O prefeito de Aracaju, Marcelo Déda (PT), depois dos festejos juninos e possivelmente quando passar o Pré-Caju, vai ter várias conversas com os mais variados segmentos políticos que estão em órbita de sua candidatura ao governo do estado. A sua primeira providência será sentar com os partidos aliados e membros do PT, para ouvi-los sobre a questão eleitoral. Quer saber a opinião crua sobre a disputa eleitoral, a aliança política e a composição majoritária. Marcelo Déda acha isso muito importante para que seja tomada uma decisão definitiva e mantenha a unidade do grupo em torno de um pensamento único. Depois de coletar a opinião dos aliados, o prefeito vai passar parte de janeiro e fevereiro afunilando conversas com legendas que possam apoiar sua candidatura ao governo. Déda acha fundamental que o mapa político esteja devidamente delimitado nos primeiros dois meses, para que em março possa ter conversas definitivas com outras legendas mais distantes de um apoio à sua candidatura. Essas conversas lhe darão condições de grifar os pontos de conflitos e evitar que uma das legendas aliadas desde 2002 ameace abandonar o grupo porque não aceita a participação de outra. Depois de pontuar obstáculos, o prefeito vai conversar com PMDB, PDT, PSDB – e outras legendas – para ver as condições em que pode acomodar até opostos se for necessário. Não haverá qualquer preconceito em conversar com algum segmento político, desde que não atinja o núcleo da composição, formado pelo PT, PSB, PCdoB, PL e PTB, além de outros partidos menores que sempre estiveram na oposição. Para o prefeito Marcelo Déda, o grande patrimônio dessa aliança é que “nós nos mantivemos unidos durante quatro anos”. Realmente, isso jamais aconteceu com a oposição em Sergipe, que geralmente se dispersava em cada pleito e os partidos se integravam a grupos que antes combatiam. Esse erro está superado… Déda não esconde que tem plena convicção do passo que pode dar, através dessa unidade que se formou nas eleições majoritárias de 2002. Lembrou que tem ampliado o seu relacionamento com o PSDB: “sem alianças, mas com a abertura do diálogo”. Lembrou que conversa com naturalidade com o ex-governador Albano Franco e sempre é convidado para participar de festas no interior, aonde vai ao seu lado sem problemas. Reconhece que em razão da situação nacional, não há garantia de apoio eleitoral, “mas com certeza não haverá hostilidade”. Marcelo Déda disse, também, que sua relação hoje com o deputado federal Jorge Alberto é bem melhor do que há dois anos atrás. Quanto ao PMDB, o prefeito Marcelo Déda evitou falar, mas sabe que tem exatamente a dificuldade que expôs anteriormente, em que a aproximação de um nome como o do senador José Almeida Lima (PMDB), afastaria o deputado federal Jackson Barreto (PTB). Alem disso, Almeida mantém e trabalha sua candidatura ao governo do estado em 2006, não permitindo qualquer possibilidade de composição, embora não se possa desprezar um bom relacionamento. Além disso, o prefeito Marcelo Déda revelou que ele já incorporou o sentimento de dever, de vontade e de destino: “não dá para ficar ausente das eleições estaduais do próximo ano, porque a sociedade está preparada para um embate entre o governador João Alves Filho e o prefeito Marcelo Déda”. Acrescentou que não tem medo desse enfrentamento, mas fez questão de frisa que se trata de uma “tarefa política, nada de pessoal”. O prefeito diz que reconhece a força, experiência e importância do adversário: “trata-se de um político que não se pode imaginar fácil e que merece todo o cuidado para enfrentá-lo no campo eleitoral. Mas ele também sabe que não terá do outro lado um candidato frágil. Será uma disputa dura e importante para Sergipe”. O governador João Alves Filho tem dito que Déda é o melhor adversário para ele, mas ainda não se aprofundo na