Região de identidade forte, o Seridó tem muito a mostrar ao turista que opte por conhecer o Rio Grande do Norte, além do roteiro básico de sol e mar. Nesta temporada do ano, o forró come solto nas 17 cidades que cmpreendem a região, ocupando o pedaço do mapa potiguar conhecido como “Pata do Elefante”. Elas trazem uma combinação única de elementos que inclui a árida paisagem da caatinga, a fé católica exacerbada, a gastronomia farta e uma arquitetura centenária, com festejos juninos animados. Um roteiro pelo Seridó não pode deixar de incluir cidades como Caicó, Currais Novos, Acari, Carnaúba dos Dantas, Cerro Corá e Florânia. Nessa rota, onde as distâncias entre os municípios não superam uma hora de carro, o visitante pode conhecer lugares surpreendentes, como o açude Gargalheiras, a Mina Brejuí e o Castelo de Bivar. Principal cartão-postal da região, o açude Gargalheiras, em Acari, é o que se poderia chamar de obra prima feita em parceria entre a natureza e o homem. Construído há cinco décadas, o açude preenche uma área de 780 hectares em um estreito vale de serras. O acesso é todo asfaltado e há uma razoável estrutura de bares e restaurantes. Vale a pena conhecer a área urbana da cidade, a 8km do açude Gargalheiras. A cidade tem um casario antigo bem preservado, com exemplares do século 19, como a Matriz de Nossa Senhora da Guia, de 1863, e a Igreja de Nossa Senhora do Rosário, de 1838. Outro programa interessante na cidade é o Museu Histórico do Sertanejo. O espaço, que funciona em um prédio construído 129 anos, tem um acervo de arte sacra, móveis, pinturas, objetos pessoais, ferramentas e outros itens pertencentes a famílias acarienses desde o início da ocupação, no início do século 18. Mina Brejuí, em Currais Novos Vizinha de Acari, Currais Novos é a segunda maior cidade da região (menor apenas que Caicó), com cerca de 45 mil habitantes. É lá onde fica a Mina Brejuí, um dos símbolos da economia seridoense do século 20. O local, que durante décadas serviu de locomotiva da região, hoje abre suas portas ao turismo, paralelamente à atividade de extração mineral, retomada recentemente após quase uma década de hiato provocado pela concorrência chinesa na extração do tungstênio, principal produto da Brejuí. A visita permite conhecer os túneis de mineração e a simpática vila dos funcionários. A história do lugar está explicada em detalhes no Memorial Tomaz Salustino, que leva o nome do homem que fundou a mineradora e teve uma das dez maiores fortunas potenciais do mundo na década de 50, segundo conta a história. O visitante também poderá ver um dos primeiros computadores utilizados no Rio Grande do Norte, ainda nos anos 70. Também estão expostos uniformes, equipamentos de mineração, mapas e instrumentos utilizados ao longo dos mais de 70 anos de atividades da mina. Cerro Corá e Florânia Como parte do roteiro seridoense, pode-se reservar um tempinho para conhecer duas cidades de menor porte: Cerro Corá e Florânia. Situada 595 metros acima do nível do mar, Cerro Corá vem atraindo cada vez mais admiradores para curtir a temporada de inverno, quando as temperaturas baixam facilmente para a casa dos 13 graus. A cidade mantém seus traços arquitetônicos centenários e guarda algumas surpresas fora da sede urbana. O destino ideal para os amantes das trilhas rústicas são as trilhas que levam à nascente do Rio Potengi e a velhas ferrovias desativadas. Com pouco menos de 10 mil habitantes, Florânia é uma típica cidade seridoense: árida e simpática ao mesmo tempo. Não pode faltar no roteiro em função do valor histórico de sua arquitetura. Num conjunto que inclui a Igreja Matriz de São Sebastião, além de sobrados e casas do começo do século 20 e final do século 19, destaca-se a seqüência de casas construídas pela família italiana Giffoni, que chegou à cidade na primeira metade dos anos 1800. As construções ocupam uma rua de pedestres, recentemente reformada, no centro da cidade. Caicó, a “capital” Considerada a “capital” da região, com cerca de 60 mil habitantes, Caicó recebe em julho a Festa de Sant’Ana, principal evento do calendário religioso potiguar, que reúne dezenas de milhares de visitantes para uma