Pesquisas: boas para militância e recursos

 

  Esta coluna eletrônica antes mesmo do início da campanha eleitoral fez analises sobre a divulgação de pesquisas eleitorais. Nada contra os institutos e muito menos contra as pessoas que exercem seus trabalhos neste ramo. Porém, avalia que a pesquisa é uma “arma” perigosa quando é manipulada e induzida por interesses financeiros.No último dia 15, uma das agências de notícias mais conceituadas do Brasil, a “Carta Maior”, publicou uma matéria com o título “Pesquisa eleitoral. O que é isso exatamente?”, que referendou tudo que já foi publicada nesta coluna sobre pesquisas. Entre outras coisas, a matéria relata que  os institutos de pesquisa acabam atuando em períodos eleitorais como verdadeiros termômetros da vontade popular.

 Na reportagem é analisada a conseqüência do novo cenário: “é que as grandes disputas políticas não se resumem apenas aos discursos em palanques, passeatas e carreatas, como acontecia antigamente. Hoje, é, sobretudo, no trabalho do marketing político e na performance midiática que os votos migram de uma zona de influência para outra. Para os dois últimos, a difusão das pesquisas de intenção de voto cumpre um papel fundamental na elaboração e desenvolvimento do programa de campanha”.

 “As influências mais importantes dos resultados de pesquisas divulgadas costumam ocorrer em dois campos do processo eleitoral: o ânimo das militâncias, quando o pleito envolve candidatos com algum enraizamento em segmentos sociais organizados e, sobretudo, na capacidade de captação de financiamento privado para a disputa”, analisa na reportagem, Gustavo Venturi, doutor em Ciência Política pela Universidade de São Paulo (USP).

   Outro aspecto prejudicial para a credibilidade dos institutos é quando definida a votação final nas urnas, as estatísticas apontam falhas acima da previsão da margem de erro, um parâmetro definido de antemão que estipula a variação ou imprecisão teórica considerada aceitável para a investigação do objeto em foco. “A margem de erro é calculada errada. No caso da eleição presidencial, ela é muito menor para Heloísa Helena do que para o Lula, por exemplo. Tudo depende do procedimento amostral. Matematicamente, quanto mais próximo da faixa de 50%, maior a margem de erro, quanto mais próximo a 100% ou 0%, menor a margem de erro”, explica Mendes.

  A matéria confirma que com o resultado da pesquisa, o candidato ganha ou perde apoio entre a população “politicamente mais ativa” que lê jornais, revistas e têm acesso à Internet, aproximadamente 20% do eleitorado. A reportagem mostra ainda que é possível manipular pesquisa  puxando pontos percentuais dentro da margem de erro. Uma prova que as análises que são feitas nesta coluna estão corretas: existem outras formas mais sutis de manipular pesquisas,  como desenhos amostrais menos probabilísticos e mais dirigidos para redutos pré-identificados de algum candidato, ou ainda a formulação e ordenação das perguntas também permitem a manipulação de resultados muitas vezes só perceptíveis para olhares treinados.

 

 

 

Mais uma pesquisa do Ibope

No último dia 18 foi registrada com o número 015, uma pesquisa do Ibope no TRE. A pesquisa será realizada desta segunda-feira até o dia 25, sexta-feira. Deve ser divulgada no telejornal do sábado. A pesquisa foi encomendada pela TV Sergipe e custou R$ 34.400,00. A primeira pesquisa do Ibope divulgada antes do início do horário eleitoral  deu Deda vitorioso no primeiro turno.

 

 

Brasmarket: um mês de antecedência

Algo chama atenção na pesquisa registrada no TRE, com o número 16, do Instituto Brasmarket Análise, Investigação de Mercado Ltda, é que a mesma foi registrada no último dia 19, mas será feita entre 15 de setembro e 19 de setembro. Ou seja, a pesquisa foi registrada um mês antes. Feita com recursos próprios (R$ 8 mil) no registro, tem como data de divulgação a partir do dia 23 de agosto.  A última pesquisa feita pelo instituto em Sergipe, foi em 2004, mas no início da campanha nos dias 26 e 27 de julho, onde acertou apontando uma vitória de Deda folgada. O mais interessante é que o  Brasmarket registrou também a pesquisa de número 17, feita com recursos próprios e que será realizada de 29 de agosto a 02 de setembro.

 

 

Brasmarket  utiliza o sistema Flash

A Brasmarket utiliza o Sistema Flash, que é a mais moderna forma de pesquisa de opinião pública. Segundo a assessoria da Brasmarket, esse sistema  visa eliminar três graves entraves que restringiam até hoje, o emprego intensivo do instrumento pesquisa: o alto preço, os prazos longos e as distorções nas amostragens derivadas de processos arcaicos de coleta de dados. Supervisão e crítica de dados. Todas as entrevistas são gravadas digitalmente em coletores eletrônicos, que têm grande capacidade de armazenamento e baterias que garantem a proteção dos registros. Dos coletores as informações são transmitidas para um computador  e enviada para  a central em São Paulo.

 

 

Cinform registrou três pesquisas

O informativo semanal Cinform deve divulgar hoje mais três pesquisas que foram feitas em Sergipe, no sistema que está sendo adotando, por região. Cada uma delas custou R$ 10 mil de recursos próprios. As pesquisas registradas no TRE com os números 012 e 014 tiveram o período de realização de 17 a 20 de agosto. Já a de número 13, foi realizada de 10 a 13 de agosto, ou seja, antes do horário eleitoral. Todas três foram registradas no dia 16 de agosto.

