Hoje, penúltima semana de Julho, estamos nas vésperas do “tarifaço”, decretado por Donald Trump, o presidente americano.
E o país, com tanta coisa a repensar diferente, continua altamente dividido, até nos comentários anônimos nas redes sociais.
Uns atacam e crucificam o Ex-Presidente Bolsonaro, agora em “prisão domiciliar com coleira e tornozeleira eletrônica”, insuficientes ainda para seus críticos, querendo que lhe sejam acrescidas maiores e crescentes penalidades, por um crime nunca cometido, mas “intentado”, com aspas explicitas e aqui inseridas, porque um dia será algo parecido e a jamais provar por historiadores, sempre parciais às suas correntes ideológicas.
Nesse sentido, bem vale repetir o escólio questionador e para sempre verdadeiro, atribuído a Napoleão Bonaparte, o corso que em vida fizera a História acontecer, e não a deturpou, como o fazem mais das vezes os Historiadores, Ex-Cathedra! Em tantos Doutores: “Qu’est-ce que l’histoire sinon la version des événements passés sur laquelle les peuples et les historiens ont choisi de s’accorder?”
“Que é a História senão a versão de acontecimentos passados (um conjunto de mentiras, digo eu), sobre os quais os povos e os historiadores escolheram por acordo a validar?
Um acordo que restará desnecessário, quando tudo sobrar em má lembrança, no Pós-Bolsonaro sobretudo, afinal intentar no caso dele não será tencionar, planear, planejar e projetar, como afirmam os dicionários, tudo aquilo que se arquiteta alojado no cérebro, só por desejo e aspiração.
Mas que no caso de Jair Bolsonaro, lhe exala extra encéfalo; pecaminoso e assaz perigoso, parecendo pior que o eventual erro incurso, algo assemelhado a um adultério não consumado, mas que bem foi apetecido e desejado; o furto não perpetrado, mas cobiçado; e tudo mais por equivalência e redundância do 6º ao 10º Mandamento da Lei de Deus, por simples “intentação”.
Porque assim dizem de seu mau caminho, onde estão ainda os “bolsonaristas”, cerca de 48% do povo (será que é tanto?), uma minoria, segundo infalíveis órgãos de pesquisa a externar que neste conjunto de facínoras, homiziam-se mascarados radicais nazifascistas, um universo a eliminar e denunciar, via grande imprensa a vasto elenco de formadores de opinião, que os veem como seres nocivos, a extirpar, por inimigos figadais da democracia!
– “Ah, Democracia! Quantos crimes serão cometidos ainda em seu nome!”
Quantos bons cidadãos não estarão nesse momento querendo erguer patíbulos e cadafalsos, justo para esfolar no espeto o Mito Capitão, só porque este continua na memória simples do povo como o mais amado Ex-Presidente Deste País?
Um país repleno de bandidos, e tão carente de Heróis!
Mas como dizia Bertolt Brecht o teatrólogo em outra verve: “Infeliz de um povo que precisa de Heróis”.
Igual, hemi-igual ou parecido ao que foi bem ouvido no julgamento do Fermier Antoine de Lavoisier, o pai da Químicamoderna, quando alguém requereu a comutação de sua pena capital, poupando-o da sanguinária guilhotina revolucionária, entendendo que lhe bastaria melhor como pena, sobretudo para a Ciência, encerrá-lo no seu laboratório perpetuamente.
“Non! La République n’a pas besoin de sages”, repeliu Fouquier-Tinville seu julgador, entre aplausos definitivos: “Não, A República não precisa de sábios!”
Coisas referidas nos anais da História, o cutelo adquirindo vida nas carótidas macias de qualquer um, de um Lavoisier cientista, e de seus colegas de firma, Fermiers, por simples “cobradores de impostos”, e depois na garganta de Fouquier-Tinville, o ousado juiz-promotor-inquisidor-e-verdugo do terror revolucionário, justo quando o tempo passou, resultando por vingança a Reação Termidoriana, que viria como cautério de ferida, mas que resiste, não saneada ainda.
No mesmo dolo, só por intolerância apenas, contra o nome Bolsonaro, do pai, de seus três filhos políticos e de sua bela esposa, tudo vale.
Se 48% o aplaudem, como dizem as pesquisas divulgadas, os outros 52% posam de indiferentes, mascarando os enraivecidos que não se veem em rejeição do seu próprio abandono.
A parte de tudo isso, só porque vivemos tempos insolentes, enquanto “terror tupiniquim revolucionário”, é preciso afastar o Mito da próxima escolha presidencial.
E nesse vale tudo, vale o legal, o ilegal e até o amoral, porque o Mito é o único Santo Guerreiro que empolga a multidão.
