Ao visitar Aracaju, capital do Sergipe, o turista vai perceber que o destino transita entre o binômio sol e praia, mas não se resume a isso. Há centros culturais e museus, bons cafés, um complexo de mercados no centro da cidade bem conservado e a orla da praia de Atalaia, cartão-postal da capital e onde se concentram os principais hotéis e restaurantes. Aracaju é entrecortada por rios – Sal, Sergipe, Poxim e Vaza-Barris -, este último, já na região da Zona de Expansão da Capital, no povoado Mosqueiro. Por conta dessa geografia, passeios fluviais são o que não faltam. Está pronto e pronta para um passeio fluvial pelas belezas do rio Vaza-Barris?
Por conta dessa geografia, há uma infinidade de ilhas, algumas já consolidada nas prateleiras das agências de viagem, como o passeio à Crôa do Goré, Ilha dos Namorados e Viral, como também a recente Ilha Men de Sá, e as belas Ilha Grande, Ilha do Diabeto, Vidam e povoados como Pedreiras e Costa, já entre os municípios de Itaporanga d’Ajuda e São Cristóvão. O Tô no Mundo foi conhecer algumas delas e traz aqui a que tem um forte apelo turístico a ser desbravado: a Ilha Grande e região.
O passeio fluvial pelas belezas do rio Vaza-Barris parte do atracadouro de Prego, nas proximidades da orla do Pôr do Sol Jornalista Cleomar Brandi, em embarcações tipo canoas motorizadas. A depender do dia e da maré, a canoa desliza suavemente e tranquila sob as águas do rio Vaza-Barris até as proximidades da ponte Joel Silveira. A partir daí são cerca de 40 minutos entre braços de mangues, onde se pode perceber que a natureza ainda preservada foi generosa com a região.
O bioma de mangue é um dos mais importantes do país, e nele concentram-se especiais da fauna e da flora que filtram parte do ar. Também é ele um dos principais biomas na conservação da vida marinha, promovendo o equilíbrio ambiental.
A primeira parada pode ser feita no povoado Pedreiras, em São Cristóvão, onde se pode desfrutar de pratos locais à base dos crustáceos e bons peixes de água salgada. O paladar e o olfato serão aguçados com um saboroso caldinho de aratu pescado na região.
O passeio continua por mais 15 minutinhos até passar pela Ilha Pequena e chegar à Ilha Grande. Ainda de longe tem-se uma bela vista da igreja datada de 1933 e poucas construções de casas e atracadouros. O turista poderá assistir a uma apresentação de samba de coco da comunidade e fazer turismo de experiência colhendo manga, com muita diversão. Sim, a ilha possui diversos pés de manga ou até mesmo pescar aratu nos braços de mangue.
Há também uma segunda opção para se chegar até lá partindo de Aracaju até a cidade de São Cristóvão, e no povoado Pedreiras embarcar em canoas e seguir até ela, por quinze minutos. Há também a opção de pernoitar em casas de moradores.
Da Ilha Grande, o passeio fluvial pelas belezas do rio Vaza-Barris em Sergipe segue com a embarcação lentamente por mais 20 minutos até uma parada obrigatória na ilhota Diabeto para banho. Refrescar é a palavra-chave já que na região os termômetros batem 30° rapidinho. De longe, avista-se barracos de pescadores, e para manter um clima meio de turismo de experiência a dica é assumir um posto por alguns minutos de um deles e catar massunim, um primo da ostra e do sururu, bastante encontrado na areia da ilhota. No Sul, essa conchinha de cor acinzentada é conhecida por vôngole e também bastante apreciada na culinária alagoana.
A próxima parada será a 20 minutos da Ilha, no restaurante Sobrado do Conde, no povoado Costa do Pau d’Arco, em Itaporanga d’Ajuda. O desembarque no local é “com emoção” já que durante a maré baixa as canoas chegam perto da terra, porém a faixa de areia é uma extensão de bioma de manguezal com um tipo de barro bem alagado, fazendo com que literalmente o turista “enfie o pé na lama”. Há também uma opção para se chegar ao restaurante por terra, partindo pela BR 101 no sentido Norte e acessando a SE 170 no sentido povoado Nova Descoberta/ praia da Caueira.
O Sobrado tem muita história a disponibilizar a quem o visita, além de uma boa gastronomia baseada nas regionalidades e feitas com produtos colhidos na região, a exemplo da moqueca de peixe com molho de camarão, com o leite de coco raladinho na hora do preparo. A família Sobral de Itaporanga d’Ajuda, proprietária do empreendimento, faz questão de visitar mesa por mesa e tirar uma prosa com histórias dos primeiros proprietários do casarão e as lendas que já tomam conta do local. Aos finais de semana, há passeios de charretes, alimentação de animais e passeios à cavalo. Também há uma charmosa igrejinha na localidade.
Depois de relaxar no passeio fluvial pelas belezas do rio Vaza-Barris em Sergipe e aguçar o paladar com a cozinha regional, a dica é relaxar mais um pouco e retornar para conhecer o porquê que a orla Cleomar Brandi também é conhecida por orla pôr do sol. Desembarque é veja só quem se despede todos os dias puxando palmas para a natureza. O Astro Rei se despede do dia criando memórias. A missão de encantar foi cumprida.
*Para consultar disponibilidade do passeio, ligar através do telefone 79 99131-8105, Jane Tour Turismo
Saiba mais: Instagram @silviotonomundo
Leia Também: