Os problemas na Amazônia

A Amazônia é a maior floresta tropical do universo. Sua área já foi maior, mas os interesses e visões imediatistas destruíram uma grande área da floresta e se não houver tomada de ações para preservá-la, nós teremos amanhã não uma floresta, mas um cerrado na Amazônia.

Para que a Amazônia não seja acometida por intensas transformações no seu bioma, seria necessário que até 2060 os níveis de emissão dos gases provocadores do efeito estufa fossem reduzidos em 50%. Ainda assim, muitas alterações climáticas e ambientais parecem ser inevitáveis, já que o aquecimento da Terra alcançará, pelo menos, 2ºC nas próximas cinco décadas. Esta avaliação é sustentada por um dos principais órgãos de pesquisa do Brasil, o Inpe – Instituto Nacional de Pesquisas.

O zoneamento ambiental da cana-de-açúcar proibe o cultivo da planta na Região Amazônica e no Pantanal.  A decisão foi o desfecho para embate enfrentado pela ex-ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, depois que o então Ministro da Agricultura, Reinold Stephanes, admitiu a possibilidade da cultura da cana-de-açúcar nas áreas degradas da Amazônia. O veto foi uma decisão pragmática do governo. Ao mesmo tempo em que o aumento da produção de etanol foi um dos projetos mais caros do Presidente Lula, a ameaça de que o desmatamento na Amazônia volte a crescer, assusta a quem tenta vender a idéia do Brasil como um País ecologicamente correto.

O fato de algumas commodities, como a soja, terem se valorizado no mercado de grãos faz com que o Brasil volte a enfrentar, pela primeira vez desde o Plano Nacional de Combate ao Desmatamento, em 2005, um mercado internacional aquecido. Teme-se que a pressão pela produção do etanol empurre as plantações de soja para dentro da Amazônia.

Hoje a Amazônia Legal responde por 36% do rebanho nacional e um terço das exportações. O governo está consciente de que com a área que temos podemos ampliar a nossa produção agropecuária dentro das necessidades que temos sem precisar derrubar nenhuma árvore.

O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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