SOB SETE PALMOS

 

A política é algo impressionante. E é lidando com ela, a política, que passamos a conhecer, fidedignamente, determinados tipos de pessoas, ou de situações, dignas de estudo – inclusive psicológico – mais aprofundado. Como diria um ex-governador sergipano, dado a citações parafraseadas da Revista Caras: “A política é uma verdadeira escola”.

 

 

Não deixa de ser. Aprende-se muito ao lidar com os discípulos tupiniquins do mal interpretado Niccolò Machiavelli, principalmente, quando objetivamos ser a antítese deles.

 

 

Ao longo dos anos, em Sergipe, deparamo-nos com figuras políticas extraordinárias, controversas, jocosas e até mesmo com aquelas de caráter pra lá de duvidoso. Mas, de certa forma, vale à pena observá-las de perto, até para que possamos evoluir no aprendizado de suas “caras e bocas”: como falam, o que fazem em determinadas circunstâncias, o que lhes é terminantemente proibido, quais argumentos preferem em público… E fora dele. Enfim, o completo domínio do bê-á-bá característico – e recorrente – dos velhos e novos políticos sergipanos.

 

 

E é nessa “convivência” diária com mestres e discípulos fervorosos, que se chega a uma conclusão que nem Darwin poderia conceber em sua Teoria da Evolução: o homem involui à medida que vai se transformando num ser político. E o que há de pior em sua natureza humana costuma aflorar a partir de então. Existe, inclusive, um ditado muito verdadeiro que elucida isso: “se quer conhecer verdadeiramente o caráter de um homem, dê-lhe poder”.  

 

 

Ontem mesmo, durante um bate-papo descontraído de fim de tarde com dois amigos que admiro profundamente, tive a oportunidade de ouvir alguns relatos sobre uma importante figura pública que, ao longo dos anos, tem se sobressaído magnificamente na carreira, ao passo em que se transforma – da pior maneira possível – no trato pessoal. Um exemplo típico da Teoria da Involução.

 

 

Esquece-se ele, no entanto, que somos reles mortais. E que em tempos de Aedes Aegypti, basta apenas uma simples picada para que tudo caia por terra. Sete palmos abaixo da superfície. E não há nada a ser feito.

 

 

 

 

 

 

O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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