O Ex-Presidente Luis Inácio Lula da Silva encerrou sua marcha rumo a liberdade plena com uma derrota histórica no Supremo Tribunal Federal (STF) numa sessão que começou as duas da tarde de quarta-feira e terminou na madrugada de quinta-feira. Foi o julgamento de um pedido impetrado por seus advogados através de habeas corpus para que não fosse preso nas próximas horas. Como Lula ainda tem um recurso a ser julgado, tudo indica que ao final desse julgamento não escapará da prisão. O remédio jurídico lhe foi negado através do voto da Presidente da Corte, Dra. Carmen Lúcia o que fixou o placar em 6 a 5. No decorrer da longa sessão prevaleceu naturalmente o juridiquês, o palavreado próprio dos profissionais ligados à lei e as transmissões jurídicas. O voto mais esperado foi sem dúvida da Ministra Rose Weber já que a revista Veja desta semana a colocou como decisiva para o resultado final. Não chegou a tanto, mas ela proferiu um voto calcado em suas experiências na corte. O Ministro Luis Roberto Barroso foi citando casos nos quais a Justiça não se fez presente – “tardou sempre e falhou inúmeras vezes”. Nesta primeira fase da audiência, Lula já perdia por 4 a zero. O Ministro Gilmar Mendes, notório “eleitor” de Lula, foi o segundo a proferir o voto, pela concessão do habeas-corpus e depois se mandou para Portugal onde administra uma Faculdade de Direito. Quem não é advogado ou formado em algum curso de direito, teve dificuldades em acompanhar o julgamento. É que os Ministros pareciam não falar o português, mas apenas o juridiquês, o linguajar próprio dos advogados.
Em nenhum momento, o ex-Presidente Lula apareceu no STF. Ele estava concentrado num sindicato que o apoiava. Segundo fofoqueiros da Imprensa, “tomou” todas que tinha direito. Até o momento em que fechávamos este pequeno comentário, ele não fez nenhum comentário sobre o julgamento de doze horas do STF.
Impressões de populares
– Olha só como o clima parece estar mais leve.
O comentário foi de um popular ao pedir uma cerveja no quiosque que fica nas proximidades da Assembleia Legislativa. Era ainda onze horas da manhã. E foi mais longe:
– Parece que o povo tirou um peso da cabeça…
Pela ordem – e tome-lhe discurso
O deputado Francisco Gualberto encontrou um jeito de se dirigir ao plenário da Assembleia na tarde de quinta-feira. É que naquele dia haveria a palestra da Presidente do Sindicato dos Enfermeiras, não haveria o chamado grande expediente, quando os deputados dispõem de pelo menos para os seus pronunciamentos. O pequeno expediente[e de apenas 3 minutos, muito pouco para a análise que ele pretendia fazer. Que fez ele? Pediu um “pela ordem” e aí para desespero do Presidente da sessão, deputado Garibaldi Mendonça, estendeu sua fala por vinte minutos. Ele queria fixar sua posição com relação ao julgamento de Lula ontem no STF. Ele lastimou as palavras de ameaças ao STF proferidas pelo general Vilas Boas e também o tendencioso das transmissões da Rede Globo. “O general conclamava pela condenação do Presidente Lula. A Globo, por seu turno, quis impor sua posição ideológica aos espectadores Foi nesse clima que o tribunal julgou”, garante Gualberto. Segundo ele, um Procurador fez greve de fome pela condenação e teve a cobertura da Rede Globo”. Esta, por seu turno, defende o estado de exceção. Segundo Gualberto, o voto do Ministro Luis Fux mostrou que no Brasil não impera a Lei coisa nenhuma. Analisou também o comportamento dos entreguistas: “A primeira forma de aparecer para o povo é se enrolar na bandeira do Brasil”, garantiu Gualberto. “Depois da prisão de Lula, se ela ocorrer, a farsa vai cair”.
Como queres ser chamado?
Ao pronunciar o seu voto, o Ministro Dias Toffoli fez um comentário sobre o ex-Ministro do STF, Carlos Ayres de Freitas Brito. Segundo ele, o sergipano Carlos Brito era tratado no Supremo pelo nome e sobrenome. Quando ele ao STF e exigiu ser chamado pelos dois sobrenomes, Dias Toffoli, Carlinhos passou a ser conhecido como Ayres Britto.
Instale-se a desordem
Comentário de um advogado com assento na Assembleia Legislativa:
– Gualberto falou pela ordem para instalar a desordem
Segundo ele, de acordo com o Regimento interno da Casa, o Pela Ordem só deve ser permitido para interpretação do Regimento. Discurso não.
Uma bacia unificada
A deputada Ana Lúcia apresentou indicação ao governador do Estado e ao Secretário de Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos, Olivier Chagas para a criação de um Comitê de Bacia Unificado, incluindo todos os afluentes do Rio são Francisco, tendo em vista que Sergipe é o único estado pertencente à Bacia Hidrográfica do São Francisco que não possui comitês de afluentes. A indicação vai ser apreciada pelo plenário.
…e para encerrar…
PALESTRA – No próximo dia 29, o Comandante do 28º Batalhão de Caçadores, Tenente Coronel José Fernandes Carneiro dos Santos Filho, fará uma palestra para os deputados com assento na Assembleia Legislativa. A palestra é sobre o Exército brasileiro.