Chega!

Este texto chega ultrapassado: Vem de Portugal o noticiário!

O partido de “extrema direita”, “autonominado”, “Chega!”, foi o grande destaque na ultima eleição portuguesa.

O “Chega!”,  chegou em terceiro lugar, com quase 30% dos votos, suscitando uma “perigosa ascensão reacionária”,segundo o pensamento de vasto “Consórcio da Grande Imprensa Internacional”, que sem se reconhecer equivocado, insiste em perfilar uma escolha político-partidária vazante, teimando em doutrinar contra o eleitor que dele se afasta.

E o por quê de estar assim?

Porque o “Chega!” cresceu de um único deputado em 2019, para 12 em 2022, passados três anos somente, e agora, menos de dois anos depois, quadruplica o número de cadeiras conquistadas, atingindo 48, o que vem a ser um feito sobremodo destacável, a confirmar uma maré vazante nas correntes socialistas, antes bafejadas como frentes definitivas ao pouco requintado; gosto popular!

Digo pouco requintado gosto popular, porque o povo unido, nunca seria vencido se dormitasse ao desabrigo dessas legendas alucinatórias que muito bem embebedavam o seu sonho e desejo alentados; prometendo-lhes felicidade na terra!, essa coisa que em terra nostra se traduziu pelo chavão, de nunca, jamais, e em tempo algum, “ter medo de ser feliz”, como assim bem iludiu entre nós o PT.

E o PT, todos o sabemos, piorou o país, e o Estado também (em negrito para bem destacar), pois que ambos restaram, mais degradados na Saúde, na Educação Pública, na Segurança, só para falar destes temas, que não resistem a uma real comparação séria, entre o antes e o que restou, sobrando ineficiência, embora seus pretensos viúvos e/ou herdeiros teclem elegias hagiográficas, em saudades imemoriais de governos que se revelaram, sobremodo, vacuosos, sem falar que a seu tempo e gestão, campeava um grevismo exacerbado, por promessas não cumpridas desde a sala de aula em reinvindicações tresloucadas de pagamento de pisos salariais anunciados, e tidos por devidos, indisciplinas outras e quase motins nos quartéis, e com a saúde beirando a anarquia sindical, hoje tudo esquecido, e nem mesmo lembrado, porque o herdado só foi melhor saneado com a vigência do genocida” Bolsonaro, que de Brasília consignou aportes financeiros, numa política de “mais Brasil e menos Brasília”, ideada e fundeada pelo Ministro Paulo Guedes, minorando com algum refresco as agruras do nosso povo.

E porque foi sempre assim com o PT só ensejando má lembrança, hoje ninguém mais lembra dos servidores públicos sofrendo na cangalha, espremido pela abandalha, na brida e na rabichola, com proventos pagos em atraso, e em parcelas, sem chora, nem consolos, por governos que, de sua sanha e má meganha, o seguiram por rastro.

E hoje em nova manha anunciada, por assanho de patranha ressurgidos, só  por  prévias farsas eleitorais, já se fala num “esfarelamento” denunciado, poque não há mais qualquer agrado na sucessão que se aproxima, coisa de reação de pele somente, e porque nas últimas eleições foram esfarelados e escorraçados todos que se enunciavam seus castiços sucessores, banidos todos nas urnas, vingando somente alguns pelas escaramuças advocatícias que há alguns a Lei cassa, caça e “des-elege”, sem qualquer pejo e respeito ao voto posto na urna e à vontade expressa do cidadão; essa coisa de tapetão, cada vez mal engolida, a suscitar achegas de chegas!, e que desejavam com Trump, mundo a fora

Porque em similares achegas excessivas de chegas, Portugal em vivaz decepção escoiceou até uma gerigonça mal concebida, afinal as esquerdas se unem até para isso, firmar uma “geringonça qualquer”, por terrível e pior “armengue” improvisado, para gerir um país, esta coisa que a política engendra para enganar, iludir, igual ao PT, no seu nascedouro aqui, que surgira como um Partido Ideal de Trabalhadores, que os levaria a todos indistintamente, ao paraíso que lhes fora “eternamente sonegado”.

