Visitar São Paulo e não ir a estes lugares que o Tô no Mundo conferiu antes é um sacrilégio. A cidade mais cosmopolita do Brasil ostenta os títulos “megas” do país, como abrigar os prédios mais altos do Brasil, ser a mais populosa, a segunda mais consumidora de pizza do mundo, ter a maior colônia de orientais fora do Japão, e mais rica cidade do país. Vale a pena conhecê-la com os olhos de turista e desfrutar de mais uma ostentação: ser uma das cidades mais culturais, com seus cafés, museus, galerias e livrarias.

Jardins e museu do Ipiranga. Foto: Sil Oliveira Livraria Cultura. Foto: Sil Oliveira

Museu do Ipiranga e Parque da Independência

No bairro do Ipiranga, D. Pedro I declarou o país independente de Portugal em 1822. E é lá onde hoje está o Parque da Independência, que abriga o Museu do Ipiranga, a Casa do Grito, além do Monumento à Independência – uma estátua em homenagem ao "grito do Ipiranga", de autoria do italiano Ettore Ximenez.

Os jardins em estilo francês unem o museu e o monumento aos outros edifícios existentes no local. Localizado em terreno estratégico, o jardim proporciona uma vista do conjunto.

Aos domingos, centenas de famílias se divertem em suas áreas verdes, enquanto que turistas disputam o melhor clique em frente ao imponente prédio do museu.

Livraria Cultura – Conjunto Nacional

Fica no ilustre Conjunto Nacional, em plena Avenida Paulista. A Livraria Cultura é uma das praias dos paulistanos. Ao todo, são aproximadamente 4,5 mil metros quadrados de cultura, dedicados a oferecer uma ampla experiência às mais de 10 mil pessoas que circulam por esses espaços todos os dias. Em todo o conjunto há cafés, restaurantes, galerias, centros culturais, casas comerciais e cinemas.
Horário de funcionamento da livraria.

Segunda a Sábado –  Das 9h às 22h, Domingos – Das 12h às 20h, Feriados –  Das 12h às 20h

Avenida Paulista

Avenida Paulita. Foto: sil Oliveira

É o termômetro econômico da cidade, onde se concentram as sedes de grandes multinacionais, instituições bancárias e shoppings. A Avenida Paulista é um pouco de São Paulo numa mesma região, onde se pode conferir galerias de arte e museus, lançamentos em livrarias, fazer comprar, sessões de cinemas, além de passear nos parques Trianon e Mario Covas em meio a arranha-céus. Também é onde a galera jovem se reúne em tribos no turno da noite. Veja alguns dos atrativos: Fenac, Casa das Rosas, shoppings Pátio 3 e Pátio Paulista, Conjunto Nacional e Livraria Cultura, Reserva Cultural e o Espaço Itaú de Cinema, Cinema Caixa Belas Artes, além das ruas Augusta e Haddock Lobo, com cafés, bares, restaurantes.

Museu de Arte Moderna – MASP

Fica na Avenida Paulista e é considerado um dos museus mais importantes do mundo. O Museu de Arte Moderna Assis Chateaubriand – MASP reúne um acervo fixo com diversas obras significativas da arte ocidental dos países latinos, sem contar as exposições itinerantes de diversos artistas do mundo. Aos domingos, o vão livre recebe uma grande feira de artesanato.

Horário de funcionamento: de terça a domingo, das 11h às 18h; quinta-feira, das 11h às 20h. Preço: R$ 20 (meia-entrada para estudantes). Grátis para menores de 10 anos e idosos. Tel.: (11) 3251-5644.

Ibirapuera reune paulistanos e turistas.

Parque Ibirapuera

Mais importante parque urbano da cidade, para conhecê-lo em sua plenitude o visitante deve dedicá-lo um pouquinho mais de tempo. O Parque Ibirapuera possui diversos monumentos e esculturas, além lagos, jardins e prédios importantes no quesito arquitetura. O Obelisco, o monumento a Pedro Alves Cabral, a famosa marquise do Ibirapuera, que liga o Museu Afro, a Oca, o Pavilhão das Esculturas são alguns dos atrativos. Há também lagos e jardins, além do Museu de Arte Moderna, o Museu de Arte Contemporânea, Planetário, Fundação Bienal, e o famoso monumento aos Bandeirantes, símbolo da cidade de São Paulo. Funcionamento: 5h às 0h (aberto 24h de sábado para domingo).

