As eleições caminham para entrar na reta final. A partir de sexta-feira ficam faltando exatos 30 dias para que o leitor decida os rumos do país e dos estados. É a hora do povo. Os últimos instantes para receber abraços afetuosos, beijos na cabeça suada e um tratamento carinhoso para os filhos, que são postos nos braços com “pouco açúcar e pouco afeto”. Lembre que isso agora deve acontecer dentro de mais quatro anos, quando todos se voltam exclusivamente para o leitor, em troca de sua arma mais preciosa: o voto. Um taxista acha que deveria ter eleições a cada seis meses, porque “só assim a gente era visto e respeitado duas vezes ao ano”. Quem quiser deve aproveitar a onda favorável, mas não pode é se vender, porque a partir daí o cidadão não merece respeito e fica impedido de cobrar ação daqueles que compraram sua consciência. Evidente que é um apelo que a maioria não leva em consideração. A dependência dos corretores de voto é impressionante. É deles que recebem ajuda no longo período de entressafra eleitoral e é com eles que contam para resolver os problemas mais simples, como saúde, segurança, alimentação, moradia e educação, que é uma obrigação de estado e um direito do cidadão. Mas poucos sabem disso. A gente humilde não tem consciência dos seus direitos e acha que tudo que lhe é concedido tem o tom de bondade, um grande favor e uma imensa atenção com os pobres. Geralmente vota no candidato como forma de agradecimento pelo que recebeu, fruto do dinheiro do povo. Em razão disso, existem os escravos eternos dessas necessidades primárias. Principalmente no Nordeste, a manutenção da miséria é um investimento político. Ao invés de trabalho, o Bolsa Família para vincular quem o recebe a quem paga. A troca da graninha miserável é a publicidade enganosa de uma criteriosa distribuição de renda e a cobrança indireta do voto favorável. Tentam-se camuflar que a renda deste país engorda a conta de banqueiros e grandes empresários, ou serve para alimentar a corrupção. Engana-se quem imaginar que saiu da linha abaixo da pobreza para ingressar na classe média, hoje dividida em baixa e alta. O Brasil ainda precisa conviver com um projeto social que transforme as condições de vida de todos os cidadãos, mas sem lhes dá a esmola que serve de moeda para a conquista de voto. Tem que oferecer trabalho e dignidade. Essa consciência em busca de um país e um estado melhores para o povo, só chegará quando a população não politizada, que atinge a grande maioria, começar a perceber que a sua maior força é o voto. A escolha certa de quem possa lhe dar condições para chegar a vários degraus acima de sua dependência financeira, sem precisar de esmolas para comer, mas com a força do trabalho, dos estudos, da formação cidadã. Por isso, na hora de escolher o seu representante na Assembléia, Câmara, Senado e Executivos federal e estadual, avalie bem o currículo da vida pública dos candidatos. Os mandatos, o trabalho realizado, os projetos, o que já se fez. Há necessidade de comparar todos eles, porque será a partir do voto que o cidadão escolhe quem é melhor para administrar o estado e representá-lo no parlamento. A partir de sexta-feira o leitor tem 30 dias para pensar o suficiente, com calma e muita responsabilidade, para teclar os melhores nomes que representem seu anseio, seu sonho, a certeza de que vai dar certo. Não precisa pressa, não caia no pecado da obsessão e não entregue a vida do povo nas mãos de quem nunca chegou próximo das necessidades comuns ao homem do campo, ao cidadão das grandes cidades, ou às agitadas capitais. No momento, os políticos procuram apenas o voto. E o leitor anda a busca do melhor, do mais sério, do mais competente e daquele que enxerga claramente como modificar o rumo torto de um povo que sempre votou errado. É preciso calma, não se influenciar por belas palavras, não surfar nas ondas da favoritismo e nem se deixar enganar por projetos mirabolantes. Guarde seu voto e o use com a dignidade de quem vai salvar a pátria. LUIZA A participação de Luiza Ribeiro na campanha de reeleição do governador João Alves Filho (PFL) também foi descartada. O comando político da campanha explica que a decisão serve para impulsionar as demais lideranças de Lagarto e unificar os trabalhos pela reeleição. CABO ZÉ O ex-prefeito de Lagarto, José Raymundo Ribeiro, fará um pronunciamento hoje para dizer com quem ele e a sobrinha Luiza Ribeiro vão votar. Cabo Zé disse ontem, na emissora de rádio Eldorado, que o presidente do seu partido, o PSL, advogado Gilton Garcia, o rejeitou na convenção. MOVIMENTO Já existem conversas sobre a formação da mesa diretora da Assembléia Legislativa. Um nome está sendo bem articulado por lideranças políticas. O nome ainda está na disputa, mas tem chances reais de eleger-se. Já tem gente fazendo contas sobre isso. ALARMADO O líder do PT na Assembléia Legislativa, Francisco Gualberto, está alarmado: “nunca vi uma eleição tão degenerada como essa”, denunciou. Acrescenta que “as pessoas estão sendo tratadas como objeto diante da forma escancarada de compra de votos, que se tem visto diariamente em todos os lugares”. DIGNA Francisco Gualberto deixa claro que deseja voltar “a esta Casa (Assembléia), mas