Um leitor diário da coluna, de nome Victor Fazzio, fez a algumas considerações sobre as relações entre opinião x fonte de informação e sugeriu uma abordagem mais ampla a partir de um texto escrito por ele, com o título “Como construímos nossas convicções sobre os candidatos.Leia o texto: Nossas opiniões são construídas a partir de um conjunto de informações de que dispomos, as quais são filtradas por nossas individualidades que podem ser desdobradas em vários aspectos, dentre eles, nossas ideologias, tabus, crenças, mitos, formação familiar, influência religiosa ou ausência desta, interações sociais, nossas experiências vivenciadas e tantos outros aspectos. Mas no tocante à compreensão de alguns fenômenos sociais, tais como a política em exercício no país , dependemos quase totalmente daquilo que é veiculado pelos meios de comunicação. Eis o cerne do problema e que é o objetivo das ponderações que podemos fazer, ao nos questionar nos seguintes termos : O que pensamos dos candidatos a Presidente da República se baseia no que vemos e lemos em quais fontes ? A relevância da pergunta pode ser percebida pela simples constatação de que, muito provavelmente, assistimos a um ou no máximo dois telejornais, lemos não mais que duas revistas semanais e assinamos um jornal diário. Tais fontes de informação são, em primeiro lugar, insuficientes por sofrer as restrições de cada mídia, em razão de suas peculiaridades (questões comerciais, espaço na diagramação, tempo da matéria, velocidade da reportagem para manter a atenção do consumidor, linguagem utilizada, etc) e também por corresponderem a linhas editoriais que nunca são neutras. O dito cidadão tratado por toda a imprensa como bem informado é aquele que vê um telejornal, lê uma revista semanal e assina um jornal diário. Ora, há nisso tudo uma carência evidente de se perceber “a outra face da moeda”; a inevitável análise sobre outro prisma de qualquer realidade o que desautoriza considerar o qualificativo de “bem informado” . Some-se a isso a repetição incessante de lugares-comuns e frases de efeito que esvaziam e distorcem a percepção do fato. Outro exemplo é o uso constante de expressões que ocultam opções políticas e ligações com o poder institucionalizado ou com seus representantes. Notório, por exemplo, a amizade de um cineasta- cronista com um ex-presidente da República, o que se reflete no tom panfletário de seus comentários mordazes contra o atual Presidente. Precisamos refletir com mais profundidade sobre o papel da mídia na construção de nossas opiniões ou corremos o risco de uma reprodução coletiva de idéias preconcebidas pelos meios de comunicação que nos transformam, sem que sejamos capazes de notar, em meros “papagaios de telejornal”, aceitando o que nossos olhos e ouvidos recebem passivamente da imprensa, sem questionarmos até que ponto as corporações midiáticas têm compromisso com a verdade ou defendem interesses financeiros, mercadológicos, políticos, transformando notícia em espetáculo e fatos em versões tendenciosas.” Deda: Férias frustradas Deu na coluna Painel, no espaço “Contraponto” de hoje da Folha de São Paulo: “Tão logo eleito governador de Sergipe, Marcelo Déda (PT) passou a reforçar a campanha de Lula, o que causou protestos em sua família, desejosa de uns dias de férias. No domingo, Déda atendeu ao pedido. Ao chegar à casa no litoral, foi cumprimentar os vizinhos. O petista aproveitou e pediu votos para Lula. Irritada, sua mulher sugeriu que ele fosse à praia com o filho, João Marcelo, 3. Enquanto faziam castelo de areia, Déda era cumprimentado a todo momento por causa de sua vitória. De tanto ver a cena se repetir, o menino, intrigado, perguntou: -Papai, é hoje o seu aniversário? Está todo mundo te dando parabéns… Indignação com contrato para praça de pedágio I A coluna publicou ontem o extrato do contrato entre o DER e a Construtora JJ Ltda, provando que existiu uma licitação para a construção da praça do pedágio da ponte Aracaju/Barra. O contrato é o de número 030/2006, no valor de R$ 2,9 milhões. Ontem alguns leitores enviaram e-mails indignados com as declarações de representantes do Governo do Estado de que a ponte não terá cobrança de pedágio. Indignação com o contrato para praça de pedágio II Leia um deles, que pode ser publicado, já que outros tem um teor mais explosivo: “Sei que a maioria dos políticos brasileiros no afã de conseguir os seus objetivos eleitorais misturados com interesses pessoais costumam prometer o que não podem cumprir principalmente nas questões referentes à macroeconomia, ao alcance das propostas de inclusão social, etc. onde, quando as mesmas não se efetivam, aparecem mil explicações para justificar o fato. Agora, fiquei estarrecido com a informação de se destinar R$ 2 milhões para um suposto detalhamento de uma praça de pedágios quando, há menos de um mês, cansamos de ouvir que esta ação não constava nos planos do governo. Sinceramente, deveria o Secretário de Infra-estrutura solicitar imediatamente demissão do cargo e o Ministério Público embargar este contrato tendo como pressuposto o princípio de propaganda enganosa. Respeitem o povo”. Não é o que o leitor tem razão. Quanto ao Ministério Público… Debate do SBT não acrescentou fato novo na campanha Este