Teatro Municipal no Centro. Foto: Silvio

Teatro Municipal

Fica no Centro histórico da capital paulista, onde se concentram diversos monumentos e lugares de relevante valor turístico e cultural da cidade. O Teatro Municipal é um imponente prédio próximo ao Vale do Anhangabaú, que merece uma visita guiada por suas dependências. Fundado em 1911 com arquitetura renascentista e barroca do século XVII, demorou sete anos para ser construído e possui inspiração na Opera de Paris.

Vale do Anhangabaú

Vista do Anhagabaú. Foto: Sil

É parte de um complexo viário, onde diariamente milhares de pessoas passam por ele. É lá também onde acontecem manifestações e concentrações para show populares ao ar livre. Merece uma passagem devido a vista do conjunto urbanístico do centro de São Paulo, com seus monumentais, arranha-céus e gente passando no dia a dia da grande metrópole do Brasil.

O vale está localizado em uma plataforma, de tal forma a permitir a passagem subterrânea do tráfego rodoviário por meio do complexo Papa João Paulo II. O espaço também se interliga a outras praças da área central, como a Praça Ramos de Azevedo, justaposta ao Vale, ao Largo de São Bento, por meio das escadarias do metrô e à Praça da Bandeira, atualmente ocupada por um terminal de ônibus.

Vista dos viadutos do Chá e Santa Efigênia

Viaduto Santa Efigênia: História. Foto: Sil

O Viaduto do Chá datado de 1877 foi o primeiro a transpor o Vale do Anhangabaú e interliga a Rua Libero Badaró ao teatro municipal, antes só possível por subida de uma escadaria. Construído com metal alemão e madeira, sua construção teve muita celeuma por conta da demolição de mansões de pessoas importantes que ali habitavam.

O Viaduto Santa Efigênia interliga dois pontos de interesse turístico, como o Largo de São Bento com a praça da igreja de Santa Efigênia. É o segundo viaduto a transpor o vale do Anhangabaú, já que o primeiro é o do Chá. Com estrutura em ferro, o viaduto histórico hoje somente para pedestres, chama atenção cortando a paisagem horizontal do centro de São Paulo.

Vale a pena disponibilizar mais um tempinho para observar o vai e vem dos pedestres nos viadutos e sua vista.

Catedral da Sé. Foto: Silvio Oliveira

Praça da Sé e Catedral de São Paulo

Fica também no centro histórico e pertence ao conjunto de construções do projeto Viva o Centro, entidade promotora do desenvolvimento sustentável do Centro de São Paulo. A região requer cuidado com a segurança, mas vale a pena visitá-la por nela está a Catedral da Sé, marco zero da cidade.

A praça passou por uma grande reforma urbanística em 1970 para abrigar uma estação de metro, além de questionáveis espelhos d’agua. A construção da catedral iniciou-se em 1914, mas só foi inaugurada em sua plenitude em 1954, na comemoração do 4º Centenário da Cidade de São Paulo.

Edifícios Itália e Copan

Curvas de Niemayer no Copan. Foto: Silvi

Dois ícones da arquitetura urbana do Centro de São Paulo. As curvas do Edifício Copan denunciam o seu projetista: Oscar Niemayer. Ele é um símbolo da capital paulista e representa bem seus superlativos: tem 115 metros de altura, 35 andares (incluindo três comerciais), além de dois subsolos e cerca de dois mil residentes.

O Edifício Itália é o segundo maior de São Paulo e do Brasil em altura. Seu terraço é aberto à visitação pública, onde está também o restaurante Terraço Itália, ponto turístico de São Paulo.