só quero se for de forma digna como tem sido até agora”. Segundo o parlamentar petista, “se for necessário comprar um voto para assegurar o meu mandato, prefiro ficar sem ele”. ANDRÉ O candidato a deputado estadual André Moura (PSC) desmente qualquer possibilidade de apoiar o candidato do PT, Marcelo Déda, a governador. André Moura deixa bem claro que está fechado com a candidatura à reeleição do governador João Alves Filho (PFL). JUSTIFICA O candidato André Moura diz que em alguns municípios o prefeito apóia Marcelo Déda a governador e a ele para deputado estadual. Citou como exemplo o município de Capela. O prefeito Sukita está com ele para estadual, Valadares Filho federal, Déda para governador e Zé Eduardo para senador. ALBANO-1 Muita gente pergunta se o candidato a deputado federal Albano Franco (PSDB) está trabalhando firme para a reeleição de João Alves Filho. Algumas pessoas estranharam porque em Itabaiana os dois não ficaram juntos e cada um foi para o seu lado. A verdade é que o ex-governador Albano Franco tem viajado para campanha por vários municípios, sempre citando João Alves Filho e Amaria do Carmo. Além disso, tem a questão de Fabiano Azevedo, candidato à vice na chapa de João, que está por inteiro na campanha e foi uma indicação de Albano Franco. PEDÁGIO “Não haverá cobrança de pedágio para atravessar a ponte Aracaju/Barra”, quem garante é o governador João Alves Filho, candidato à reeleição. João desmente insistentes boatos sobre o pedágio: “é um artifício de opositores para prejudicar sua campanha à reeleição”, disse. RECURSOS João Alves fez questão de lembrar que a obra foi realizada com recursos exclusivos dos cofres estaduais e por isso não há motivos para cobrança de tal taxa. A União negou recursos que seriam liberados para a construção da ponte, através de empréstimo via BNDES. CONGRESSO O presidente do TSE, Marco Aurélio, declarou que espera um próximo Congresso Nacional “melhor” do que o atual. “Eu sou um homem otimista por criação”, afirmou, ao salientar que espera a resposta, pelas urnas, do eleitor conscientizado. “Eu não subestimo a inteligência alheia”, finalizou. Notas REFORMA O presidente do TSE, ministro Marco Aurélio defendeu a realização da reforma política como forma de aperfeiçoar o sistema partidário brasileiro. “Precisamos de uma reforma política, em uma nova lei que revele que essas pessoas que claudicaram são inelegíveis para ocupar cargos públicos”, declarou. O ministro observou que, enquanto não vier essa nova legislação, o judiciário ficará manietado, não “pode ir além do Direito posto. Direito não pode ir além, não pode proceder como se empolgasse aí o Direito alternativo”. FONTES O candidato a deputado federal pelo PDT, deputado João Fontes, disse ontem que o resultado da última pesquisa do Ibope, que o colocou com apenas 1% das condições de voto em Sergipe. João disse que isso lhe deu mais estimulo, porque redobrou o trabalho: “vamos ter segundo turno”, garantiu. João Fontes fez um protesto público contra o Fórum Empresarial de Sergipe, que chamou apenas dois candidatos para debate – João Alves e Marcelo Déda – considerou que isso é um reconhecimento da bipolarização. ALMEIDA O senador Almeida Lima (PMDB) criticou, ontem, o compositor Wagner Tiso e o ator Paulo Betti por defenderem o PT em relação a atos de corrupção contra o governo, denunciados e apurados em CPIs. Wagner Tiso disse: “não estou preocupado com a ética do PT nem com qualquer ética”. Segundo o compositor, “acho que o PT fez o jogo que tem de fazer para governar o país”. Por sua vez, Paulo Betti teria justificado atos irregulares do partido do governo, sob o argumento de que “são inevitáveis na política”. É fogo “Do abismo do Tempo” chega às livrarias. É oitavo livro do poeta Araripe Coutinho. Foi premiado pela Secretaria da Cultura com o Prêmio Santo Souza de Poesia no ano passado. Araripe se inspirou na obra do escritor húngaro Sándor Márai. Revelou que acredita ter tido um surto quando acabou de ler “As Brasas”, livro de Márai. A Tam, volta a promover “TAM Show”, que terá a participação de Sergipe em mais uma edição do projeto. A presidenta do Tribunal de Justiça de Sergipe, Marilza Maynard, foi à OAB/SE explicar o funcionamento do Juizado Virtual, que começa a entrar em operação amanhã. O ex-prefeito da Barra dos Coqueiros, Gilson dos Anjos e o ex-vereador Jorge Rabelo reuniram amigos para apresentar André Moura (PSC) como candidato do grupo. O ex-deputado estadual Josenaldo de Góis (Nado), de Tobias Barreto, decidiu que era melhor guardar o dinheiro do que gastar com uma campanha a deputado. O candidato a deputado federal Albano Franco (PSDB) continua percorrendo todos os municípios. Quer ser votado em todo o estado. O ex-prefeito de São Cristóvão (PV) está definitivamente engajado na campanha para deputado federal de Albano Franco (PSDB). Candidatos continuam fazendo campanhas no interior com showmícios. O trio elétrico chega primeiro, os cantores se apresentam, e depois vêm os políticos. Pela primeira vez participando do cantinho da arte, o fotógrafo baiano Mário Luna revela sua paixão por Aracaju e revela o cotidiano da cidade.
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