Essa decisão, que tem sido evitada de divulgação, está exposta na ata da reunião do partido, porque a maioria dos candidatos – oriundos de outras legendas – está se sentindo prejudicados pela forma como o nome de José Everaldo vem tendo preferência de setores do governo. O PSC não está querendo impor nada. Segundo um dos seus principais membros, deseja apenas tratamento igual, porque todos pretendem votar nos mesmos candidatos majoritários de José Everaldo. Evidente que ao retornar, o governador João Alves Filho vai conversar com as lideranças do PSC, para contornar essa situação, inclusive porque o partido também está se sentindo vítima de preconceito de integrantes de outras legendas que estão vinculadas ao bloco de apoio ao governo do estado. É bom lembrar que os deputados do PSC sempre compuseram a base aliada na Assembléia Legislativa e os seus líderes o fazem fora do legislativo. O presidente Lula (PT) também comentou em Aracaju que preferia enfrentar o prefeito José Serra. Para Lula, o governador Geraldo Alckmin é um oponente “mais perigoso”. Lula da Silva avalia que Serra, batido por ele nas eleições de 2002, se encaixaria melhor na estratégia de campanha que idealizou, que compara sua gestão com a de FHC. PESQUISA Lula lembrou também que, a julgar pelas pesquisas, a administração de Alckmin é bem avaliada pela população de São Paulo. O Alckmin ostenta índices superiores a 60%. O Partido dos Trabalhadores já começou a preparar um levantamento sobre os principais calcanhares da gestão Alckmin. ITABAIANA Os deputados estaduais Fabiano Oliveira e Ulices Andrade (PSDB) foram a Itabaiana, atendendo a convite da prefeita Maria Mendonça (PSDB). Não chegaram ao palanque, nele estava a cúpula política do bloco de oposição, a deputada estadual Ana Lúcia e o deputado federal Jorge Alberto (PMDB). APOLOGIA Uma coisa que os tucanos perceberam: o presidente Lula dedicou cinco minutos de apologia ao ex-presidente da Petrobrás, José Eduardo Dutra (PT). Dois tucanos, bons alckmistas, consideraram que foi uma ducha nas conversas para uma composição com Albano Franco. A conclusão: “O PT só vota em petista”. RECLAMAÇÃO Lideranças políticas da capital e interior reclamaram do tratamento que tiveram e da rigidez da segurança do presidente: ”muita autoridade foi barrada”, disse um deles. Algumas autoridades convidadas reclamaram da área reservada para eles. Todos ficaram no sol de meio-dia (pensem no calor?) e com muita poeira. PENSAMENTO Avaliem só a beleza de engenhoca vernácula que o presidente Lula disse exatamente no lançamento da pedra fundamental de um campus universitário em Itabaiana: “Em muitos anos de batalha, às vezes temos pontos de vista diferentes. Mas as nossas diferenças a gente sabe diferenciar”. Na reunião que o PSC realizou terça-feira foi discutido o processo de exclusão da legenda do arco de alianças com o PFL. O PSC decidiu que vai fazer coligação para estadual e federal e não aceitará qualquer tipo de veto dos demais partidos que integram a aliança. NOMES Durante a reunião foi citado alguns nomes de candidatos, como José Everaldo (PTdoB) e Nicodemos Falcão (PFL) que não querem aliança com o PSC. Também se relatou que candidatos federais de outros partidos coligados trabalham contra a presença do PSC na aliança com o governador João Alves Filho (PFL). COMPOSIÇÃO No final, o PSC defendeu que todos os partidos que vão integrar a aliança de apoio a João Alves Filho façam uma composição ampla. Se isso não for possível, o partido decidiu que pode tomar outro rumo, o que considerara lamentável. Segundo o presidente o partido, José Amorim, “O PSC não ficará isolado”. ALBANO O ex-governador Albano Franco (PSDB) viajou a São Paulo ontem pela manhã, a convite do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Ontem à tarde, no Instituto FHC assistiu à palestra sobre “Finanças Públicas”, proferida por Raul Veloso, uma das maiores autoridades no assunto. ALCKMIN Por volta das 18:30 horas, Albano Franco esteve no Palácio do Morumbi para encontro com o pré-candidato a presidente da República pelo PSDB, Geraldo Alckmin. Alckmin agradeceu o apoio dos sergipanos e pediu ligação para o empresário João Carlos Paes Mendonça, a quem manifestou esperança de ajudá-lo no projeto de Serra do Machado. VERTICALIZAÇÃO Dois fatos estão impedindo que haja um avanço nos contatos entre PFL e PSDB: “a viagem do governador João Alves Filho e a questão da verticalização”. Segundo um tucano de boa plumagem, “com a escolha de Alckmin e o vice do PFL, não dá para tomar rumo diferente em Sergipe, principalmente com a verticalização”. O ex-deputado Nelson Araújo (PMDB) disse ontem que o deputado Heleno Silva não pode reclamar do TRE por causa do out-door com sua foto: “trata-se de propaganda eleitoral”. Nelson mostrou que já existem carros fazendo publicidade de candidatos proporcionais “e o TRE não poderá ficar desmoralizado”. COM O MST Ainda sem anunciar oficialmente sua candidatura à reeleição, o presidente Lula da Silva pediu, ontem, em Itabaiana a colaboração da União Nacional dos Estudantes e o Movimento dos Sem Terra (MST), para vencer Geraldo Alckmin nas eleições de outubro. O MST comanda o vandalismo no país O presidente Lula disse que todos eles sabem quem são os adversários comuns e admitiu que em muitos anos de batalha, às vezes