O outrora respeitado Congresso Nacional virou uma casa de suspeitos. Ali tem mais condenados do que em muitas penitenciárias. As delações premiadas feitas por bandidos do colarinho branco tiraram o sono da grande maioria dos congressistas. Muitos estão dormindo em endereços incertos temendo serem acordados pela Polícia Federal. Outros pensam em abrir o jogo, contar os crimes praticados ao longo dos anos e dedurar os comparsas, em troca de penas menores. Se o Supremo Tribunal Federal não “amarelar”, vão faltar celas para enclausurar tantos criminosos que, por décadas a fio, roubam o erário, acumulam fortunas e enganam a população com a velha história de que é chegada a hora de passar o Brasil a limpo, lavar a sujeira escondida embaixo do tapete. Mas como fazer tal faxina, se este magote de políticos corruptos não deixa dinheiro nem para comprar o detergente? Decididamente, chegamos ao fundo do poço!
Corajoso
Aqui pra nós, o governador Jackson Barreto (PMDB) é um homem de muita coragem: está em Brasília para, juntamente com os outros governadores, se reunir com o ainda presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB). JB corre o risco de testemunhar a prisão do peemedebista, acusado de tentar obstruir a Operação Lava Jato. Misericórdia!
Queixa à toa!
Alguém sabe o motivo de tanto barulho por causa da prisão do radialista Sandoval Siqueira? Ora, o moço foi advertido que poderia ser preso por desacato a autoridade e, por vezes seguidas, duvidou da ameaça: “Então, prenda, prenda!”. Sem mais delongas, o militar o colocou no camburão. Ôch!
Ficha suja
Há quem garanta que o ex-deputado Zé Franco (PSDB) é ficha suja e, portanto, não pode disputar a Prefeitura de Socorro. Sabendo disso, o tucano se diz prefeiturável para cacifar o filho Manelito Franco (PSDB). Dizem as más línguas que, a depender das conversas de Zé Franco, o garoto pode ser parceiro de chapa do deputado Padre Inaldo (PCdoB) ou do pré-candidato Kewerton Siqueira (PDT). Homem, será!
Invocado
Pichação num muro da avenida Contorno, em Aracaju: “O Brasil é o país onde a arte é crime e a corrupção é arte”. Vixe Maria!
Conversa mole
E o prefeiturável Edvaldo Nogueira (PCdoB) tem criticado o aterro de parte do Rio Sergipe feito atabalhoadamente pela administração do prefeito João Alves Filho (DEM). Denuncia que a obra, batizada de Calçadão da Praia Formosa, já está criando problemas para a cidade porque foi feita sem estudo de impacto ambiental. O comunista esquece de dizer que o aterro do rio foi projetado na administração dele visando conter as águas naquele trecho da praia 13 de Julho.
Quem me quer?
Divididos entre os prefeituráveis Zezinho Sobral (PMDB) e Edvaldo Nogueira (PCdoB), os petistas voltam a se reunir hoje. Tentam evitar o provável racha do partido na disputa pela Prefeitura de Aracaju. Sem cacife para apresentar candidato próprio, o PT já decidiu que será coadjuvante nas eleições da capital. Resta resolver se fica a reboque de Jackson Barreto ou de Edvaldo Nogueira. Lastimável!
Discriminação
Embora sejam praticadas por apenas 0,3% da população, as religiões de origem africana são as que mais sofrem discriminação no Brasil. De acordo com os dados do Disque Direitos Humanos, o Disque 100, de 2011 a 2014, do total de 504 denúncias, 213 relataram ataques a credos religiosos. Em 35% desses casos, tratava-se de religiões de matriz africana. Uma lástima!
Desempregado
E quem perdeu a boquinha de vereador foi Lando de Bado, eleito em Aquidabã com 686 votos. Ele foi cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral por ter trocado o PR pelo PDT. Desempregado, o moço já está em campanha para tentar recuperar o mandato nas eleições de outubro. Garante que se for reeleito, nunca mais muda de partido. Então, tá!
Povo motorizado
Estudo do IBGE mostra que 697 mil pessoas, ou seja, 45,5% dos habitantes de Sergipe dirigem algum tipo veículo. A motocicleta é opção para 32% da população, enquanto os carros estão presentes nas vidas de 13,3% dos sergipanos. A pesquisa apurou também que 69,7% informaram sempre usarem o cinto de segurança no banco da frente quando dirigem ou são passageiros. Quanto ao banco de trás, somente 31,7% dos entrevistados disseram usar o cinto de segurança.
Recesso afronta
Entre as regalias da classe política a mais exagerada é o recesso parlamentar. Diferente do trabalhador, que labuta de sol a sol e o ano inteiro, os parlamentares registram presenças quatro dias por semana e tiram férias a cada seis meses. Pior é que muitos desses ‘come e dorme’ ainda dizem trabalhar demais. Coitados!
Livro novo
E quem patrocina hoje noite de autógrafo é o amigo jornalista Gilson Sousa. Seu livro reportagem “Quadrilha Século XX – 52 anos de vitória”, será lançado, a partir das 18h, no Sesc da rua Senador Rollemberg. Prestigie!
Recorte de jornal
Publicado no Correio de Aracaju, em 11 de novembro de 1906 |
Resumo dos jornais