Patusca macacada.

Enquanto pescadores de águas barrentas e pitonisas agourentas afirmam estar o governo Bolsonaro em fins de feira, volto a velha leira onde não nasce legume nutritivo ou rama saborosa.

Agora que os ex-ministros, Moro e Mandeta, viraram rolete de cana chupados, sem doçura nem melaço, eis que as velhas harpias esquerdistas neles encontram serventia para surrar mais uma vez, sem novidade, o governo do capitão mal deglutido.

Como bom purgativo necessário, esse povo que devia continuar a engolir, regurgitar, remoer; bovinamente até. E suinamente espernear no mesmo lagar, relinchando também, por equídea tolice de não refletir, vai agora adquirir sobrevida, derrubando mais um presidente eleito por expressiva maioria.

Sobra-lhes, a todos em algaravia, o velho trauma do amante rejeitado, em suas opiniões e seus escritos.

Parece até que Medéia, a funesta encenação de Eurípides, exemplar comunhão de amor e ódio, ressurgiu na vasta cloaca dos partidos satélites do PT, PSOL et all, e a tantos aliados neste arrebol, frente ao último pleito eleitoral que os rejeitou, a todos, qual esposa mal amada.

 

Pintura de Eugene Delacroix apresenta Medéia, esposa abandonada, matando os próprios  filhos para se vingar de seu marido Jasão, o chefe dos Argonautas.

Porque foi como esposa corneada e abandonada por Jasão, o chefe dos argonautas, que Medéia matou, não só a sua rival com um vestido envenenado, como os próprios filhos, dela Medéia com Jasão, na facada, e a sangue frio!, para melhor fazer sofrer o pai e antigo amante, aquele que ousara, largar-lhe o leito.

E assim, em ciúme igual, por queixume de último pleito, que não lhe foi de bom proveito, em tantos partidos como Medéia, pelo povo escanteados, haja escritos a denegrir aquele que surgiu das urnas bem amado, para difamar, fulminar e exterminar o que não é, e nem será, para sempre, do seu agrado…

Enquanto isso, no mesmo desagrado o noticiário anda, desandando-se em novas explicações, acusando-o, em novo mito, de inocular um chinês coronavírus…

Se antes o Presidente Bolsonaro dispunha de 30% de imbecis, entre os seus apoiadores, agora houve uma nova divisão, afinal metade deles era de “bolsonaristas” e a outra metade de “lavajatistas”.

Cabe, todavia, a pergunta: Não há ninguém em “tantos imbecis” que esteja distante de uma banda e bem afastado da outra, ou nesta classificação procura-se apenas degradar as duas metades do legume em azedume?

Não é um borrifo de mesmo cheirume, em mágoa, e simples queixume; o velho costume de se lastimar por mal sopesar e se ressentir, por se encontrar, rejeitado e repelido; politicamente?

E o que quer esse povo, senão conseguir novo apoio eleitoral para fazer tudo de novo, rigorosamente igual, em bom desbaste da tesouraria, agora sem punições “lavajatistas” ou eventuais surtos pseudomoralistas?

Essa gente não estará com saudade de Lula, o operário, audaz operoso no erário, de Dilma, a guerrilheira mal golpeada a pedaladas, de Michel Temer, o seu golpista, quase punguista, ou de FHC, o eterno guru das esquerdas descabeçadas?

Seria gente saudosista dos militares? Jamais! Ó pergunta desbocada e desprovida!

“Militares, nunca mais!” Gritarão logo: “Eles deveriam vingar como execráveis, para sempre!”

No entanto, em tantos gritos desvairados, senão atraente, in-execrável ainda, resiste cambaleante o Presidente, “casca grossa”, que a toda crítica mal repele, embora continue agradando uma parcela minguante do eleitorado, “casca grossa também”, algo que exaspera beletristas e bem falantes formadores de opinião, gente fina, papa-fina, enquanto classe mofina, que por alguma razão continua bem remunerada e municiada, em ampla falência de jornais.

Porque os jornais morrem, exangues, sem leitores, e os formadores de opinião sobrevivem em desserviço e serventia.

Mas, em mal suspeitas suseranias renovadas, ressurgem idênticas opiniões, agora com fartas munições deflagradas aos montes, com o ex-ministro Maneta e o ex-tudo, de juiz a ministro, Moro, louvados ambos, enquanto novos amigos, “mui amigos”, no noticiário.

De Maneta, se não mais está um “canguru perneta”, saltitando o Co-vírus sem emprenhar a queda do Presidente, ao Moro sobrou um quase nada, isso desde que Ministro posou, largando a toga e restando ao desabrigo de ampla máquina de dilacerar reputações.

Nesse contexto pesquise-se o lento desbaste nele deferido, não pelo Presidente agora excomungado, mas pelo Congresso, que o diminuiu tanto, que ao sair agora, mesmo conseguindo derrubar o Mito, irá sobrar como novo vomito, em chacota de auditório, carne de canhão esquerdista, enquanto mero joguete corporativo de funcionário.

Isso porque, segundo Moro, a saída do Ministério se deveu às suas escusas em permitir que o Presidente da República demitisse um Diretor da Polícia Federal de seu agrado para nomear um outro da afeição dele, Presidente.

E a Polícia Federal, por guilda própria, deseja que tal nomeação seja de sua escolha somente, em funcional autonomia.

Ou seja: a Policia Federal, como toda e qualquer repartição pública nestes tempos esbórnios de “Constituição Cidadã”, quer virar um “Estado dentro do Estado”, algo que a Guarda Pretoriana Romana sempre o desejou, e só o conseguiu por ocasião da decadência e insolvência do Imperial Estado Romano, quando restou um repasto de simples bárbaros.

Mas, por que falar de barbaridades romanas distantes e decadentes, se entredentes não somos nem porcos suínos nem hunos inclementes, sobrando-nos apenas seus mal ruídos e arruínos?

E neste mesmo desleixo de quebra-queixo, que macacos me mordam se eu estiver errado: não estamos descendo, ladeira abaixo, em desembesto, repetindo um velho hábito babuíno de eleger Presidentes em pleitos memoráveis, por mancada, para enxotá-los depois, por patusca macacada?

O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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