De repente, eis que se passaram três semanas de ausência nesse espaço.
Tenho me perguntado se vale à pena ocupá-lo, ter esse compromisso de aqui estar toda quinta-feira, eu que nunca fui um profissional da escrita, fazendo-o só para oxigenar meus neurônios, e também querendo fustigar meus leitores com um refletir diferente.
Digo diferente, porque no amplo espectro jornalístico nacional e local, e até mesmo entre os que aqui escrevem na Infonet, só há um pensamento em uníssono: “todos juntos e reunidos para perseguir o Bolsonaro!”, que preso está: sem crime!
Parece que foi desse esforço conjunto de incriminá-lo sobremodo, que aconteceu país a fora a última passeata“Contra a ‘PEC da Bandidagem’ e Contra a Anistia”.
O Brasil tem sempre essa velha recaída, continuamente deblaterando os infindáveis corruptos.
Nesse mote, os políticos se elegem a cada eleição, suscitando xerifes e muitos caçadores criminais, destinados a tudo sanear para permanecer imutável, com a velha e sempre boa corrupção, ressurgente como Fênix!
Curioso é que os corruptos, todos o sabemos, têm os seus nomes conhecidos, por processados e condenados, nunca, jamais cumprindo pena, parcial ou total, afinal seus julgados se eternizam sem conclusão, sendo esquecidos no delibar das novas eleições, sua proximidade, a cada dois anos, em reeleições e conchavos permissivos, sob renovadas motivações.
Agora, por exemplo, foi a “Pec da blindagem ou da bandidagem”, inútil tentativa de resguardar os eleitos contra os arroubos perigosos do Supremo Tribunal Federal, o vilão essencial, que está mandando e desmandando em tudo na nossa democracia.
E é um mando tão pernicioso, que virou pelourinho comum-de-todos, sem controle nem recurso, eivando qualquer perdão, justo desde o quebra-quebra de 8 de Janeiro de 2023, com o chamado “Golpe do Batom”, gerando condenações absurdas, às quais não valem nenhuma anistia, por esquecimento, o padecimento suscitando uma “redução de pena”, com muitos se exilando, sem rabo de foguete, e sem música, ainda!
Porque no ainda, e no agora, prevalece uma condenação externa, via Lei Exótica, por Magnitsky, insuficiente no todo, mas incomodatícia, como não bem deseja o dicionário, mas incomodativa sobremodo para o nosso judiciário, que nunca ousara se pensar tanto, marginalizado e condenado, justo fora daqui, nas terras civilizadas…
E o Brasil que se achara tão carente de “recivilização”, como assim preceituou o Supremo Ministro Barroso, vem caminhando pior; sem esperança!
Sem esperança, porque de novo, novamente, e outra vez, este povo tolo se exasperou contra a velha corrupção que grassa sem mudança, agora ensejando renovadas passeatas, só para dizer que a velha intolerância contra o perdão e à anistia, só vale para um lado só, aquele que irá ensejar novas revoltas.
E eu que não frequento passeata, a tudo me desapego, sobretudo do noticiário, afinal o meu conceito de “recivilização” não declina, não se inclina e nem se afina com tanta besteira vista e divulgada.
Daí ter dado um tempo, para meus parcos leitores descansarem das minhas arengas. Arengas ou arengues?
Se nada muda nesse país, o que devemos fazer? Nos preparar para um perrengue de Lula 4?
Não é isso que essa gente quer, sobretudo os nossos beletristas daqui?
Grande aquisição nos aguarda!