Aliados políticos do governador João Alves Filho (PFL) acham que essa viagem ao exterior, num momento de decisões eleitorais, não favorece à formação de alianças para a disputa pela reeleição. O governador fora em busca de empréstimos no exterior, um deputado diz que a entrada de recursos de outro país em Sergipe depende de aprovação do governo federal e “é nítida a má vontade do Planalto com o estado”. O parlamentar admite que a oposição em Sergipe põe o dedo em qualquer dinheiro que venha para o executivo estadual e não será diferente com o que for conquistado através dessa viagem. Enquanto isso há uma paralisação nas decisões políticas que, a cada dia que passa, deixa os candidatos proporcionais aflitos. Todos que acompanham o governador João Alves Filho estão tensos, porque não se inicia uma movimentação para fechar alianças. Há muitas questões para se resolver dentro do bloco de apoio ao governo. A entrevista concedida pela senadora Maria do Carmo Alves (PFL) ao semanário Cinform, abalou todos os segmentos políticos do estado. E como todos viajaram no mesmo dia da publicação da matéria, quem depende da palavra final do governador João Alves Filho está inerte como uma estátua, porque não sabe como será feito para amenizar a situação, embora o próprio João tenha se apressado em anunciar que os rumos do PFL serão traçados através de sua orientação e quem falava pelo partido era ele. Amenizou um pouco o efeito da entrevista. Entretanto, voltou a deixar os tucanos arrepiados. O ex-governador Albano Franco ainda mantém a calma e acha que a tempestade será outra, mas reduziu em uma única frase, extraída da letra de uma música dos anos 70 – “eu só posso gostar de quem gosta de mim” – todo o sentimento em relação à abertura para uma coligação, onde o grupo precisa de muita união para chegar vitorioso na abertura das urnas. É preciso, também, analisar um aspecto que mexe com qualquer político: perder o mandato. Pior: largar uma candidatura à reeleição para o Senado, quando todas as pesquisas asseguram vitória. É muito difícil renunciar a isso, mesmo que seja para garantir a continuidade de um governo, do qual o candidato faz parte. É o caso exato da senadora Maria do Carmo Alves que mantém a candidatura à reeleição. A vaga do Senado é uma só e é ela que Albano Franco também deseja. É o Senado que a oposição oferece para fechar uma aliança com o ex-governador. Os tucanos sabem que Albano para ser deputado federal não precisa fazer composição com ninguém. É com esse raciocínio que os seus aliados querem o Senado para fechar uma composição. O governador João Alves Filho, pondo em prática sua experiência política, tem certeza que se não conquistar um outro partido forte para o seu bloco vai dificultar a disputa com o prefeito Marcelo Déda (PT), que está bem nas pesquisas e animado com um grupo coeso que o apóia. O PSDB pode ser importante nesta hora que requer muita habilidade, porque todos sabem (e valem) quanto pesam. Há uma certa cautela por parte do ex-governador, em razão da composição em nível nacional que o seu partido faz com o PFL e que, pela verticalização, sugere que também nos estados a coligação seja repetida. Mas, em São Paulo, onde esteve com o pré-candidato a presidente, Geraldo Alckmin, e até com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o ex-governador Albano Franco não recebeu nenhuma sinalização de que teria de seguir em Sergipe a mesma aliança nacional, embora isso fique explícito. Com tudo isso, e pela ausência de João Alves Filho, que está na Europa, que o clima é de apreensão entre os filiados dos partidos que integram o bloco de apoio ao governador. A maioria quer uma definição rápida e está aflita com essa situação. Acha que é melhor um tucano na mão do que vários deles voando em redor da oposição, que joga todo o charme para conquistar definitivamente Albano e o seu grupo. Mas, como o próprio ex-governador falou, até a Páscoa isso terá que ser decidido, dando um tempo para que não seja cometido nenhum equívoco. Nesse momento, qualquer erro pode ser fatal… ALBANO O ex-governador Albano Franco (PSDB) está sendo pressionado por alguns aliados a tomar uma posição imediata sobre alianças no estado. Hoje a opinião é de que o PSDB deve ficar à vontade no Estado parta se aliar do o prefeito Marcelo Déda informalmente. VALADARES O senador Antônio Carlos Valadares (PSB) está conversando mais freqüentemente com o ex-governador Albano Franco, tentando mostrar que o melhor caminho é a oposição. Albano Franco está mantendo a tranqüilidade dentro do partido e ainda vai esperar por uma conversa direta com o governador João Alves Filho (PFL). ALMOÇO O prefeito Marcelo Déda (PT) e o empresário Ricardo Franco (PSDB) jantaram sexta-feira passada em apartamento de um amigo. “O assunto foi política e a conversa foi boa”, disse Ricardo que lembrou: “as portas do PT continuam abertas para o PSDB”. Na próxima semana os dois terão novo encontro. DEFESA Ricardo Franco hoje defende um composição clara com o bloco da oposição, dentro da informalidade, em razão da verticalização. Nesse caso, Albano Franco seria candidato ao Senado e o bloco da oposição não lançaria ninguém. O PSDB também ficaria sem um nome para governador. CAFÉ DA MANHÃ Há aproximadamente 60 dias, no restaurante de um hotel no Rio de Janeiro, o governador João Alves Filho (PFL) e o ex-governador Albano Franco (PSDB) conversaram a sós. Foi o primeiro encontro desde 1998 e trataram de política e possível composição. É possível que ao retornar da Europa, Albano e João voltem a conversar. MANOEL