É comum ouvir que a política impacta na economia e que se não fossem as atrocidades que acontecem em Brasília, nosso país estaria em outro patamar. Infelizmente, é verdade! O crescimento econômico está diretamente ligado a confiança da população, esta depende da forma que o executivo conduz a política econômica, a eficiência dos gastos públicos e a estabilidade jurídica do país.
Ao longo dos últimos anos assistimos um crescimento impulsionado pelo consumo e elevação dos gastos públicos. O que aparentemente vinha funcionando gerou grande endividamento do estado, exigindo uma nova postura para a política econômica, que deverá ter outro rumo a partir de 2019.
Há tempos o debate econômico não vinha sendo tão relevante nas eleições. Medidas referentes a reforma da previdência, teto dos gastos, privatizações, câmbio e taxa de juros são alvos das discussões políticas. As medidas tomadas referentes a esses temas podem devolver a confiança dos agentes e encaminhar o país de volta ao crescimento. Está claro que é preciso enxugar as contas, diminuindo os gastos do governo e reduzindo endividamento. O que resta é escolher como fazer, e isto dependerá diretamente do candidato eleito em outubro.
Más decisões referentes a política fiscal e monetária afasta investidores, tanto locais quanto estrangeiros. O empresário, que é quem aquece a economia, não tirará dinheiro do bolso para ampliar fábrica ou contratar mão de obra enquanto houver calamidade na administração pública, câmbio instável e insegurança política. Também não adiantará um presidente com ótimas ideias, mas sem aprovação da população ou do congresso tentar implementar tais medidas. Ele passará mais tempo tentando não ser deposto do que trabalhando de fato. Além de que, com judiciário sendo colocado em xeque, não se sabe nem quem será o presidente amanhã. Este cenário reforça a insegurança das famílias.
Não há confiança em um país onde o câmbio oscila de forma brusca, há risco de aceleração inflacionaria, expectativa de elevação dos juros e não existe clareza nas leis. Se as pessoas não têm confiança elas não consomem, não investem, o que acaba gerando recessão e desemprego.
Este atual cenário, nebuloso e instável, mexe com todos, inclusive com o mercado. Os reflexos são vistos no câmbio, com dólar voltado à casa dos R$ 4,00, desemprego a 12,4% e as revisões para baixo no crescimento do PIB. O Brasil prospero, mas infelizmente a corrupção que acontece na politica impede que o país decole. Espero, do fundo do coração, ainda assistir o “Brasil virar Suíça”.