda quinta-feira, sabem que em tempos de eleição eu preferi refletir sobre o fenômeno Pablo Marçal lá em São Paulo.

Alguns até ficaram incomodados quando eu ali observara um fenômeno!

No meu primeiro texto, datado de 29 de agosto passado, vocalizei paixão nova de Astrolépio Chupamolho, “um sujeito que tudo observa e deplora”, que em vendo o Youtuber Marçal, candidato a Prefeito de São Paulo, lembrou-se de Marcelo Deda, quase imberbe ainda, disputando nos idos de 15 de novembro de 1985 a Prefeitura de Aracaju.

Naqueles feitos hoje esquecidos, após fenomenal aparição nos debates televisados, Marcelo Deda, um quase menino, representando o nascente PT, granjeou o segundo lugar na votação acontecida, com 15,43% dos votos, atrás de Jackson Barreto (PMDB), o eleito candidato da oposição com 66,06% dos sufrágios, escanteando para o 3º lugar o candidato da situação, Gilton Garcia (PDS), com 11,77%, seguido ainda por Nulos (3,41%), Brancos (1,43%), e por  Nelson Araújo (PL), então Deputado Estadual, com 1,42% dos votos.

Naquela eleição, Jackson Figueiredo obtivera 85.964 (66,06%) votos seguido por Marcelo Deda com 19.898 (14,43%) votos; um fenômeno, dissera eu, vocalizando meu amigo Chupamolho.

Ocorre que por muitos antolhos, algumas propensas “viúvas” do tribuno Marcelo Deda, de valor incontestável, querendo-lhe muito mais do que um ser humano possa ser e atingir, se sentiram ofendidos pelo pensar de Chupamolho, logo ele que sem atingir abespinhes de mal afeites de embrolhos por trapaças, fustiga qualquer traça que sem ruido rói o livro e o documento, sem o ler nem refletir, e que também detesta os que não gostam de ler mentindo e falsificando a história a seu lavor, querendo ser seu herdeiro, sucessor ou mesmo um merdeiro qualquer, por pretenso testamenteiro ou infenso rabiscador de mal vacilo, por codicilo, ao seu favor.

Porque foi assim que alguns ficaram às expensas ofendidos, com o comparo dos idos e acontecidos, justo em 1985, nos cajueiros e papagaios de Aracaju, com o aparente desordeiro, como assim se assomava o fenômeno Pablo Marçal, aquele que só poderia ser comparado com o antanho Cacareco do carnaval da minha infância, do Macaco Tião, candidato promovido pela Revista Casseta Popular do Rio de Janeiro, do palhaço Tiririca e outros que tais, Fulateiras , mudando-lhes o nome sem os seus feitos iguais.

Porque agora, que o 1º Turno passou, vê-se que Pablo Marçal granjeou ódios, afinal esse povo se incomoda quando não surge um fenômeno que não seja um apologista da esquerda, atualmente chorosa e infeliz porque o eleitorado dela vem se afastando como um vampiro à golpes de água benta.

Bastou-lhes gritar “Xô, Satanás!”, ninguém se quer tanto assim Asmodeus!

“Vale-nos, Deus!”, com tanto ódio empedernido querendo cassar e retirar da votação pública, “tantos ‘golpistas’, fora das grades ainda, e a jamais merecer qualquer refresco por anistia!”

Agora mesmo, como estão a perder de cabo a rabo, estão a pregar abstenção na votação do 2º turno, o que é um testemunho de insólito sofrimento, por terem perdido a influência que achavam possuir.

À parte tudo isso, o resultado eleitoral mostrou que em São Paulo o resultado foi incontestável:

 

1º lugar: Ricardo Nunes; 1.801.139 votos,

2º lugar: Guilherme Boulos, o candidato de Lula; 1.776.127 votos,

3º lugar: o execrado Pablo Marçal, sem fundo eleitoral nem TV  1.719.274 votos,

4º lugar: Tábata Amaral do PSB: 605.552 votos,

5º lugar: José Luís Datena do PSDB 112.324 votos,

6º lugar: Marina Helena, do Novo, 84.212 votos.

À parte ainda vale externar o gasto dispendido na campanha, com Marçal mostrando que não é o dinheiro que elege…

O resultado do Primeiro Turno da eleição para Prefeito em São Paulo e gasto realizado.

Como aquele que perdeu perdido por um é igual ao perdido com um trilhão de votos, o que foi não é nada e quem ganhou não perdeu, e quem perdeu não ganhou…, e vamos pra outra que é melhor fingir que nada aconteceu!

No Caso de Marcelo Deda em 1985, sua derrota com votação memorável foi um prenúncio de uma carreira vitoriosa que se extinguiu porque a vida lhe faltou, nunca os votos que muitos o querem ainda recuperar e não conseguem, porque os tempos são outros, e os heróis também!

Do Pablo Marçal fenômeno, vale explicitar o gasto despendido pelos candidatos em São Paulo, agora que tudo passou e estamos em previas de 2º Turno.

Assim eis a figura colocada para ser vistas e analisada ou posta nas fuças como parede de adobo pra cegara quem não quer ver.

Antes, porém, vale explicitar a pergunta equivocada: como falar de fenômeno, se este só poderia coexistir no campo da esquerda?

Pois é! A esquerda vem perdendo sua aura que a tantos encantara…

Foi-se o tempo em que os tresloucados apaixonados se agasalhavam nos seus santos preferidos.

Nas últimas eleições, em Aracaju, pelo menos, foi uma acabação notável.

No campo majoritário, nenhum que se postou de esquerda angariou alguma confiança, revelando-se aí uma luta de despojos à moda hiena.

Quem seria o herdeiro do PT, mesmo com o apoio de Lula, o des-condenado presidente, assim alforriado para confirmar sua decadente liderança?

Quem seriam os legatários das tão exaltadas lutas em favor da democracia, por amplo espalho e espantalho do que restou e ficou no PMDB, no PDT, em tantos socialistas rubros, róseos ou carmins, sem esquecer outros anfóteros afins, como o taciturno PSDB, tucano, esquerdista de plumo e garbo, que dentre nós, nenhum poleiro costruiu?

Se nenhum abrigo restou à carcomida esquerda, sobrou-lhe o seu vezo mal costume de denunciar o criminal ranço da direita, esta sim, segundo eles, “única e perigosa, sendo necessário extirpá-la da vida democrática!”

E como no voto isso não se fez passível, mesmo derrubando o Bolsonaro numa eleição discutível, mas nordestina, eis que a esquerda se estiolou, inquestionavelmente, país a fora; e por aqui também.

E o que todos vimos foi que de nada adiantaram as manchetes chamativas em prévias de 1º Turno, sobretudo em Aracaju: “Emília está derretendo! Emília esta mancomunada com os Amorim! Emília nunca andou de ônibus. Ela não sabe nem andar de velocípede, quanto mais de bicicleta! Ela sempre foi estudante de escola paga! Tudo que ela diz e faz é mentira, demagogia!”  E coisas mais que soavam pior, exaltadas na imprensa sem conquistar votação, para um naipe considerável de candidatos.

Escribas vários, motivados porque ninguém o sabe, todos se ajuntaram tentando manchar a história de Emília como defensora publica, alguém que soubera bem conquistar o coração do povo, e que estava candidata por uma legenda que lhes era, para esta crônica; imerecida!

Ou seja, batia-se na candidata só por sua legenda, e por ter um distante apoio dos desalmados “bolsonaristas”!

Ao lado de tudo isso, as bandeiras se esparramavam pela cidade num gasto imoderado de dinheiro publico, sem que ninguém o denunciasse, porque não pertenciam a Emília.

Se havia outras denuncias, estas começaram a pipocar contra o candidato da situação, que não desfiarei aqui, por achá-las fruto de razia apenas, alergia comezinha do incomodado formador de opinião.

Como quem elege é o povo e não quem o des-elege no seu teclado equivocado, o resultado aconteceu com Emília no 1º ligar disputando o 2º turno, justo contra o candidato Luís Roberto dá situação.

Eis então os dois candidatos, os mais execrados por tal crônica enciumada, disputando o 2º turno, só para dizer que nada valeu difamar, afinal o povo sabe o que bem quer.

Vamos em frente! E sem se abster ou votar nulo!

O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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