Ninguém nesse pais comove tanto, enquanto líder e esperança para tantos desesperados, coisa surgida do nada, contra imensa campanha desferida pela imprensa, a suscitar até mesmo um ataque a si fatal, tão sicário, quão sacrílego e indefeso à faca, algo impensável numa terra decantada e idolatrada, por estar desarmada e pacificada, e assim merecer campear em peito aberto sem couraças e escudos…
Mas, como o ferimento ao Mito não foi, definitivamente, e fatal ainda, mesmo com intermináveis complicações cirúrgico-hospitalares, será que a ele favorece, por desconfio, que no seu ventre de ex-atleta, reside, uma invulnerabilidade como a de Aquiles, o Grego herói guerreiro invasor de Troia em seu fragilizado calcâneo?
Será que no subcutâneo do Mito brasileiro reside um mitológico ventre invulnerável, a ser de novo testado, desafiado e rompido ao punhal perfurante, na adaga infiel contundente, ou na navalha bucaneiro e rufiona, todos e qualquer um, sempre somos convocados, porque estamos sendo estimulados em mutuo chamamento e em novas e sucessivas agressões encomendados, via imprensa, em editoriais e artigos, por jornais infindos, mesmo perdendo leitores e assinantes.
Porque o assassino de aluguel, é ali ensarilhado e municiado, e até homiziado, pelo leitor comentarista também, seja ele anônimo, heterônimo, pseudônimo, e até aquele que se denuncia em covardia parônima, e em pusilanimidade excedente.
Da palavra, dita, escrita e até mal pronunciada, diz-se ensejar pior veneno que aquele que não mata; mas aleija!
Que o digam Jean Jaurès, fuzilado enquanto ceava solitário um prato de sopa, e o Senador Pinheiro Machado, apunhalado pelas costas, solitário também, por um desses mal leitores açulados pela imprensa, igual ao Mito em Juiz de Fora, atacado por Adélio Bispo, a restar apurado.
O escrito e o mal pronunciado sempre podem referendar e reforçar a corda do arco que irá lançar a vil flecha, a besta que assestará os virotes das aljavas hostis homiziadas, e até o seixo na funda que arremessará a pedra, por bodoque, estilingue ou baleadeira, lapidando e dilapidando, para destruir sem construir.
Tentando ensejar um novo ataque, qualquer um, desde que seja mais preciso, e definitivo, em busca da inelegibilidade do Mito Capitão, ou de seus familiares, agora estão usando, cada vez mais, a Lei e o nosso Superior Tribunal como armas a aviltar a nossa Democracia.
A parte tudo isso, vem de fora o “Tarifaço“ de Donald Trump: Nunca nos denunciando tanto na nossa fragilidade.
Nunca fomos tão vulneráveis, não aos “Castigos Divinos”, afinal perdidos e inúteis estes corretivos vêm sendo esquecidos nos Salmos, por caminhada em erros dos homens, que tudo esquecem e repetem.
Vulneráveis aos castigos dos homens e não de Deus, embora saibamos que a infelicidade de nossa História, reside na mesma intolerância das palavras e atos pronunciados, pelos homens que a conduzem.
E nesse fio condutor em contumácia, como fio de tensão em alta voltaica, desencapado, ouvimos os ecos ainda de Hiroshima e Nagasaki só porque esquecemos célere outros ruídos, anteriores, como o de Pearl Harbour, no famoso “Dia da Infâmia”, 7 de dezembro de 1941.
Nesse dia, prenúncio de Hiroshima e Nagasaki, a base da Marinha dos Estados Unidos em Pearl Harbour, no Território do Havaí, foi atacada por 353 aeronaves do Serviço Aéreo da Marinha Imperial Japonesa em um ataque militar surpresa, destruindo vários navios e aeronaves americanos, e matando mais de 2.400 civis e militares, cada um sofrendo no seu canto, e provocando a resposta que tudo iria querer calar.
Ecos mais distantes, por exemplo, por mais esquecidos, no afundamento inútil do navio USS Maine, da Marinha dos Estados Unidos que naufragou no porto de Havana, fruto de um ataque desferido em 15 de fevereiro de 1898, contribuindo para a eclosão da Guerra Hispano-Americana.
E fatos mais recentes como o Ataque às Torres Gêmeas em 11 de setembro de 2001 pelo líder da Al-Qaeda, Osama bin Laden, responsabilizando os norte-americanos em uma mensagem transmitida naquele domingo nefando, pelo apoio dos EUA a Israel.
Algo parecido ao que vem o Presidente Lula, estupidamente falando com sua verbosa inimizade contra os Estados Unidos da America.
E agora nos chega o tarifaço de 50%, boicotando os nossos produtos no Mercado Consumidor Yankee.
Uma punição onde se insere o repudio ao julgamento ilegal do Ex-Presidente Bolsonaro, só para dizer que algo vai mal no nosso Supremo Tribunal.
Mas, de que adianta dizê-lo, 48%, nós bolsonaristas, 838 Congressistas que pouco valem num Decreto Legislativo, perante a pena isolada de um Ministro cada vez mais poderoso?
– “Tê-je preso!” – Dizia na minha infância o Inspetor de Quarteirão, munido de palmatória como maior “otoridade” da nação.
Cada um com sua infâmia, mesmo sofrendo o embargo de Trump, que veio para nós todos. Gostemos ou não!