“Com aventura ou sem aventura?”, pergunta o condutor do bote antes de passar pela primeira corredeira. Assim começa a decida dos aventureiros no rio de Contas, no povoado Taboquinhas (BA), litoral Sul da Bahia. O Rio nasce na Chapada Diamantina, percorrendo todo o estado da Bahia e desaguando no município de Itacaré. Suas corredeiras são de classe III e IV e rápidas, devido ao grande volume de água. O percurso tem aproximadamente 3,5km de extensão, com duração de aproximadamente 2h e faz parte dos roteiros de aventura da região Sul da Bahia. A aventura começa ainda na cidade de Itacaré, quando um jipe tipo Land Rover aguarda os aventureiros. O transporte não é tão confortável assim, até porque a estrada de 34km é de piçarra e esburacada, mesmo assim entrar no espírito aventureiro é uma forma de garantir muita diversão. A fauna apresenta restingas de Mata Atlântica e se tiver sorte, além de visualizar a flora e fauna da região, o motorista também fará parte da história contando causos da região. Chegando a Taboquinhas, uma feira livre é o primeiro contato do visitante. De cachaças engarrafadas com cobra até rolo de fumo se vendem na feira local, mas o guia logo lhe conduz até um antigo armazém onde são guardados os equipamentos de segurança e o bote inflável. As primeiras informações são dadas e todos vão à beira do rio. É lá onde se recebem as instruções como não soltar o remo, prestar atenção nos sinais do guia e remar junto com a equipe. Cada bote que sai é batizado com um grito de guerra escolhido pelos aventureiros, até para aguçar o espírito de equipe e de competição entre eles. A condução sai ainda em águas calmas, mas a primeira corredeira não demora a chegar. O guia encosta numa das margens do rio e permite que a primeira corredeira seja feita sem o bote, ou seja, é hora de se jogar de corpo e alma no rio e deixar a força das águas levar para se ter o primeiro contato com a natureza. Passa-se a corredeira e sobe-se novamente no bote. Entre paredões de rochas, mata fechada, o bote suavemente vai percorrendo as águas do rio e de repente chega mais uma queda d’água, desta vez, a tripulação passa sem nenhum problema. Logo que percorre a cachoeira, soa o grito de vitória com todos levantando os remos. Percorre-se mais uma queda d’água e chega-se a um pequeno lago entre paredões. É lá onde se faz a primeira parada para quem quer praticar saltos livres e técnicas de rapel. Alguns se arriscam, outros não. Sobe-se os paredões e os aventureiros se jogam em queda livre no rio, sempre com grito de guerra ao final de cada salto. O percurso continua. Uma queda, mais uma, e a aventura vai ficando cada vez mais difícil. A tripulação percebe pela conversa do guia que a última corredeira seguida de queda d´água é a mais difícil e classificada como IV na escala de dificuldade. Não se pode mais voltar. Agora é desafiá-la. Todos à postos e depois de remar por minutos, ver-se uma pequena cachoeira e em segundos o bote não consegue passar e vira. Desta vez não ecoou o grito de vitória e a sensação de está debaixo d’água e sentida em segundos. As dicas do guia são bem-vindas nessa hora e o colete é imprescindível. A correnteza leva os aventureiros até a margem do rio. O bote virou, mas o espírito de aventura continua, pois uma tirolesa de mais de 200m espera pela nova etapa do rally de aventura. O rafting já ficou na memória e agora é ultrapassar de uma margem a outra do rio preso por um cabo de mais de 400 metros de altura. Sobe-se a escada já com os equipamentos de segurança, em segundos, os aventureiros se jogam presos ao cabo e deslizam sobre ele até a outra ponta do rio. Cada um que passa provoca suspiros de quem está em terra firme. Seis horas de aventura se passaram e um prato de camarão ou peixe fresco de água doce lhe espera em restaurantes caseiros no povoado Taboquinhas. Sombra e água fresca para o descanso na adrenalina. O turismo de aventura é garantia