Procura fazer uma viagem que una história, vida noturna e contato com a natureza? Pirenópolis , no Estado de Goiás, é um destino certo e atrai cada vez mais não somente pelos seus prédios históricos da época do garimpo do ouro, mas também por sua forte cultura descendente dos folguedos portugueses e um mundo de cachoeiras, córregos, serras e poços a serem desbravados. Pirenópolis histórica, tem vida noturna e boa gastronomia. É uma boa pedida a ser desbravada.
Com pouca mais de 20mil habitantes, Pirenópolis histórica em temporada de alta estação triplica sua população em busca dos seus atrativos. Fundada em 1727, Piri, como é chamada, disponibiliza a quem a visita um centrinho que pode ser percorrido a pé, descendo e subindo ladeiras, entre igrejas seculares e antigos prédios que hoje abrigam museus, cervejarias, lojas de souvenir e galerias.
A dica é ter como referência um dos símbolos da cidade, a Igreja Matriz de Nossa Senhora do Rosário com sua biografia de resistência a um grande incêndio, reconstrução e considerada uma das maiores edificações erguidas com a ancestral técnica de taipa de pilão em estilo colonial. Por ficar no Centro, no alto, o entorno da igreja é bem instagramável e possui um complexo de casarios bem interessante a ser visitado.
Para onde percorrer – à direita, à esquerda, à frente ou ao fundo – terá um vasto patrimônio a ser desbravado. Pirenópolis histórica é de encher os olhos até por estar bem preservada. À direita, a rua leva ao antigo mercado, à ponte pênsil Dona Benta e a casas de moradores que exalam o perfume do Cerrado Brasileiro em manipulação de essenciais para cosméticos.
À esquerda da igreja da Matriz de Pirenópolis histórica o visitante percorre ruas bem conservadas com casarios por todos os lados. À sua frente, a famosa e contagiante Rua de Lazer, com um vasto calçadão cheio de bares, restaurantes, cachaçarias. Lá é onde a noite acontece e Piri é vida noturna. Observe como a iluminação pública noturna com postes sem gambiarras e fios trazem para a cidade um ar nostálgico.
Não esquece de provar das delícias goianas, como o empadão goiano, o ensopado de pequi com galinhada, a pamonha recheada, entre outros bens gastronômicos de Piri. Ah! Uma outra dica é ir até o final da Rua de Lazer e chegar a Praça do Correto com uma estátua do Mascarado das Cavalhadas de Piri.
Entre ruas e ruelas, percorra mais adiante até a margem do rio das Almas e verás a Igreja do Carmo, o a Casa de Câmara e Cadeia, hoje o Museu do Divino, com um acervo que traz as festas tradicionais de Piri, como as tradicionais Cavalhadas da festa Divino e seus Mascarados, símbolo da cidade.
Mais adiante, percorrendo ruas charmosas com mais lojinhas, bares e restaurantes, as ruas do Bomfim e da Aurora levam a Igreja do Bomfim, com seu belo largo.
Ao fundo da Igreja da Matriz, seguindo a direita, fica a agradável Rua Nova, com o prédio do Cine Pireneus e Teatro Perineus, além de diversas casas que vendem as tradicionais pamonhas goianas.
Dos quintais das galerias da rua o visitante avista como a Serra dos Pirineus adorna a cidade, dando um ar bem agradável. Pirineus também é o nome do Parque Estadual Serra dos Pirineus que abrange, além da cidade de Piri, Cocalzinho de Goiás e Corumbá de Goiás, ou seja, locais onde se tem serras e montanhas, com toda a certeza também disponibiliza locais aprazíveis para esportes, caminhadas, aventura e muito lazer.
A Serra dos Pirineus também é onde nasce os dois principais rios da região: o Corumbá e o rio das Almas. A combinação entre serra, rios e arquitetura não poderia dar em outra: durante o dia os turistas visitam os diversos parques naturais de lazer e a noite a cidadezinha ferve nos bares, galerias e restaurantes. Pirenópolis traz história, vida noturna e gastronomia.
Na Babagem
Como chegar? Piri fica a 150km de Brasília e 120km de Goiânia. Há duas principais formas de chegar até lá partindo de Brasília, até porque as estradas são bem sinalizadas e em bom estado: de carro alugado ou de ônibus de linha que parte da Rodoviária Interestadual de Brasília. Não é a rodoviária do Plano Piloto. A Interestadual fica no final de linha do Metro de Brasília e chega até lá de meia em meia hora nos dias de semana.
Onde ficar? O setor de hospedagem de Piri é bem acessível. Pousadas com custo/benefício, hotéis de charme, hotéis bem localizados e suítes para alugar são encontradas nas principais ruas, até por ser uma cidade pequena e de fácil locomoção. Prefira ficar próximo as ruas de Lazer e Nova, ou no entorno da igreja matriz. Os valores da diária variam entre R$ 180 a R$ 800, duplo. A pousada Carvalho é uma opção.
São mais de 80 cachoeiras catalogadas pelo município no entorno de Pirenópolis. Por isso, trarei aqui um novo post sobre Piri natural. A dica é analisar o que quer, por exemplo, a distância, o valor a ser pago na entrada, o tempo e o grau de dificuldade paras e chegar e percorrer os atrativos.
Pirinópolis histórica traz vida noturna e gastronomia, por isso não descarte conhecer as igrejas e os museus em seu interior. Não deixe de visitar a igreja matriz e sua história de reconstrução pós-incêndio. A entrada é paga e custa até R$ 5
Como em outras cidades brasileiras que vivem do turismo, ainda há serviços deficitários, a exemplo do transporte que vão para as principais cachoeiras. Para um aluguel de carro que vai até uma das principais cachoeiras distante cerca de 22km da cidade, o motorista cobra em torno de R$ 300, até três pessoas, ida e volta.
Gastroterapia
O que comer? Quando digo que Pirenópolis histórica, vida noturna e gastronômica não é por acaso. Piri se mostra com uma gastrô bem regional, a exemplo da galinhada, do ensopado de galinha com pequi, do empadão goiano e da tradicional pamonha recheada. Na rua de Lazer ficam os restaurantes mais procurados e turísticos. O ensopado de galinha com pequi é disponibilizado em quase todos, além de entradinhas com palmito pupunha gratinado. Peça o ensopado de pequi à parte, pois o gosto é bem apurado e o cheiro forte não são unanimidades.
Na rua do Bomfim e rua Nova, as casas tradicionais de pamonha e empadão são procuradas. O empadão goiano tradicional leva uma massa fina que envolve frango assado e cozido, linguiça, azeitona, batatas em cubo e queijo. Procure o Sabor Caseiro, onde a tradição é mantida de geração em geração no entorno da igreja matriz. Pode levar também o palmito guariroba.
Já a pamonha é disponibilizada doce ou salgada. A tradicional só leva a massa cozida do milho, porém ganhou diversos recheios. O mais pedido é o com linguiça e queijo.
Fotos: Silvio Oliveira
Insta: @silviotonomundo
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