formulação de sua composição partidária para a disputa de 2006. Vai viajar de férias e retorna dia 7 de janeiro. É possível que a partir de fevereiro se dedique por inteiro à união de força para esse embate que vai mexer com a sociedade. LIVRO O governador João Alves Filho (PFL) participou, sexta-feira, do lançamento do livro do secretário da Fazenda, Gilmar Mendes, no Parque dos Coqueiros. Lá também estavam o ex-governador Albano Franco (PSDB) o deputado Fabiano Oliveira (PSDB) e Francisco Rollemberg (PTN). Gilmar também foi auxiliar de Albano. DISCURSO Em parte do seu discurso, João Alves Filho lembrou que pegou um governo com problemas provenientes da administração anterior. Mas esclareceu: “não por culpa do ex-governador Albano Franco”. No final João e Albano se cumprimentaram com aperto de mão e tapinhas nas costas. VALADARES O senador Antônio Carlos Valadares (PSB), que se encontra na Atalaia Nova, viaja hoje a Brasília e terá uma conversa com o presidente do seu partido, Eduardo Campos. Quer saber de sua posição em relação ao que vem declarando deputados da legenda, que estão falando em não apoiar o presidente Lula em 2006. CIRO Os partidos que integram o bloco de apoio a Lula (PT) estão querendo indicar o ministro da Integração Nacional, Ciro Gomes (PSB), como candidato a presidente. Em Sergipe Ciro terá pouco apoio, principalmente pela luta que empreende para fazer a transposição do rio São Francisco. CANINDÉ O prefeito Marcelo Déda (PT) esteve domingo em Canindé do São Francisco e participou de uma festa promovida pelo deputado federal Heleno Silva (PL). Apesar da organização política, a festa tinha o tom evangélico, com a participação da cantora Mara Maravilha. Milhares de pessoas compareceram. JANTAR Após o show o prefeito Marcelo Déda, ao lado de lideranças políticas da região, participou de um jantar oferecido pelo jornalista Luiz Eduardo Costa, em sua fazenda. Prefeitos, vereadores, líderes políticos da região, deputado federal Heleno Silva, deputados estaduais Mardoqueu Bodano e Ulices Andrade (PSDB) estavam no jantar. ALMOÇO Hoje, em restaurante na avenida Beira Mar, o prefeito Marcelo Déda almoça com jornalistas. Depois fará um balanço da sua administração e ficará à disposição para perguntas. Dia 23, Déda viaja com a família para passar o Natal em uma praia do Nordeste, mas estará em Aracaju no dia 30 para o reveillon do dia seguinte. PASSOS O presidente da Assembléia Legislativa, Antônio Passos (PFL), deve assumir o governo por alguns dias, já a partir de 26 de dezembro. A vice-governadora, Marília Mandarino viaja dia 23 para comemorar boda de prata fora do estado e o governador João Alves Filho sai de férias domingo e só retorna em 7 de janeiro. MACHADO O deputado federal José Carlos Machado (PFL) viaja hoje a Brasília, onde manterá o seu trabalho na Comissão de Orçamento. Ele diz que espera encontra alguns deputados para dar prosseguimento aos trabalhos da Comissão, que precisar definir emendas. PAUTA A pauta de votação do Congresso Nacional, para o período de convocação, que termina dia 9 de fevereiro, contém 90 projetos. Machado ficou admirado com os números e lembrou: “não se votou essa quantidade de projetos durante o ano todo será difícil isso acontecer em pouco mais de um mês”. VERTICALIZAÇÃO O ministro Carlos Velloso está se aposentando e os defensores do fim da verticalização estão vibrando. Velloso é presidente do TSE e a favor das coligações nacionais Quem assume a presidência do TSE é o ministro Marcos Aurélio Melo, contra a verticalização. O TSE vem adiando a resposta a uma consulta do PSL sobre esse dispositivo eleitoral. ALBANO O ex-governador Albano Franco (PSDB) não vai viajar durante o Natal. Hoje vai ao Rio, mas retorna amanhã e visitar amigos no período de festas. Na opinião de Albano esse é um período que se fala pouco