Dificilmente nós, ao andarmos pelas ruas, avenidas ou praças, nos preocupamos em observar como elas se encontram. Só se ele nos atingir diretamente é que atentaremos com o problema. Por isto, resolvi sair da rotina. Escolhi um roteiro e anotei tudo que para mim é, pode ser ou será um dia problema e aqui está o que observei.
Entrei na Av. Augusto Maynard e cheguei à Trav. Gaspar Lourenço e logo na esquina existem dois bueiros, que estão completamente entupidos. No final, do lado esquerdo existe uma Clínica e em função dela, carros estacionados nos dois lados da rua, dificultando, apesar de não ser intenso, o fluxo de veículos. Aliás, nesta rua havia mão dupla para os veículos, mas fechando um retorno que havia em frente ao Cotinguiba fizeram mão única, no sentido da Av. Avenida Augusto Maynard para a Praça Getulio Vargas, o que foi uma medida sem lógica alguma, pois o fluxo, quase total, era no sentido inverso. Hoje os moradores dos dois edifícios existentes na área são obrigados a enfrentar o fluxo da Av. Ivo do Prado para chegar à Av. Augusto Maynard. Daí sigo pela rua Duque de Caxias, em direção à Praça Tobias Barreto. Pouco antes da rua Monsenhor Silveira, está os fundos do IPES. Ali encontro na rua, junto à calçada, água estagnada, já em estado de putrefação. Entro na rua Monsenhor Silveira, ultrapasso a rua Campos e no lado esquerdo está a Escola Estadual Atheneu Sergipense e é com tristeza que vejo lixo no pátio externo do colégio. São papeis, copos e garrafas plásticas atiradas das janelas pelos estudantes. Se em casa, quanto à preservação da natureza, não é comum termos bons exemplos, seria preciso, que, nas escolas, além de ensinamentos técnicos, os estudantes recebessem orientação sobre direitos e deveres de um cidadão, porque se assim não for, como será o nosso amanhã?
Daí sigo e dobro na rua Senador Rolemberg. No lado direito está a Associação Atlética de Sergipe. Na calçada, em dois pontos, vejo canaletes, que escoam, a céu aberto, água do clube para a rua. Nestes pontos, a calçada está destruída. Fica então a questão: Se necessário, como um paraplégico, numa cadeira de rodas, conseguiria andar nesta calçada? Também encontro ali água estagnada na rua. Seguindo entrei na rua Vila Cristina em direção à Praça Camerino. Do lado direito está a Associação Atlética e próximo a uma das entradas do clube havia uma árvore. É, realmente havia, pois foi cortada, talvez para melhorar a visibilidade do portão.
Através da Praça Camerino, cheguei à rua Pacatuba e em seguida à Travessa José de Faro. Ali o que chama a atenção é o grande número de “guardadores de carros”, apesar da existência dos parquímetros.
Ao atravessar a rua Itabaiana, encontro, defronte o prédio da Prefeitura, uma camioneta da EMURB estacionada em fila dupla. Cruzo o Parque Teófilo Dantas e sigo em direção à rua Propriá.
Nesta rua, sigo em direção à rua Simão Dias. Ali a registrar é o péssimo estado de conservação da calçada, o que, aliás, não é privilégio desta rua. Também é grande o número de “guardadores de carros”, em geral menores, que deveriam estar nas salas de aula.
O triste é que este quadro não é uma exclusividade deste trecho. Árvores ceifadas, calçadas destruídas, vazamentos, pedintes de esmolas e muitos menores, que deveriam estar nas salas de aula são comuns serem vistos em nossas ruas.
Faça você também uma caminhada pelas ruas de Aracaju, observando e anotando os problemas que encontrar e em seguida contate com o órgão responsável.
Assim, com certeza, com uma maior participação da sociedade, mais rapidamente conseguiremos construir um Brasil maior e melhor para todos.
Edmir Pelli é aposentado da Eletrosul e articulista desde 2000
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