colunista faz dele as palavras do jornalista Josias de Souza, da Folha Online, sobre o debate realizado ontem pelo SBT entre Alckmin e Lula: “Foi um debate morno, em que a cabeça prevaleceu sobre o fígado. Terminou empatado. É improvável que um candidato tenha roubado votos do outro com o lero-lero esgrimido diante das câmeras do SBT. O que para Lula, na dianteira em todas as pesquisas, não deixa de ser um ótimo resultado. O confronto nem de longe lembrou a luta de boxe da TV Bandeirantes. Foi um embate mais tático. Conforme noticiado aqui no blog, o cotejo de propostas prevaleceu sobre a agressividade. Alertado pelas pesquisas de que o eleitor prefere o arrulho ao grito, Alckmin se convenceu de que tivera no primeiro debate uma vitória de Pirro. E usou um timbre mais comedido. Lula, menos tenso, esgrimiu números e ironias. Pôde, como desejava, comparar a sua gestão à de FHC. Nenhum dos dois conseguiu disfarçar a condição de candidatos amestrados. Exibiram em cena uma sucessão de poses e máscaras, recolhidas na usina de marketing de seus comitês. A autenticidade foi soterrada sob camadas de diversionismo e tergiversação”. Erradicação das casas de taipas O candidato a presidente da República, Geraldo Alckmin (PSDB), no programa eleitoral de ontem, citou que, se eleito, fará no Nordeste um programa habitacional baseado na erradicação das casas de taipa e deu como exemplo o que foi iniciado em Sergipe pelo atual governador João Alves Filho (PFL). Deputados eleitos visitam Assembléia Ontem pela manhã os novos deputados estaduais eleitos no último dia primeiro de outubro participaram de uma reunião com o atual presidente Antônio Passos (PFL). O presidente passou as informações administrativas para os novos parlamentares que assumem no próximo ano. Novo procurador federal em Sergipe A Procuradoria da República em Sergipe recebeu na última segunda-feira, 16 de outubro, o procurador da República Bruno Freire de Carvalho Calabrich, removido, a pedido, da Procuradoria da República no Espírito Santo.Com a chegada de Bruno Calabrich a Procuradoria da República em Sergipe passa a contar com nove procuradores em seu quadro. Procuradoria tem nova reestruturação administrativa Acompanhando o processo de reestruturação administrativa das diversas unidades do Ministério Público Federal, a Procuradoria da República em Sergipe – PR/SE teve sua estrutura interna alterada e ampliada, com a finalidade de atender a demanda institucional.Com isso, novos setores foram criados e outros foram desmembrados para melhorar o funcionamento da instituição e, conseqüentemente, o atendimento à população. Conheça a nova estrutura da PR/SE e os atuais ocupantes das funções no: www.prse.mpf.gov.br. Prefeito afirma que também faz criticas a Deso O prefeito de Propriá, Luciano Nascimento (PFL), enviou a seguinte nota para esta coluna: “Quanto à nota “Em Propriá, problemas graves na Deso”, de 16/10/2006, quero dizer que o responsável pela Deso no município não é meu apadrinhado, até porque não fiz ingerência junto à direção da empresa para indicá-lo e nem ao contrário, porque esse não é o meu jeito de fazer política. Acho que a Deso não presta um bom serviço à comunidade e já fiz duras críticas publicamente pela inoperância da empresa”. O prefeito reclamou também porque não foi procurado pelo colunista. Não foi a primeira vez que a coluna recebeu reclamações sobre a Deso em Propriá e sempre ligando o responsável pela Deso, de nome “Cidió” ao prefeito. Como ele também defende uma melhoria na prestação dos serviços da Deso, mesmo enfim de governo o prefeito poderia aproveitar para pedir ao governador a mudança do responsável pela empresa no município. Na Bahia, começou o desnudamento da imprensa A TV Educativa, cujo alguns programas são retransmitidos pela TV Aperipê, exibiu no início desta semana um debate sobre a imprensa baiana e o Jornal da Bahia. Quem assistiu jura que deu para trazer os episódios para Sergipe servindo para uma reflexão sobre alguns meios de comunicação. É pelo jeito a imprensa na Bahia começa a ser desnudada. Quem pensa que em Sergipe tudo vai para baixo do tapete, ledo engano. Será uma série grande, sem receio, sem querer desmoralizar ninguém, mas mostrando os bastidores de uma relação que vai da compra da linha editorial passando por altos contratos publicitários, deixando de lado o compromisso com a verdade. Detran vai entrar na linha de fogo E a coluna começou a receber informações sobre o Detran. Estão sendo checadas denúncias de envolvimento de uma pessoa de dentro do órgão numa sociedade de uma empresa que presta serviços para o órgão, como também vende diversos equipamentos.O órgão é responsável também por altas taxas de cobrança para licenciamento e tudo mais. A coluna foi informada que a tabela é única para vários estados do país. Frase do Dia “O pessoal está com muita fé”. Do governador João Alves Filho (PFL), ontem na coluna plenário, do Correio de Sergipe, sobre a campanha de Alckmin e a diferença grande nas pesquisas, quando se referiu que o comitê central tem recebido pesquisas antecipadas que apontam uma tendência de ascensão constante do tucano, diferente do que mostram as pesquisas que vêm sendo divulgadas.
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