em política e acredita que o assunto volta à tona depois do carnaval. TURISMO A “Veja” publica suplemento sobre os melhores lugares para se fazer turismo no Brasil, que inclui cidades do interior e capitais do Norte, Nordeste, Sudeste e Sul. Absolutamente nada sobre Aracaju. Aliás Aracaju aparece, mas na capa que fecha o suplemento como publicidade paga pela Prefeitura. Notas INTELECTUAIS Depois de ficarem afônicos durante grande parte da crise política, os intelectuais petistas estão lentamente deixando a letargia e buscam agora engrossar o coro dos que exigem a virada na política econômica, alianças eleitorais à esquerda e tolerância zero ao caixa dois, em possível segundo mandato do presidente Lula. Irritados, tentam recuperar um espaço que já foi deles e que foi reduzido desde que a revolução pragmática, de José Dirceu, começou. Por ironia, é o mesmo Dirceu que é hoje aliado tático contra o conservadorismo econômico. PSB E PT Segundo matéria veiculada no site Congresso em Foco, se depender do vice-líder do governo na Câmara, Beto Albuquerque (PSB-RS), o presidente Lula não terá o apoio do seu partido na disputa pela reeleição. Para justificar o rompimento com o PT, ele aponta dois motivos eleitorais: a verticalização e a cláusula de barreira. ESTACIONAMENTO A Câmara analisa o Projeto de Lei 6003/05, que proíbe escolas, faculdades e universidades de cobrar pelo uso dos seus estacionamentos. Apresentado pelo deputado Fernando Coruja (PPS-SC), o texto também determina que as instituições de ensino cobrirão os danos causados aos veículos estacionados em suas dependências. Os danos terão de ser pagos mesmo que a instituição não tenha cobertura de seguro. O descumprimento dessa regra sujeita a escola ou universidade à multa diária ou até à cassação do alvará de funcionamento, no caso de reincidência. É fogo O empresário João Carlos Paes Mendonça não pode ser candidato a qualquer tipo de mandato em Sergipe. Seu título é de Pernambuco e ele não é filiado a nenhum partido. Já tem repórter noticiando que o ex-governador Albano Franco pretende lança-lo candidato a governador pelo PSDB. O ex-senador Francisco Rollemberg (PTN) está disposto a disputar uma vaga na Assembléia Legislativa. O deputado estadual José Carlos Machado (PFL) trabalha sua reeleição, enquanto nos bastidores dizem que ele está mesmo é querendo o Tribunal de Contas. Muita gente discutindo vaga no Tribunal de Contas, sem lembrar que o projeto de lei que altera de 70 para 75 anos a aposentadoria compulsória já passou na Comissão de Constituição e Justiça. O presidente do PSDB, senador Tasso Jereissati insiste que o ex-governador Albano Franco dispute o governo do estado pelo partido. O senador José Almeida Lima (PMDB) está conversando com lideranças do interior e aprofundando sua candidatura ao governo do estado. A queda da verticalização ainda é a esperança de um grande número de partidos políticos em todo o país. O deputado federal João Fontes (PDT) acha que a Câmara saiu ferida ao não cassar um dos deputados que confessou ter recebido o mensalão. A receita Federal conseguiu aumentar o número de declarações retificadoras após divulgar os motivos que fizeram com que os contribuintes caíssem na malha fina. As autoridades americanas anunciaram que fecharam um esquema de lavagem de dinheiro vindo do Brasil que movimentou ilegalmente cerca de US$ 2m2 bilhões nos últimos cinco anos. Desde ontem que os dois shoppings de Aracaju estão fechando suas lojas à meia noite. No dia 24 de dezembro vão fechar às 20 horas. brayner@infonet.com.br
Uma impede as coligações distintas nos estados. A outra restringe às legendas que obtiverem no mínimo 5% dos votos para a Câmara o direito de constituir lideranças e de receber recursos dos fundos partidários às legendas.
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