Lisboa, 17 de agosto de 2008
Caros amigos de Sergipe:
Soube que quando iniciar a propaganda gratuita das eleições na tv, os sergipanos terão o privilégio de conhecer a verdadeira identidade de Robin, o fiel escudeiro do Homem-Morcego. É que o menino prodígio, na falta de coisa melhor pra fazer, resolveu se candidatar a vereador pela querida barbosópolis.
Alguns amigos me mandaram a cópia de uma gravação sua que deve ir ao ar na próxima terça ou quinta feira. Adorei! Principalmente quando ele promete usar seus super poderes para defender o meio ambiente. É o que realmente se espera de um político que mora com um super morcego numa bat-caverna.
Longe desse ambiente hematófago, surge também o Incrível Hulk, outro candidato a vereador por Aracaju. Sobre ele, ainda não sei muita coisa, mas imagino que seus assessores devem reproduzir na TV, aquela transformação de homem comum em criatura verde com cara de abestalhado. Se os dois forem eleitos, a Câmara terá tudo pra formar uma nova Liga da Justiça.
Mas é no interior que estão as figuras mais folclóricas dessa eleição. Há nome de candidato pra tudo que é gosto.
Tem aqueles que têm ligações com o reino mineral como Alumínio, Lata Velha, Chapinha e Bico de Bule. Há também os do reino animal: Zé Pavão, Zé da Gata, Tonho das Macacas, Messias da Jibóia e por aí vai.
Do vegetal tem Pau Véio, Batata, Maxixe, Mexerica e Maturi. Alimento industrializado? Tem Macarrão, Chiclete e Chocolate.
Mas, embora não tenha um nome esdrúxulo como os colegas interioranos, o Araripe Coutinho é quem está mesmo roubando a cena, com o seu mote pra lá de penetrante: “Bota, bota, bota toda a sua esperança”. Se eu votasse em Aracaju, juro que eu botava.
Com relação aos prefeituráveis, é que eu tenho poucas informações. Sei por alto, que a campanha de Almeidinha está cheia de carros de som com chapas de Brasília e que o povo diz que foi presente de Flo, digo, de Renan Calheiros. Uma calúnia. Com certeza!
Ah, soube também que a enquete que Mendonçinha publicou no seu site perguntando se o aracajuano estava satisfeito com a atual gestão, foi um tiro no pé. Deu 83% de aprovação para Edvaldinho, que adorou a generosidade dos marqueteiros do DEM.
Agora, que a campanha perdeu um pouco da graça com essas novas proibições, ah, isso perdeu! Não tem mais distribuição de dentadura e colchão, briga de eleitor defendendo seu candidato, só aqueles pobres de Cristo segurando umas bandeiras nas esquinas da cidade.
Se não fossem, justamente, figuras como Chico de Tóta, Tandola, Priquito, Fedorento e tantos outros, como é que a gente ia agüentar assistir ao horário eleitoral?
Até semana que vem.
Um abraço do
Apolônio Lisboa.