Reciclagem e Educação Ambiental

Projeto Casa de Papel

Esta semana, mais precisamente na última quarta-feira, 04, estive pela segunda vez na Casa de Papel, projeto da Sociedade EcoAr. Detalhe: a primeira foi há uns cinco ou seis anos, e em ambas as ocasiões estava cobrindo uma pauta onde adolescentes estavam indo conhecer o trabalho que é realizado a partir da reciclagem e reaproveitamento de papel.

Fiquei feliz em ver que uma iniciativa tão bacana ainda existe, e já são 11 anos.Por outro lado, um pouco decepcionada em ver que eram praticamente os mesmos objetos que vi anos atrás. As mesmas poltronas e mesas feitas de papel, muito bonitas por sinal, mas cadê a evolução, o andamento do projeto? Havia apenas dois funcionários recepcionando as jovens que faziam a visita e o que foi passado por eles não chegou a empolgar, pois elas apenas assistiram um deles confeccionar uma pequena cesta a partir da técnica de trançado com jornal.

Mesmos ambientes de 5 anos

Não eram tantas meninas assim, podiam ter preparado material para elas mesmas colocarem a mão na massa, já que a visita foi previamente agendada. O consolo, é que se convidados eles irão até a instituição que as atende prestar uma oficina completa e ensiná-las a também reaproveitar com arte o papel que iria parar no lixão de Aracaju. Mas bem que a recepção a quem visita as instalações da Casa poderiam estar em melhor estado. No momento passava por reformas, segundo informaram, mas então nessas condições não dá para receber ninguém, pois a imagem que passa não é das melhores.

Educação Ambiental
Ao menos a mensagem positiva da reciclagem e do reaproveitamento de materiais foi incutida na mente das jovens, que são adolescentes da unidade de acolhimento Izabel Abreu, que integra a Fundação Renascer. Elas tiveram uma boa noção do

assunto reciclagem e da preservação do Meio Ambiente. Mas não apenas por essa visita. É que esses foram temas bastante discutidos na unidade durante o último mês.

A visita serviu mais para que elas vissem uma gama de objetivos decorativos, embalagens, material de escritório, caixas de presente e até móveis produzidos a partir da reutilização de vários tipos de papel e papelão que deixaram de ser descartados no lixo comum. (Muito legal para quem está conhecendo, mas para quem já viu isso há pelo menos 5 anos, deixa a desejar…)

Além disso, as adolescentes receberam de brindes cartilhas educativas sobre como manter a cidade limpa (ilustradas e de ótima qualidade) e blocos de anotações ecológicos. A visita foi elogiada pelas adolescentes. “Achei legal porque além de fazer objetos que são bonitos, também recicla o que iria para o lixo e isso preserva o meio ambiente”, comentou uma das acolhidas, de 18 anos. “Também achei

Belos objetos feitos de jornal

muito interessante o trabalho e quero aprender, quando a oficina for para a unidade eu vou fazer”, disse outra jovem de 15 anos, que também já pratica a reciclagem. “Eu fiz um balão de São João com revistas para decorar a unidade”, contou.

Trabalho continuado
Antes da visita, as adolescentes participaram na própria unidade de uma palestra proferida pela assistente social Carla Vanessa sobre a reciclagem de vários tipos de materiais e a importância do ato para o meio ambiente. A proposta agora é levar a oficina de trançado da EcoAr, que é gratuita, para dentro da unidade Izabel Abreu e atingir um número maior de acolhidas.

“Já conversamos com a coordenação e vamos enviar um ofício solicitando a oficina. Além disso, queremos conhecer outros locais que trabalham com garrafas pet e vamos ainda exibir vídeos sobre o tema, como continuidade da atividade em julho durante as férias escolares”, explicou a assistente social, que acompanhou as adolescentes juntamente com outras educadoras.

Visita de adolescentes e orientadores

O cartonageiro Diego Henrique, que há 11 anos trabalha na Sociedade EcoAr, diz que não há dificuldade no aprendizado da técnica. “Nós mostramos do início ao fim do processo de confecção de uma peça, inclusive com o acabamento. O aprendizado só vai depender da atenção de cada uma”, contou, informando que os objetos são muito apreciados pela sociedade e podem se tornar uma fonte de renda.

Serviço: seja voluntário, doe seu papel
Unidade de Acolhimento Izabel Abreu – Atende provisoriamente em regime de acolhimento a crianças e adolescentes do sexo feminino, com idades entre 7 e 18 anos, em situação de vulnerabilidade, risco pessoal e social, vindas de todo o estado ou em trânsito. Elas são encaminhadas pelo juizado a 16ª Vara, comarcas do interior e Conselhos Tutelares com o propósito de restabelecer os laços familiares. A unidade aceita ações voluntárias. Afinal, como diz o artigo 4º do ECA, “É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos

Fotos: Camila Santos

referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária”.Contato: Telefones: (79) 8814-4153 / 3179-1246

Sociedade EcoAr – Fundada em 2003, a instituição é mantida pela Torre Empreendimentos.  Além de oficinas dentro da própria sede da instituição, também abre espaço também para que outras entidades possam conhecer técnicas de reciclagem de papel, fornecendo cursos através de seus monitores. Quem desejar adquirir produtos reciclados pode entrar em contato e fazer a encomenda. Além disso, a entidade também recebe doações de todos os tipos de papel do cidadão comum e de empresas que queira contribuir com a reciclagem e diminuição na quantidade de lixo produzido em nossa cidade. Contato: 3231-2198

@ca_sant

O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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