programação de shows, bailes, feira gastronômicas e muitas outras atrações. Mas qualquer época do ano é ideal para ir à cidade conhecer seu desfile de sabores, como a carne de sol, o feijão verde, os queijos de manteiga e de coalho e a lingüiça do sertão, entre outras delícias. Paralelamente ao circuito gastronômico, vale a pena visitar pontos como o açude Itans e a Igreja Matriz de Sant’Ana. Outro espaço interessante é a Ilha de Sant’Ana, uma ampla praça de lazer, com atividades físicas e eventos diversos, construída recentemente no local onde a cidade nasceu. A Ilha propicia uma visão privilegiada da Igreja de São Sebastião, que fica no alto de uma enorme rocha e recebe uma iluminação especial à noite. Outros dois locais interessantes em Caicó são o Mosteiro das Clarissas e o Castelo de Engady. O mosteiro abriga 32 religiosas em isolamento quase completo, não fosse o contato com os visitantes, dentro da edificação. As freiras fabricam e vendem bolachas doces e artigos em artesanato. O Castelo Engady dá um toque inusitado ao roteiro. Construído nos anos 70 pelo religioso Antenor Araújo, o prédio em estilo medieval tem um interior repleto de obras de arte e antiguidades da região, de outras partes do Brasil e também do exterior, distribuídas pelos diversos cômodos. Em clima de castelos medievais, o visitante pode fechar o roteiro conhecendo o Castelo Di Bivar, em Carnaúba dos Dantas. A construção serviu de cenário para cenas do filme “O homem que desafiou o diabo”, adaptação do diretor potiguar Moacyr Góes do livro “As pelejas de Ojuara”, do também potiguar Ney Leandro de Castro. Construído na década de 1980, o castelo pertence ao agricultor José Ronilson Dantas. O nome Bivar é uma referência ao castelo onde viveu, na Espanha do século 11, o nobre Ruy Díaz de Vivar, o “El Cid”, famoso pelo combate contra as forças mouras que dominaram a península ibérica naquela época. Fotos: Empresa Potiguar de Promoção Turística – Emprotur Na Bagagem A MSC Cruzeiros fez uma seleção em Aracaju para profissionais trabalharem na temporada de cruzeiros 2011. Oitenta pessoas se inscreveram, vinte foram selecionadas e nove já foram convocadas para iniciar a temporada de nove meses pelo litoral europeu. O policiamento no Forrocaju ainda não tem surtido efeito. Turistas cariocas reclamam de roubos e furtos no local do evento. Também há reclamações das longas filas e dificuldade de acesso a praça. Ponto positivo para Sergipe a inauguração da iluminação e urbanização da Praça São Francisco, em São Cristóvão (SE). Com a nova iluminação, a praça recebeu um incremento a mais para sair vitoriosa no processo que determinara o local como Patrimônio Histórico da Humanidade. São Cristóvão, Aracaju e Laranjeiras serão as cidades beneficiadas com R$ 230 milhões em investidos do PAC Cidades Históricas do Governo Federal. Serão recuperados prédios e conjuntos arquitetônicos tombados. A previsão é que Laranjeiras receba R$ 50 milhões e São Cristóvão, R$ 60 milhões. A capital do estado deverá receber R$ 100 milhões. As obras deverão começar pelo edifício da Antiga Alfândega, que irá abrigar o Centro de Cultura de Aracaju, com previsão de recursos em torno de R$ 3 milhões. Capela (SE) promete realizar um dos festejos de São Pedro mais animado do país. A festança acontece de 26 a 29 de junho e a previsão é que 2011 a cidade já receba os turistas num novo forródromo, considerado um dos maiores do gênero no país.
Passaporte
O Santuário de Nossa Senhora de Guadalupe é um templo católico dedicado à Virgem de Guadalupe, localizado no Monte do Tepeyac, na Cidade do México. É considerado uma das principais igrejas católicas no continente americano e uma das mais visitadas do mundo, recebendo pouco mais de 20 milhões de fiéis anualmente.
O santuário é composto de várias igrejas e capelas, dentre elas as duas basílicas de Nossa Senhora de Guadalupe, uma construída a partir de 1531, e outra já em 1974-1976, cujo projeto é do arquiteto mexicano Pedro Ramírez Vásquez. A nova basílica foi construída em razão do afundamento da antiga devido ao terreno movediço, pois a Cidade do México foi construída em cima de um lago aterrado.
Fotos: Nivaldo Menezes