Segundo uma fonte bem avisada, Albano e João trataram da formação de uma aliança para as eleições de outubro, que envolvesse PFL e PSDB. A mesma fonte acrescentou que Albano sugeriu o nome do conselheiro Antônio Manoel de Carvalho, do Tribunal de Contas, para vice-governador. VÔO O governador João Alves Filho (PFL) perdeu o vôo que o levaria à Europa ontem. Quando chegou a Salvador o avião já havia decolado. João não deixou de viajar. Voou para o Recife e pegou conseguiu lugar em um novo vôo para a Espanha. ADESÃO Um prefeito de médio porte, de uma cidade do Vale do Cotinguiba, vai apoiar a reeleição do governador João Alves Filho. Os dois já tiveram um longo encontro e o anuncio deverá acontecer alguns dias depois que o governador retornar da Europa. ALMEIDA O senador Almeida Lima (PMDB) lamentou a deterioração moral da sociedade brasileira a partir dos maus exemplos dados, na política, por parlamentares, magistrados e governantes. O PSDB e PFL voltarão a trancar a pauta na próxima semana, até que o Governo solucione alguns problemas dos estados. A ação também inclui Sergipe, em razão da posição do Tesouro da União em não autorizar empréstimos para o estado. O presidente Lula da Silva pretende continuar a mudança em sua equipe ministerial, para atender aos ministros que saem para disputar eleições. Lula quer manter o PMDB nos três ministérios que já comanda e o nome do deputado federal Jorge Alberto continua na relação para o Ministério da Saúde. O deputado federal Jorge Alberto está animado com a possibilidade de ser ministro. Se acontecerá será um a menos para disputar a Câmara Federal. Para aceitar ser ministro, Jorge Alberto ou tem certeza que Lula será reeleito e ele continuará no governo, ou não está disposto a disputar mais uma eleição. RICARDO O leitor que se identifica como Ricardo manda um e-mail a Plenário e dá conselhos: “o senhor deveria ser mais imparcial na sua coluna”. ARGÜIÇÃO Projeto de Lei em tramitação na Câmara permite que qualquer pessoa lesada ou ameaçada de lesão por ato do poder público entre com ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para apontar descumprimento da Constituição, a chamada ação de arguição de descumprimento de preceito fundamental. O projeto restringe a ação aos casos em que há “repercussão geral das questões constitucionais”, conforme Constituição. A lei que disciplina essa ação já exige que a controvérsia constitucional seja relevante, mas não fala em repercussão geral. CAMPANHA O presidente do Congresso Nacional, Renan Calheiros (PMDB-AL), declarou que o ex-ministro Antônio Palloci, da Fazenda, “não está saiu por incompetência ou por falta de habilidade. O ministro está saindo em conseqüência de um fogo amigo brando, que acabou chegando aonde chegou”. Renan é homem de governo e sempre está com o presidente, seja ele quem for. Utiliza da metáfora para justificar a saída de Palloci. Pode não ter saído por incompetência, mas o fez por suspeita de corrupção. O presidente da Federação das Indústrias de Sergipe, Eduardo Prado, participou ontem, em Brasília, do lançamento de Agenda Legislativa 2006 da CNI. O prefeito Marcelo Déda não está preocupado com a verticalização. Ele ainda espera fazer um acordo com o PSDB sergipano. Marilza Maynard teve o se primeiro dia de governadora em exercício ontem e recebeu visita dos seus colegas do Tribunal de Justiça. Há muito tempo que o executivo imaginava prestigiar o judiciário e essa foi a melhor forma, ao transferir para a presidenta do poder o comando do Estado. O ex-prefeito de Monte Alegre, Osmar Farias, comete um erro imperdoável. Ele só fornece água através de carros pipas para quem é de seu grupo político. A denuncia contra o prefeito de Monte Alegre foi feita por moradores do município através do deputado Mardoqueu Bodano (PL). O deputado Augusto Bezerra (PFL) esta com a incumbência de interferir para que Osmar Farias pare de determinar quem deve ter água potável. A ponte sobre o rio Poxim, na avenida Beira Mar, está com as suas ferragens expostas. Quem avisa é o deputado estadual Jorge Alberto, que viu o estrago ao passar de barco. Os artistas de circo e teatro foram lembrados pela professora e deputada Ana Lúcia (PT) pela passagem do seu dia internacional. O deputado Zé Milton de Zé de Dona (PSL) está mesmo disposto a fazer uma aliança com o Partido Verde. O cantor Gilliard será a atração de sexta feira em São Cristóvão, dentro do projeto “Cidade da Seresta”, quando será encerrada a temporada. Atenção: O colunista entra hoje de licença. Plenário só volta a ser publicado entre quinta e sexta feiras da próxima semana. brayner@infonet.com.br“O que dizer de um presidente da República que afirma não ter conhecimento de nenhum entre centenas de atos de corrupção praticados debaixo de sua barba?”. Pergunta Almeida.
PAUTA
SAÚDE
JORGE
Continua: “É gritante a torcida do senhor pela reeleição de João Alves Filho. Atitudes como essas acabam cada vez mais com a credibilidade do jornalismo. Imparcialidade já”.
Notas
O Psol lançou ontem a campanha “Quero saber como meu representante vota”, em frente à rampa do Congresso. Os deputados do partido estão recolhendo assinaturas em lençóis brancos com a inscrição: “Fim do voto secreto já!”. Logo após foi criada a Frente Parlamentar pelo Fim do Voto Secreto.
O povo não é bobo e está vendo o que acontece nos bastidores do Congresso para que os deputados envolvidos em corrupção não sejam cassados. como cada deputado vota e quer a punição dos corruptos.
RENANÉ fogo
O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
Comentários