perfeita de diversão no Sul da Bahia. Como chegar Se preferir ir de carro partindo de Aracaju, o turista terá uma longa estrada com um percurso de pouco mais de 879km, a seguir pela BR 101 até chegar a Ilhéus. Segue pela BA 001 e não tem errada. A estrada está em boas condições e o turista ainda pode contemplar boa parte da Mata Atlântica ainda preservada. Para chegar à Itacaré partindo de Salvador, o visitante pode sair do aeroporto Luiz Eduardo Magalhães em pequenos jatinhos fretados ao preço de R$ 200 por pessoa, ou pegar um ônibus na rodoviária da cidade num valor bem mais em conta. De Salvador, segue-se pela BR-324 até o entroncamento com a BR-101 sentido Ilhéus. Outra opção seria a BA-654 que são 54 km de terra ligando Itacaré à BR-101, mas que se encontra em péssimas condições. Há também saídas diárias de ônibus de Ilhéus para Itacaré Dicas de viagem Menores de 18 anos necessitam de autorização e assinatura dos responsáveis no termo de responsabilidade; Para seu conforto é aconselhável trazer uma toalha e roupa seca e ir com roupas leves para fazer o rafting: tênis ou papete, camiseta e short adequado. Caso vá de tênis levar outro par de calçado para trocar após o rafting; Não pode fazer o rafting com anéis, colares, óculos, relógio entre outros objetos pessoais; Pechinche o valor do passeio. O preço gira em torno de R$ 70. Há inúmeras agências especializadas em esportes radicais em Itacaré e diversos outros passeios e roteiros. Escolha o que for adequado a sua condição física e espírito de aventura. Há agências que já incluem o almoço no valor do rafting; Para praticar rafting não precisa ter experiência, basta ter espírito de equipe e gostar de emoção, pois as corredeiras neste trecho do rio são classificadas como II, III e IV. Na classe II existem corredeiras leves para iniciantes. A classe III necessita alguma habilidade com corredeiras mais fortes e a classe IV só deve ser feita com pessoas experientes; As descidas são guiadas por experientes instrutores e são praticadas em botes que levam entre cinco e dez pessoas. Todo participante recebe remo, colete salva-vidas de alta flutuação e capacete, que são os equipamentos básicos de segurança; Há diversas hospedagens em Itacaré ou Ilhés, a primeira fica mais próxima de Taboquinhas. Na Bagagem ü Feira Kantuta continua sendo o pedacinho dos Andes em São Paulo. Desde 2002, quando se criou a feira entre as ruas das Olarias e Pedro Vicente, no bairro paulistano do Pari, bolivianos e peruanos vendem os mais diversos produtos das terras de origem. ü A Itália desbancou a liderança de quatro anos de Portugal e se tornou o maior emissor europeu de turistas para o Brasil, seguida da Alemanha. Os dados foram divulgados pelo Ministério do Turismo, através do seu Anuário Estatístico de Turismo. Somente nos Estados da Bahia, Pernambuco e Rio Grande do Norte é que os portugueses mantiveram a liderança. ü Argentina continua sendo o maior mercado emissor internacional para o Brasil, com 1.017.675 turistas (20,25% do total), seguida dos Estados Unidos com 625.506 (12,4%), da Itália, com 265.724 visitantes (5,3%), da Alemanha, com 254.264 (5%) e Chile com 240.087 (4,8%). ü Primeiro circuito de rua da Stock Car acontece em Salvador (BA) no dia 09 de agosto de 2009. ü Empresa Pernambucana de Turismo (Empetur) divulgou nesta semana que o estado de Sergipe perdeu apenas para Paraíba e Alagoas como emissor de turistas para o São João de Caruaru. ü Barracas da praia de Copacabana (RJ) já começaram a inovar as tecnologias. A conta pode ser paga através do celular do cliente, com um prévio cadastro no sistema. Passaporte Ano da França no Brasil O denominado Square Jean XXIII fica na área externa, ao fundo da igreja de Notre-Dame. Turistas do mundo todo visitam esse jardim para assegurar um bom local para apreciar os vitrais, esculturas e colunas que adornam a ala leste da catedral. Foto: Silvio Oliveira
Comentários