Sem campanha

Diferente dos Estados onde haverá 2º turno para governador, em Sergipe a campanha presidencial praticamente não existe. Aliados de Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB) se esforçam para mobilizar a população, mas a falta de material de propaganda e a pouca disposição dos políticos já eleitos no último dia 3 impedem a mobilização popular. Sem comícios, carreatas, ‘santinhos’ e bandeiras espalhadas nos cruzamentos, o eleitor se contenta com o que publica a imprensa e o horário eleitoral gratuito no rádio e na televisão. Essa calmaria vai perdurar até a próxima semana, quando os sergipanos voltarão às urnas para dar apenas um voto e ajudar a eleger Dilma ou Serra. Quem ganhar terá a difícil missão de prosseguir com o excelente governo do presidente Lula (PT).

Rega bofe

Enquanto almoçavam ontem um bom churrasco em Aracaju, prefeitos do Baixo São Francisco discutiram sobre a campanha da presidenciável Dilma Rousseff nesta reta final do 2º turno. Deixaram a churrascaria Labareda Grill bem alimentados e dizendo-se dispostos a arregaçarem as mangas em favor da petista. Vão realizar uma carreata, saindo de Propriá, e percorrendo todos os municípios ribeirinhos para mobilizar o eleitorado. A idéia dos prefeitos é aumentar a votação que Dilma teve no 1º turno.

Não vem mais

Diferente do que informou a senadora Marisa Serrano ao deputado Albano Franco, o presidenciável José Serra (PSDB) não vem mais a Sergipe antes do 2º turno. Pelo menos foi o que revelou ontem o ex-governador João Alves Filho (DEM), que está envolvido até o pescoço na campanha do tucano. É que a coordenação da campanha de Serra preferiu concentrar as ações no Sudeste na tentativa de tirar a vantagem da petista Dilma Rousseff que, segundo o Ibobe, está 11 pontos à frente do tucano.

Eleição no MPE

O Ministério Público Estadual está em clima de campanha. É que na próxima segunda vai acontecer a escolha do novo procurador-geral do órgão. Concorrem os procuradores Moacir Mota e Creuza Figueiredo e os promotores de Justiça Deijaniro Jonas, Elias Pinho e Euza Missano. Os três mais votados vão compor a lista tríplice a ser encaminhada ao governador Marcelo Deda (PT), a quem caberá indicar o sucessor da procuradora-geral Maria Cristina Foz e Silva Mendonça.

Fim de feira

Como sempre ocorre depois da eleição, o Governo do Estado enfrenta a paralisia do fim da administração. As Secretarias e órgãos públicos funcionam sem novidades, fazendo o estritamente necessário. Os titulares das Pastas preferem acompanhar os comentários sobre quem sai ou quem permanece no próximo governo de Marcelo Deda (PT). Essa calmaria lembra aquela velha fase: “Órgão público existe, mas não funciona”. Esse fim de feira vai continuar até o próximo ano.

Tudo acertado

O presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Reinaldo Moura, visitou ontem o presidente da Assembléia, Ulices Andrade (PDT). Foi acertar detalhes sobre a posse do pedetista como conselheiro do TCE. A solenidade vai acontecer no próximo dia 4. Ulices substituirá Antônio Manoel de Carvalho Dantas, que se aposentou compulsoriamente em junho passado.

Cartilha

Para tirar dúvidas e orientar o eleitor, a Justiça Eleitoral lançou uma cartilha com 145 perguntas e respostas. No total, são 145 perguntas relativas às Eleições 2010, incluindo dúvidas relacionadas ao dia de votação, à justificativa eleitoral e ao voto em trânsito, por exemplo. O livreto esclarece, ainda, quem é obrigado a votar e como saber se o eleitor está em situação regular. A cartilha também oferece dicas práticas, como instruções para regularizar a situação junto à Justiça Eleitoral. O material está disponível para download no site do TSE.

Esquecido

O vereador Bertulino Menezes (PSB) se queixou ontem pelo fato de não ter sido convidado para o almoço oferecido pelo prefeito Edvaldo Nogueira (PC do B) à bancada da situação na Câmara de Aracaju. Segundo o parlamentar, deve ter havido uma falha do cerimonial da Prefeitura. O fato é que, ao não ser convidado, Bertulino passou a ser visto como um vereador desprestigiado, a ponto de não ser lembrado pelo prefeito quando este resolve reunir os aliados num hotel luxuoso da Orla de Atalaia. Que gafe, sô!

Rei na barriga

E por falar no prefeito, é bom ele baixar a bola, tirar o rei da barriga e medir melhor a sua força política. É inadmissível o tratamento que Edvaldo Nogueira tem dado a alguns aliados. Outro dia, a deputada estadual Susana Azevedo (PSC) reclamava que não consegue uma audiência com o prefeito há muito tempo. “O encontrei na rua e perguntei quando ele poderia me receber. Sabe qual foi a resposta? ‘Talvez em janeiro’. Pode?”, indaga a parlamentar. É Susana, não pode.

Do baú político

Em 1961, o grande Luiz Gonzaga foi impedido de se apresentar na Rádio Difusora. Entrevistado por Osmário Santos, o radialista e ex-deputado estadual Santos Mendonça oferece detalhes da proibição, que causou uma grande celeuma em Aracaju: “Ao ser retirado do ar, Luiz desceu as escadarias da rádio, ali na Praça General Valadão, e subiu a rua João Pessoa. Quando chegou na Praça Fausto Cardoso, eu vinha chegando com meu carro, que estava todo equipado de som para a minha campanha de deputado estadual. Quando vi Luiz Gonzaga, 10 horas da manhã, sol a pino, gente pra burro e ele na frente com a sanfona, perguntei: ‘O que é que há, Lula?’. Ele me contou a história. Então eu disse: ‘Não seja por isso, suba aqui no banco’. Liguei o sistema de som do carro e Luiz fez o show na frente do Palácio, disse o que aconteceu na rádio, com o governador ouvindo tudo. A alegria de suas músicas pôs fim a confusão e eu aproveite para fazer um comício com Luiz Gonzaga sem gastar um tostão”. Santos Mendonça, um dos grandes radialistas de Sergipe, elegeu-se deputado, mas foi cassado pelo golpe militar de 1964.

Resumo dos jornais

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