Vila Olímpia

Mais heliportos que ponto de ônibus

É um bairro de São Paulo que cada vez mais atrai o turista em visita a São Paulo, por ter arranha-céus de traçado urbanístico arrojado. Os shoppings da região possuem lojas de grifes mundiais e lá estão instaladas as sedes de grandes multinacionais, a exemplo da Unilever, Santander, Camargo Corrêa, Chrysler, CPFL, Bain & Company, Comgas,Gol Transportes Aéreos, Tópico Soluções em Coberturas, AES Eletropaulo, Kimberly-Clark, Parmalat, São Paulo Alpargatas e canais de televisão, exemplos da FOX Latin America Channels e Discovery Communications. O  Facebook (primeiro escritório da América Latina), Google, Yahoo!, Apontador MapLink, Motorola, Sony Ericsson, Intel, Symantec, Microsoft, também estão na região.

Há locais que o bairro possui mais heliportos do que pontos de ônibus.

Cardápio especial do Mestiço. Foto: Sil

Restaurantes paulistanos

É de se esperar que a maior cidade do país também possua um dos centros gastronômicos mais importantes. Da estrelada cozinha internacional do bairro Jardins aos típicos pastéis do mercado central, São Paulo é uma festa gastronômica. Das pizzarias típicas do bairro Bixiga aos restaurantes da família Mancini da Bela Vista, da cadeia de restaurantes América, além dos tradicionais restaurantes e delicatesses da Avenida Paulista e adjacentes à Consolação, como a Bela Paulista, onde seu café da manhã virou ponto turístico.

Estação da Luz. Foto: Sil

Pinacote e artes brasileiras. Foto: Sil

Pinacoteca e Estação da Luz

Apensar da Estação da Luz está fechada por conta do incêndio, seu prédio é um marco histórico da cidade e sua imponência vale um clique.
A Pinacoteca de São Paulo fica a frente e é um museu de artes visuais, com ênfase na produção brasileira do século XIX até a contemporaneidade, fundada em 1905 pelo Governo do Estado de São Paulo, é considerado o museu de arte mais antigo da cidade e possui um acervo que merece uma visita, entre eles, uma obra do sergipano Véio. Vizinho à sala fica o famoso quadro “O Mulato”, de Di Cavalcanti, entre várias outras obras de grande valor artístico.

O prédio era antigo Liceu de Artes e Ofícios e hoje a fachada já é um ponto de interesse turístico. Vale a pena conferir as delícias do café-restaurante da Pinacoteca.

Mercado Municipal

Variedade no Mercadão. Foto: Sil

O prédio histórico dá espaço para as barraquinhas de frutas, verduras, hortifrutigranjeiros e especiarias, além de bons restaurantes e lanchonetes. É lá onde o turista vive a essencial paulistana através de cheiros, aromas e sabores. Os pastéis de bacalhau e o sanduiche de mortadela são conhecidos em todo o país.

A arquitetura notável marcada por colunas, abóbodas e vitrais, também ajudou a fazer do Mercadão parada obrigatória nos roteiros turísticos. Seus famosos vitrais foram importados diretamente da Alemanha, e abordam temas da agricultura e da agropecuária, como o trabalho cotidiano na terra e foi idealizado por Francisco de Paula Ramos de Azevedo, responsável também pelo Teatro Municipal e pela Pinacoteca.

O Mercadão funciona todos os dias, abrindo seus portões às 2h30 para os feirantes e às 6h para o público em geral, e fechando sempre às 18h.

Feirinha da Liberdade

Liberdade é bom passeio de domingo

A dica é ir com fome. A feirinha da Liberdade, que acontece todos os domingos, é um manjar para quem gosta de apreciar da boa comida oriental. Dos tradicionais yakisobas aos tempurás e guiozas, dos doces de feijão aos mais exóticos pratos orientais, a feirinha é uma das principais atrações de São Paulo, a preços bem convidativos e bem na praça da estação de metrô Liberdade.

Não deixe de apreciar o artesanato, a decoração do bairro, além das lojas de produtos tipicamente japonês e chinês, e de decoração.

Contato: silviooliveira@infonet.com.br