com pontos de vistas diferentes, mas na hora da batalha todos estarão unidos. A Câmara analisa Medida Provisória da renegociação de dívidas provenientes de operações de crédito rural contratadas com recursos do FNE até 31 de dezembro de 1998. A MP cobre apenas as dívidas não-renegociadas de até R$ 50 mil e define em seis anos prazo de pagamento, com juros entre 6% e 8,75% anuais. O prazo para renegociação das dívidas será encerrado em 15 de agosto. Os mutuários que não renegociarem suas dívidas ou não efetuarem os pagamentos das parcelas renegociadas serão incluídos na dívida ativa da União. VETO A renegociação abrangeria as operações de crédito firmadas por agricultores do Nordeste. O governo alegou que os termos propostos pelo Congresso provocariam uma perda de mais de R$ 11 bilhões aos cofres públicos. O PMDB está se preparando para as prévias que acontecerão domingo. O partido vota em Germano Rigotto e Antony Garotinho para candidato a presidente da República. O ex-governador Albano Franco viajou ontem cedo para São Paulo, a fim de cumprimentar o candidato a presidente da república pelo seu partido, Geraldo Alckmin. O governador João Alves Filho (PFL) continua na Europa. A previsão de retorno é para este final de semana. A pastora Cláudia Andrade realizou, sábado, um evento em homenagem as mulheres que se destacam em Sergipe. Cláudia Andrade, que já foi candidata à vice-prefeita na chapa de Susana Azevedo, pode voltar à política partidária. O deputado Augusto Bezerra (PFL) convidou o deputado Belivaldo Chagas (PSB) para o protestos contra a transposição do rio São Francisco. Mesmo sendo vinculado ao bloco do PT, Belivaldo Chagas defende a revitalização do rio para depois se pensar em transposição. Augusto Bezerra e Belivaldo Chagas tiveram uma pequena discussão por causa da viagem do governador João Alves Filho. Mas logo se entenderam. O deputado federal Bosco Costa (PSDB) só chegou a Brasília no final da tarde de terça-feira. Tempo suficiente para votar contra a cassação do deputado João Paulo. O governador João Alves Filho (PFL), que está retornando da Europa, onde participou de compromissos em Paris, Madri e Lisboa, possivelmente terá muitas informações sobre o que aconteceu no estado. No campo administrativo e em outras áreas do seu governo. Entretanto, no campo da política receberá duas notícias: uma boa e outra ruim. Nesse caso é melhor tratar do fato desagradável que pode surpreender ao governador João Alves Filho. Vem do Partido Social Cristão (PSC), que declaradamente integra o bloco de apoio ao governo, mas está se sentindo prejudicado no enquadramento eleitoral. Durante reunião realizada terça-feira, com todos os integrantes, o PSC resolveu encaminhar a João Alves Filho documento protestando contra a ação oficial em favor da candidatura dos deputados José Everaldo e, mais timidamente, de Nicodemos Falcão.
A notícia boa – que deve entrar em discussão – é que o PSDB definiu por uma coligação com o PFL em todo o Brasil, inclusive nos estados. E não acontecerá pela queda ou não da verticalização, mas porque os tucanos definiram o nome que disputará a presidência da República – Geraldo Alckmin – e terá como vice um nome do PFL. Os dois partidos estão fechando questão em torno das alianças estaduais, porque consideram que o objetivo principal é chegar ao Planalto, numa disputa difícil com o presidente Lula da Silva (PT), que vem mostrando um crescimento real e surpreendente em todas as pesquisas de opinião pública, como a exposta ontem pelo Ibope, contratada pela Confederação Nacional de Indústria (CNI). Embora a oposição em Sergipe tenha jogado o tapete para receber os tucanos em revoada, não se percebe mais qualquer tipo de euforia para um entendimento com o PT e apoio ao prefeito Marcelo Deda (PT), também um nome forte para disputar o governo do estado em outubro próximo.
Terça-feira passada, quando foi anunciado o nome de Geraldo Alckmin para pré-candidato a presidente da República pelo PSDB, um tucano de bela plumagem revelou para os seus aliados que agora não se pode mais pensar em uma aliança diferente, em razão da disputa que acontecerá para o Planalto. Agora está faltando apenas uma conversa com membros do PFL para que sejam definidas posições. O mesmo tucano lembrou que nada será mais tratado através de intermediários: “o ex-governador Albano Franco (PSDB) só aceita o diálogo diretamente com o governador João Alves Filho (PFL) e acha que isso não poderá ser adiado, porque os tucanos que desejam disputar mandatos proporcionais precisam avisar às bases com quem estão se coligando”.
Como o PFL tem evitado declarações que contrariam o tucanato, interpreta-se como uma sinalização de que há disposição para uma aliança visando o próximo pleito. Um fato está bem definido: o entendimento interessa hoje aos dois partidos. João Alves, entretanto, terá apenas que apagar o fogo no PSC embora, por ter como símbolo o peixinho, a legenda toma suas posições dentro d`água.
COMENTÁRIO
EXCLUSÃO
PROPAGANDA
Notas
DÍVIDAS
A MP foi editada depois que o presidente Lula da Silva vetou integralmente um projeto de lei da Câmara que tratava o assunto de maneira bem mais abrangente. Pela proposta dos parlamentares, os agricultores teriam 25 anos para pagar as dívidas, com quatro anos de carência, e juros entre 1,5% e 5%. É fogo