O Dia Mundial de Luta Contra a AIDS, primeiro de dezembro, foi instituído pela Organização Mundial de Saúde como uma data simbólica de mobilização para todos os povos sobre a pandemia de AIDS.
Apesar de muita luta nos 35 anos no mundo, a epidemia do HIV continua avançando em muitos países, impondo novas estratégias para o seu enfrentamento.
A EPIDEMIA DO HIV
Mais de 34 milhões de pessoas vivem com HIV no Mundo
Mais de 700.000 pessoas vivem com HIV no Brasil
Mais de 5.000 pessoas vivem com HIV em Sergipe
Uma parte da população está banalizando uma doença, que traz um grande impacto para a saúde pública, pelos altos custos com medicamentos, internações hospitalares e procedimentos ambulatoriais, e consequências para famílias e pessoas que vivem com o HIV, devido ao preconceito e atitudes de discriminação, que ainda existem, e pelos efeitos colaterais dos medicamentos para aqueles que estão em tratamento.
Mesmo diante dos problemas resultantes da epidemia do HIV, encontramos um grande número de pessoas que, alegando vários motivos, não querem usar o preservativo masculino ou feminino. Uns alegam que é melhor sem preservativo, optando por correr riscos. Outros acham que não usam o preservativo porque se consideram distantes de adquirir a infecção pelo HIV, por conhecer o (a) parceiro (a) ou por achar que o (a) parceiro (a) é saudável. Por incrível que pareça, existem pessoas “gostam” de correr riscos, dizendo que “sexo arriscado é mais gostoso”.
Ficamos tristes e preocupados, como militante na luta contra a AIDS, quando ouvimos depoimentos que verdadeiramente contribuem para o avanço da epidemia: jovens gays dizendo que preferem o gel lubrificante do que a camisinha; homens casados que, nas relações extraconjugais com outros homens ou com mulheres, não aceitam usar camisinha; mulheres que se negam a se proteger do HIV; homens, de bom nível social, que não acreditam na existência da AIDS e até se negam a ajudar na solidariedade às pessoas que vivem em situação de pobreza e que são soropositivas.
Para enfrentar a atitude da não aceitação do preservativo, o mundo científico lançou novas estratégias de prevenção: A PREVENÇÃO COMBINADA, que inclui, além da camisinha, as seguintes medidas: Descobrir se a pessoa é ou não soropositiva, fazendo o teste do HIV; Caso o exame seja positivo ou reagente para o HIV, que seja iniciado o tratamento. O tratamento correto, evita as infecções oportunistas e reduz o risco de transmitir o HIV para outras pessoas; Caso tenha se envolvido com alguma situação de risco (camisinha rompeu, relação sexual sem camisinha com pessoa soropositiva, violência sexual, acidente com seringas e agulhas), existe a PEP – Profilaxia Pós Exposição: é a utilização da medicação antirretroviral. A medicação deve ser iniciada o mais rápido possível após o contato: em até 72 horas, sendo o tratamento mais eficaz se iniciado nas duas primeiras horas após a exposição. O tratamento deve ser seguido por 28 dias; Teste do HIV durante o pré-natal incluindo também o exame do parceiro sexual. Caso positivo ou reagente, o tratamento correto reduz a transmissão do HIV para o bebê; Usar somente use seringas e agulhas novas e esterilizadas.
O Laço Vermelho é o símbolo internacional da consciência sobre o HIV e a AIDS, e também um símbolo de esperança e apoio, e é usado por um número cada vez maior de pessoas por todo o mundo para demonstrar sua preocupação com a epidemia, além de expressar visualmente solidariedade com aqueles que vivem com o vírus.
Precisamos de mudança de atitude das pessoas: mais solidariedade com aqueles que vivem com o HIV e que as pessoas escolham a melhor maneira de se prevenir da infecção pelo HIV.