A polêmica entre o governo e a Polícia Militar sobre a segurança do Pré-Caju teria sido evitada se o poder público tivesse se recusado a oferecer quase toda a logística para uma festa particular. Em vez de proteger os foliões no corredor da folia, o governo deveria ter exigido dos organizadores que assumissem a segurança dos brincantes no interior da fuzarca. À Polícia caberia atuar no entorno do Pré-Caju para proteger quem chega e quem sai. Não parece correto, por exemplo, usar recursos públicos para fazer a limpeza da área interna da festa, garantir atendimento de saúde e fiscalizar quem está vendendo esta ou aquela marca de cerveja. Essas e outras despesas deveriam ser da responsabilidade única dos organizadores da prévia, e não bancadas com o dinheiro do contribuinte. Ora, quem vai faturar que arque com os custos. Portanto, o governo está sofrendo todo esse desgaste porque, ao confundir o público com o privado, cometeu uma sucessão de erros.

Piada

A coluna Periscópio, do Jornal da Cidade, publica hoje a seguinte nota: “Parecem piada de mal gosto as declarações do secretário da Segurança Pública, João Eloy, afirmando que poderia convocar a Força Nacional e o Exército para fazer a segurança do Pré-Caju, caso os policiais militares resolvam não trabalhar na festa. Daqui a pouco vão querer colocar soldados para trabalhar como ‘cordeiros’ e motoristas de trios elétricos”. Misericórdia!

Sem barba

A barba grisalha exibida pelo governador Marcelo Déda (PT) na reunião de segunda-feira com o presidente da Petrobras, Sérgio Gabrielli, caiu na gillete. Ontem, ao reassumir o governo e despachar com alguns secretários, ele já apareceu barbeado.

De volta

Após ter gozado merecidas férias, o prefeito de Socorro, Fábio Henrique (PDT), reassume o cargo nesta quarta-feira. A transmissão do cargo pelo vice Job Carvalho (PPS) está marcada para as 17h, no Centro Administrativo da Prefeitura, localizado na sede do município. Com as baterias recarregadas, Fábio volta ao trabalho de olho nas eleições de outubro, quando tentará se reeleger para um novo mandato.

Avanço do mar

Enquanto a Prefeitura de Aracaju busca alternativas para conter o avanço das águas na Praia 13 de Julho, fortes ondas continuam lavando a avenida Beira Mar. Ontem, um internauta sugeriu que a Prefeitura aumente a altura da balaustrada existente entre a pista e o rio Sergipe. Ele teme que as fortes marés de março danifiquem aquela estrutura de cimento e interdite o trecho da avenida entre a curva do Iate e o canal da avenida Anízio Azevedo. É, pode ser!

Último dia

Acaba depois de amanhã o prazo para pagamento da segunda e última parcela do ICMS correspondente aos 50% do valor devido relativo às vendas feitas no mês de dezembro passado. O governo dividiu o pagamento do imposto de dezembro em duas parcelas em atendimento a solicitação do comércio sergipano. A justificativa para o pleito é o acúmulo de encargos e o desaquecimento normal da economia no início do ano.

Voador

De um gaiato num estacionamento particular: “O trânsito de Aracaju é tão problemático que Antônio Samarone já está circulando de helicóptero”. O moço se referia ao uso da aeronave da Polícia Militar pelo superintendente da SMTT para avaliar a situação do trânsito da capital. A bordo também estava Ricardo Mendannha, diretor da empresa Rua Viva, que vai faturar R$ 800 para implantar o Plano de Mobilidade de Aracaju.

Visita obras

O governador Marcelo Déda (PT) visita daqui a pouco o canteiro de obras da Orla da Atalaia Nova, na Barra dos Coqueiros. Orçadas em R$ 5 milhões, as obras englobam a construção de um campo de futebol, quadras esportivas, iluminação, área de eventos, praças e pavimentação de ruas. Após a visita, Déda vai almoçar na casa do senador Antônio Carlos Valadares (PSB), na Atalaia Nova. No cardápio, a sucessão municipal de Aracaju e a vaga de conselheiro no Tribunal de Contas do Estado.

Sucessão

A sucessão municipal de Aracaju foi discutida ontem pelo prefeito Edvaldo Nogueira (PCDB) e pelo secretário do Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, Zeca da Silva (PSC). O comunista disse a Zeca, que é pré-candidato a prefeito, que até junho os partidos governistas devem entrar em consenso em torno do nome que deve disputar a Prefeitura. Logo após o Pré-Caju, Edvaldo pretende iniciar uma série de visitas aos presidentes dos partidos da base aliada para tratar sobre a sua sucessão.

Do baú político

Em 1986, o supervisor da Fundação Nacional da Saúde, Elmo Borges, foi a Itabaiana fiscalizar as ações da instituição. Ao saber da visita do médico, o chefe político do município, Chico de Miguel, mandou convidá-lo para almoçar. Conversa, vai, conversa vem, eis que o anfitrião quis saber de Elmo como ele estava acompanhando a disputa eleitoral entre os candidatos a governador José Carlos Teixeira (PMDB) e Antônio Carlos Valadares (PFL). Após ouvi-lo, Chico de Miguel, que apoiava o peemedebista, saiu com essa: “Tenho gostado muito da campanha de Zé Carlos, mas ando preocupado com a vida dele. Como é que pode um homem se expor em cima de um palanque enquanto tocam aquela musiquinha ‘Zé Carlos vem de peito aberto/ É o caminho certo para governador’? Aqui em Itabaiana, o cabra que anda de peito aberto, pra levar o tiro é num instante!”, vaticinou. Felizmente, ninguém quis fazer pontaria no peito do peemedebista, contudo o bem elaborado jingle não impediu que Valadares vencesse a eleição.

Resumo dos jornais