Pirenópolis (GO), intimamente Piri, é surpreendente ao primeiro olhar. Casarios coloniais portugueses do século XVIII preservados e atrativos naturais com belas paisagens e quedas d’água. A Pirenópolis naturalmente atrativa e gastronômica converge cada vez mais e mais os olhares do mundo para ela por ser um roteiro onde os visitantes agregam passeios por trilhas durante o dia e centrinho histórico durante a noite.
Encrustada na Serra dos Pirineus, Pirenópolis natural possui mais de 80 cachoeiras catalogadas em torno do município e, onde se tem tantos lugares balneáveis, também possui atrativos naturais de encher os olhos, além da boa gastronomia baseada nas tradições do cerrado goiano.
Para conhecer a cidade de ponta a ponta, a pé é uma boa pedida. A dica é ter como referência um dos símbolos da cidade, a Igreja Matriz de Nossa Senhora do Rosário com sua biografia de resistência a um grande incêndio, reconstrução e considerada uma das maiores edificações erguidas com a ancestral técnica de taipa de pilão em estilo colonial.
Por ficar no centro, no alto, o entorno da igreja é bem instagramável e possui um complexo de casarios bem interessante a ser visitado. Para onde for, a direita ou a esquerda dela, ao fundo ou frente, há ruas que interligam pontos turísticos e paisagens.
Mas como o post ressalta a Pirenópolis naturalmente atrativa, a dica é começar a entender que por ser um divisor de águas das bacias do Tocantins e do Paraná, são dois grandes rios que nascem no pico da Serra e formam as quedas d’água da região: das Almas e Corumbá, o primeiro percorre seu curso lentamente por dentro da cidade, transformando suas margens num balneário, onde visitantes e moradores tem ali um SPA a céu aberto.
A primeira paisagem a clicar da Pirenópolis naturalmente atrativa é justamente à margem do rio das Almas, nas imediações da ponte que acessa os bairros do Carmo e Bonfim. Os casarões à beira rio dão um charme e mostram que Piri documenta em seus casarões o ciclo do ouro no Cerrado Brasileiro.
Percorrer as ruas é voltar ao passado, a exemplo da rua da Direita, da rua Nova, rua do Carmo, entre outras. Porém, se estar buscando os atrativos naturais, a dica é consultar qual atrativo natural lhe convém, a exemplo da distância, do grau de dificuldade para chegar até lá, do transporte especializado, dos serviços disponíveis nos complexos e o valor de acesso.
Já digo que os principais atrativos da região ficam em clubes e complexos particulares e, portanto, são pagos. O acesso a eles varia entre R$ 15 a R$ 40, a depender do serviço que quer usufruir e se são com ou sem almoço. Há também na região alguns miradouros onde se pode ver o belo pôr do sol do Cerrado, a exemplo do Pico dos Pirineus, do mirante do Ventilador e do Frota.
Uma das mais indicadas é a cachoeira do Abade, mas como já disse aqui, são mais de 80 opções a exemplo das cachoeiras de Santa Maria, do Lázaro, da Reserva Vargem Grande, dos Dragões, do Rosário, Vagafogo, Usina Velha e bem pertinho dela a Meia Lua, onde tive o gostinho de conhecer juntamente com o Refúgio Avalon.
A maioria desses espaços naturais funcionam com horário limite de entrada em torno das 14h e, a exemplo da Abade há duas trilhas a percorrer com escolha de uma delas, levando a outras cachoeiras adjacentes. A escolha das trilhas fica por conta dos visitantes.
A Meia Lua e Usina Velha são próximas e na mesma estrada. Paga-se R$ 30 para ter acesso a Meia Lua e a trilha até ela é sinalizada e de baixa complexidade. Os córregos são balneáveis até chegar a queda d´água que, literalmente, mostra sua força entre poções e, consequentemente, muito relax. Pirenópolis naturalmente atrativa está aprovada e depois do SPA, voltamos para o centrinho que disponibiliza a Piri gastronômica na Rua de Lazer.
Na Bagagem
O Parque Estadual dos Pirineus abrange as áreas de três municípios goianos: Pirenópolis, Cocalzinho de Goiás e Corumbá de Goiás. O contato é feito através da Superintendência de Unidades de Conservação e Regularização Ambiental: (62) 3201-5295, e Gerência de Criação e Manejo de Unidades de Conservação: (62) 3265-1381
Como chegar? Piri fica a 150km de Brasília e 120km de Goiânia. Há duas principais formas de chegar até lá partindo de Brasília, até porque as estradas são bem sinalizadas e em bom estado: de carro alugado ou de ônibus de linha que parte da Rodoviária Interestadual de Brasília. Fique ligado que não é da rodoviária do Plano Piloto. A Interestadual fica no final de linha do Metro de Brasília e chega até lá de meia em meia hora nos dias de semana.
Onde ficar? O setor de hospedagem de Piri é bem acessível. Pousadas com custo/benefício, hotéis de charme, hotéis bem localizados e suítes para alugar são encontradas nas principais ruas, até por ser uma cidade pequena e de fácil locomoção. Prefira ficar próximo as ruas de Lazer e Nova, ou no entorno da igreja matriz. Os valores da diária variam entre R$ 180 a R$ 800, duplo.
Pirinópolis traz história e por isso não descarte conhecer as igrejas e os museus em seu interior. A entrada é paga e custa até R$ 5. Não deixe de visitar a igreja matriz e sua história de reconstrução pós-incêndio.
Como em outras cidades brasileiras que vivem do turismo, ainda há serviços deficitários, a exemplo do transporte que vão para as principais cachoeiras. Para um aluguel de carro que vai até uma das principais cachoeiras distante cerca de 22km da cidade, o motorista cobra em torno de R$ 300, até três pessoas, ida e volta.
Gastroterapia
O que comer? Quando digo que Pirenópolis naturalmente atrativa e gastronômica atrai cada vez mais os olhares não é por acaso. Piri se mostra com uma gastrô bem regional, a exemplo da galinhada, do ensopado de galinha com pequi, do empadão goiano e da tradicional pamonha recheada. Na rua de Lazer ficam os restaurantes mais procurados e turísticos. O ensopado de galinha com pequi é disponibilizado em quase todos, além de entradinhas com palmito pupunha gratinado. Peça o ensopado de pequi à parte, pois o gosto é bem apurado e o cheiro forte não são unanimidades.
Na rua do Bomfim e rua Nova, as casas tradicionais de pamonha e empadão são procuradas. O empadão goiano tradicional leva uma massa fina que envolve frango assado e cozido, linguiça, azeitona, batatas em cubo e queijo. Procure o Sabor Caseiro, onde a tradição é mantida de geração em geração no entorno da igreja matriz. Pode levar também o palmito guariroba.
Já a pamonha é disponibilizada doce ou salgada. A tradicional só leva a massa cozida do milho, porém ganhou diversos recheios. O mais pedido é o com linguiça e queijo.
Fotos: Silvio Oliveira
Insta: @silviotonomundo
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