E a sonegação continuou, todos o sabemos, não igual, nem parecido, mas pior, porque agora todos conhecemos os corruptos e estes são “des-condenados”, palavra “super-nova”, igual às estrelas de brilho súbito e fugaz, que encandeiam, escandiam e refundeiam, ou refundiam, de “fundio”, com o ou u, em novo antraz, tumoral e purulento, por, “desvio e desavio de CEP”, esta coisa nunca assaz, imaginada, nem concebida ou repensada, mas que restou acontecida, e veraz, por prolatada e para sempre, indeferível, a desafiar achegamentos de outras chegas, que os rechacem.

Algo que se evidencia já em Portugal com o “Chega” exibindo força firmada quase-igual em todo quadrante da terra, com o povo se revoltando contra o descaminho acontecido por “fim de História” contra a vertente ditada por Francis Fukuyama, ultrapassado, e contra a “Mais-que-perfeita; Democracia Social”, pregada mundo a fora, desde a queda das utopias soviéticas, sem as quais toda Esperança seria vã, pelo menos dentro daquilo que em novo dogma de fé, vem blaterando o vasto colosso da imprensa constituída, hoje se sentindo ameaçada pelas “Inconvenientes Redes Sociais”, para quem invocam proibições e cancelamentos, por permitirem ao povão desinstruído, bem discernir fora de sua linha editorial bitolada, e do seu velho fetichismo alucinador, enquanto legatário e sucessor da fé hodierna que a tudo descrê, quando perfila ausente e descrente do seu rosário.

De fetichismo, diz-se de doença inerente à perversão, à parafilia, e a grande imprensa entende-se ainda com o seu rosário de promessas e escapelarias, ser o fiel legatário de soluções talmúdicas, para os anseios coletivos.

Se antes coletivamente ninguém se salvava sozinho e fora da Igreja, e isto sobrou heresia inconcebível no Estado Laico Republicano, hoje ninguém se salva igualmente numa agremiação política, sobretudo se esta não possuir o endosso prévio da velha imprensa, cantando de galo a toda manhã, igual ao Galo Garnisé, aquele que se dizia acordar o Sol, “Astro-Rei”, sob o seu mando e comando, para o dia se erguer.

Todavia, quando ainda é prematuro o grito de vitória do Chega, no longínquo Portugal, vale o discurso do seu líder, porque de agora em diante as Democracias vão ter que conviver com as “Direitas”, ditas “extremas”, ou “ultradireitas extremas”, chamem-nas como o desejarem, para melhor degluti-las, o que lhes é bem pior em desagrado; engolir sem “vomir”, nem “ingüiar”, para bem digerir, e pior processar.

E refletir, como cabe também aos petistas daqui, porque lhes roubaram de muito tempo, em sobra de mediocridade, tanto a verve quanto o verbo que agora deploram tanto, e em demasia, não mais possuir. Quem manda se promiscuir!

Por que pedir arrego por emplastro, cataplastro ou atadura, se no seu pouco sentir jaz sempre inútil a paúra de uma carpição sem lastro?

Quem quiser que choramingue, e a seu gosto; os seus “defunctos”!

Ninguém deles tem qualquer condolência, afinal todos temos os nossos “de cujus”, e que em maioria jazem pouco lembrados.

E quando alguns são relembrados, só para assestar os vivos com  bodoques e   estilingues; vale repetir o berloque sábio, por lapidar corolário a vingar amplos respingues, vindo do “Óbvio Ululante, e Reacionário!”, Nelson Rodrigues,sempre sábio:  “Todo inimigo é uma potência. O amigo trai na primeira esquina. Ao passo que o inimigo não trai nunca. O inimigo é fiel. O inimigo é o que vai cuspir na cova da gente. Não há admiração maior do que a do inimigo”.

Os que lamentam a ascensão tosca do “Chega!” não valem o choro que exibem!

O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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