SOPA amarga

A semana passada foi bastante movimentada no mundo virtual. Tudo por “culpa” de um tema que sempre gera polêmica: combate a pirataria. Duas propostas de lei para o congresso americano fizeram fervilhar grandes empresas da web, como o Google, Twitter e a Wikipedia. Em grandes linhas gerais, a proposta SOPA (Stop Online Privaty Act) tem como objetivo fazer censura a toda e qualquer informação publicada. Se um usuário qualquer postar, por exemplo, um vídeo no YouTube que fere direitos autorais do mesmo, o Google será responsabilizado legalmente por tal ato. Isto vai fazer com que tudo o que é publicado tenha que ser validado previamente. Como se não fosse pouco, o governo poderá fechar muito facilmente sites que estejam “fora do padrão”. Sendo assim, quem vai se aventurar a empreender um novo negócio ou mesmo manter o que já possui?
A discussão sobre pirataria é realmente polêmica e, felizmente, não pode ser combatida de forma truculenta como esses projetos de lei americanos estão querendo. A forma mais simples de combater a pirataria é criar um modelo de negócios que consiga atingir uma grande massa de usuários dispostos a colocar a mão na carteira para pagar pelo que deseja. Não é fácil criar esse modelo, mas aos poucos vemos casos que servem de exemplo. Vejamos por exemplo, o NetFlix e o NetMovies, que são empresas que vedem serviços de locação de filmes por stream. Tem muita gente disposta (eu inclusive) que preferem pagar R$ 15,00 ao mês para ter um a sua disposição um acervo bem considerável do que ter que pagar R$ 5,00 por um filme pirata comprado em qualquer esquina.
O modelo de negócios é a resposta. Entretanto, uma coisa temos que agradecer ao SOPA. Ficou claro que podemos protestar forte e que podemos ser ouvidos (a votação das propostas foi adiada). Seria interessante que essa mesma mobilização pudesse ser feita contra as várias coisas erradas que acontecem no nosso país. O que acham?

Megaupload
Ainda na semana passada o site de compartilhamento de arquivo Megaupload foi tirado do ar numa ação de procuradores federais americanos do estado da Virgínia. Se isso não bastasse, ao que parece, o FBI congelou mais de 50 milhões de dólares em bens e já executou mais de 20 mandados de busca em vários países.  A alegação para o fechamento é que o serviço causou perdas de mais de 500 milhões em direitos autorais. Um serviço semelhante ao Megaupload, o FileSonic, acabou desabilitando seu serviços de compartilhamento de arquivos com medo de ser a próxima vítima do FBI. Vamos esperar e ver no que vai dar.

Plano de banda larga
O governo vai fazendo sua parte colocando em mais de 200 cidades o PNBL. Os preços não são nada simbólicos (R$ 35,00 por 1mb) e para quem ganha salário mínimo ainda é uma realidade distante. Porém, cidades que não teriam acesso de outra forma vão se beneficiando desse empurrão dado pelo governo.

Buscas menos relevantes
E os resultados de busca do Google tem ficado menos relevantes. Isso mesmo. Aquilo que sempre foi o produto número 1 do Google, as buscas, está trazendo resultados direcionados. Se você estiver logado no Gmail, por exemplo, e fizer uma busca qualquer, o Google vai buscar resultados dentro da sua rede social (Google +) e os apresenta com uma alta relevância. Claramente é um direcionamento de resultados. Talvez até com razão, já que em muitas situações o que queremos está realmente dentro das redes sociais. Contudo, o algoritmo inicial e que fez do Google o que ele é hoje já não é mais o mesmo.

Tweets da semana
@olhardigital Ciência da Computação, Sistemas de Informação e Engenharia da Computação: quais as diferenças? http://ow.ly/8C7uC

@srlm 10 razões para startups darem certo ou errado, #3: empreendedor tem que [de]codificar o TIMING do mercado http://read.bi/xTU52A

@DeLuca iPads in the classroom provide 20 percent jump in math scores, study says http://pulse.me/s/5bX0x

@ammenendez E hoje alguém perguntou: quem é Luiza? #offLine

Vou ficando por aqui. Deixe seu comentário aqui ou mande um tweet para @ammenendez. Nos vemos na próxima semana!

O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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