 

 

É preciso prudência das autoridades                                                                             

É um absurdo verificar autoridades federais acompanhando o candidato ao quarto mandato João Alves Filho, por uma simples questão de prudência ética: não é nada demais que essas autoridades votem no candidato da sua preferência, seja ele qual for, mas emprestar a sua imagem participando de eventos públicos pode denotar apoio político ostensivo. Mas nesse caso o absurdo é levado ao extremo, porque o evento em questão foi abrigado pelo Conselho Federal de Imóveis. Ou seja, uma autarquia federal que resolveu condecorar o candidato ao quarto mandato com comenda “JK” e “Colibri de Turmalina”, em um ato cuja natureza eleitoral não pode ser negada na última sexta-feira. Totalmente na contramão da legislação eleitoral. Mais recentemente, por bem menos a Procuradoria da República abriu procedimento contra o Conselho Federal de Odontologia por conta da presença de João Alves numa palestra naquela autarquia. E o evento foi para o candidato já que está sendo explorado (e bem) na página do candidato na Internet. Na foto  o superintendente da CEF em Sergipe, Gilberto Occhi, cumprimentando João Alves na solenidade.

 

Interpretação da figura do biônico I

Ainda sobre a nota publicada sobre o período que João Alves foi prefeito de Aracaju pela via indireta e a manifestação de um leitor publicada na coluna de sexta-feira lembrando da Constituição em vigor. Um outro leitor respondeu: “o caráter “nocivo” em questão diz respeito ao fato do Srº João Alves Filho e todos os que estavam do lado da ARENA (PDS) rezarem na cartilha da caserna, apoiando um sistema opressor que tanto atrasou nosso país… Dentro de uma legalidade imposta e arbritária fica “fácil” ser “eleito”… Obviamente que a astúcia da ARENA (PDS/PFL/PSDB/PMDB de hoje) conseguiram outros meios de se perpetuar no poder até os dias de hoje…”.

 

 Interpretação da figura do biônico II

Já o publicitário e jornalista Marcélio Couto, responsável pela campanha com a figura da banana que gerou a nota do primeiro leitor respondeu:O livre pensamento e a expressão do mesmo é um direito de todos. Assim como é um direito tecer críticas quanto ao que é exposto. Todavia, sinto-me no dever de informar ao leitor que se manifestou inconformado com a peça publicitária contrária à compra de votos que ele pode estar equivocado ou não entendeu a mensagem. Primeiro porque a fruta exibida na campanha, a banana, não se refere ou se relaciona com o voto, apenas simboliza as conseqüências causadas com a venda do mesmo. Isto é, o eleitor vende o voto e depois das eleições o candidato que o comprou não faz nada pelo Brasil nem por Sergipe, muito menos por quem “se vendeu”.

 

Interpretação da figura do biônico III

Continua Couto: “Quanto a idéia do anúncio, ela se baseia no jargão popular “dar uma banana”, que diz respeito ao menosprezo, desprezo ou descaso para com alguém. Vale ressaltar que, candidato que compra votos, o faz com alguma intenção que vai além de se eleger, e esta, com certeza não é por mera ideologia em ser eleito. O voto é livre e a compra de votos é crime eleitoral, corrupção, coerção e exploração, que eu assumo ser extrema e radicalmente contra. Em contrapartida, não vejo a mínima relação entre a peça publicitária e o discurso do leitor sobre o parlamentarismo salientado na crítica.  Aconselho ao leitor a ler novamente e na íntegra o anúncio em questão. De toda maneira, concordo que se um anúncio publicitário não se explica, não tem valia alguma, assim assumo meu erro na comunicação. Porém, como muitas pessoas demonstraram a compreensão sobre a referida veiculação, agradeceria a qualquer leitor a mínima coerência ao criticar. Afinal, uns dos princípios básicos da crítica é o conhecimento, pelo menos daquilo que se critica”. Quem desejar um contato maior com Couto pode fazer pelo e-mail: marceliocou@yahoo.com.br

 

 

Equipe “peso pesado” na FM Sergipe

O substituto de Gilmar Carvalho na FM Sergipe está dando conta do recado e conseguiu manter a audiência do programa. Trata-se do radialista Jailton Santana que conta com o apoio de uma equipe “peso pesado”  formada por J. Pereira, Edílson Souza, Robson Santana e o famoso Mimi de Itabaiana. Por falar em Robson Santana o radialista vem sendo bastante procurado para apresentar eventos. Quem quiser contratar o profissional é só ligar para 8818-4595 ou 3214-0471.

 

Fórum começa debate com candidatos

Nesta segunda-feira o Fórum Empresarial de Sergipe, formado por entidades de classe do setor produtivo do nosso Estado, dará início a uma rodada de debates envolvendo os candidatos ao governo do Estado que lideram as pesquisas de opinião e os

empresários dos setores primário, secundário e terciário. Neste primeiro momento o convidado será o atual governador e candidato à reeleição João Alves Filho. O debate acontecerá a partir das 19h30 no Hotel Aquários.

 

 

Frase do Dia

“É impossível haver progresso sem mudança e quem não consegue mudar a si mesmo, não muda coisa alguma.” George Bernard Shaw.

 

 

 

O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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