O que concorrência não faz, não é mesmo? Algumas empresas de taxis da cidade, já sentindo na pele a concorrência causada pelo Uber, estão fazendo uma promoção que se torna coqueluche. Para quem liga para a empresa, solicitando um taxi, o cliente tem direito a trinta por cento na corrida. É um ótimo desconto. Uma corrida de 30 reais, por exemplo, termina saindo por 21 reais, com o desconto de 30 por cento. Vale para todo tipo de pagamento: à dinheiro, por cartão, etc. A procura de taxis, que estava em queda, melhorou muito com a promoção dos 30 por cento…
Em memória de Manoel Valença
No dia em que o escriba comemorava 73 anos de idade, 8 de fevereiro, quis o destino levar o seu irmão mais novo, Manoel Messias Macedo Valença, vitimado por um enfarte fulminante, quando se encontrava sozinho em casa, na rua Permínio de Souza. Manoel – também conhecido como “Manoel da Funerária” – completou no último dia de Natal 65 anos de idade. Ele lutava já há algum tempo contra pertinaz moléstia que reduziram suas atividades físicas e deixaram suas pernas com uma dramática cor escura. É o primeiro filho do casal Hugo Gonçalves Valença e Dulcinea Macedo Valença, ambos já falecidos, a ir encontrá-los no espaço além. A Funerária Satélite ele herdou do pai, já que o filho mais velho, este escriba, aos 14 anos, tomou outro rumo, preferindo continuar a estudar e ser jornalista. Manoel, também jovem, começou a ajudar o pai na funerária porque, já naquela época, a coisa que mais gostava era dirigir carros – e na Funerária sempre aparecia algumas viagens para o interior, até m esmo para outros Estados. Mesmo na hora de nascer, Manoel já começou a dar trabalho. D. Dulcinea, minha mãe, sentiu as dores do parto por volta das 19h do dia 24 de dezembro, véspera do Natal, quando não havia ninguém em casa. A empregada já tinha ido embora e meu pai fazia plantão na funerária. Minha irmã mais nova, 4 anos na época, Eleonora, estava dormindo. Minha mãe pediu que eu ligasse o fogão e botasse água para esquentar. Depois, com uma toalha trazia esta agua meio quente para ela. Foi o tempo de ir e voltar da cozinha, para a criança escapulir ligeirinho da barriga dela e quase ir ao chão. Só então tive tempo de chamar a vizinha, D. Caçula, que começou a tomar as primeiras providências. Já um pouco mais crescido, Manoel não quis estudar e foi trabalhar com meu pai. Fissurado em carro, aprendeu a dirigir aos dez anos de idade e a viajar ao interior do Estado aos doze anos de idade, levando cadáveres. Muito namorador, a partir dos 15 anos, ganhou o apelido de Mané Galinha, e casou-se cedo. Teve três filhos, dos quais dois, Amanda e Gustavo, do casal e um terceiro, Marcelo, com uma outra mulher. Ultimamente, encostado pelo INSS, reduziu o seu tempo de trabalho para cuidar da doença que o acometeu. Minha irmã mais jovem, a professora universitária Ana Valença, cuidava dele, embora ele fosse refratário a qualquer aconselhamento médico. Voltou a morar sozinho de um ano para cá. Como sofria também de diabetes, foi aconselhado a abandonar os doces que tanto gostava e a cerveja que adorava ingerir. As duas coisas, mais o fato de ter voltado a fumar, teriam sido fatais para o enfarte que sofreu no início da noite de quarta-feira. O sepultamento foi ontem, quinta-feira, 9 de fevereiro, no cemitério da Cruz Vermelha. Aos leitores agradeço a atenção dada a este texto.
O PMDB de sempre
Moreira Franco, Edson Lobão – são nomes tão antigos que a gente pensa que está voltando para os anos 70. Mas é apenas o Governo do Sr. Michel Temer tentando ficar em pé. Pergunta que não quer calar: existe coisa mais atrasada do que esse governo Michel Temer? Para tentar blindar Moreira Franco – citado mais de 30 vezes nas delações premiadas da Odebrecht –, o ex-governador do Rio vai terminar tendo que dar a benção ao Juiz Sérgio Moro. Para a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara foi indicado o sr. Edson Lobão, que uma vez foi Ministro das Minas e Energia. É o PMDB, gente. Tudo se moderniza. Mas, o PMDB mantém a velhice sempre no trono… No caso do sr. Moreira Franco a Justiça determinou a suspensão da nomeação para um ministério criado só para ele por duas vezes. Numa delas, o pedido da Rede Solidariedade foi derrubado. Espera-se agora o julgamento do segundo pedido…
Já o novo Ministro do STF, Alexandro de Moraes, chega ao Supremo com a missão causar problemas à Operação Lava Jato. Se não é
Espírito Santo, terra de ninguém
Greve dos Policiais Militares deixam o Espírito Santo como terra de ninguém. As revoltas que estão ocorrendo na capital, Vitória, são aterrorizantes. São mais de cem assassinatos em apenas seis dias de revolta. A cada dia que passa a coisa fica mais feia. Até o Exército já entrou para resolver a crise, mas a revolta dos bandidos é maior e nada parece cessá-los. O Governo Federal teme apenas que essa revolta no Espírito Santo contamine o Estado vizinho, no caso o Rio de Janeiro.
O país de sempre
Nada parece dar certo no Brasil de hoje. A Câmara dos Deputados abriu o ano legislativo de 2017 atuando em causa própria. Por 314 votos a 17, além de 4 abstenções, os deputados aprovaram urgência de um projeto que retira poderes do Tribunal Superior Eleitoral e, na prática, protege os partidos políticos de sanções previstas na Lei dos Partidos Políticos. Um dos pontos mais flagrantes do projeto é a possibilidade de que as legendas preservem o registro partidário mesmo tendo as conta anuais rejeitadas ou não apresentadas à Justiça Eleitoral.
A bagunça tomou conta da vida pública nacional…
É só seguir o dinheiro…
Como é que celulares chegam aos presos nas cadeias oficiais do Estado? Simplesmente pelas mãos de um agente penitenciário. Pelo menos um deles foi detido tentando transportar para dentro das cadeias do Complexo Penitenciário Manoel Carvalho Neto, nada menos que 50 aparelhos celulares, além de carregadores e baterias. Está na hora de o Governo do Estado fazer uma varredura entre estes agentes…
Coordenador de bancada
Até agora Coordenador da bancada federal no Congresso Nacional, o Senador Antônio Carlos Valadares foi destituído pelos seus colegas, que puseram o deputado federal Laércio Oliveira no seu lugar. Valadares, em não se conformando com a destituição, tem feito uso das redes sociais para denunciar “o golpe” que sofreu, inclusive rotulando o governador Jackson Barreto de “cachorro azedo”. Na época das eleições, era assim que ele tratava o adversário do seu filho, Valadares Filho, à Prefeitura de Aracaju. E para não integrar o caro tem inventado uma série de estórias. Numa delas, o coordenador tem que ser escolhido e eleito por pelo menos dois senadores e não um só, no caso a Senadora Maria do Carmo Alves. Valadares não se conforma com a destituição e já promete levar o caso para a Mesa do Congresso. Não existe nada que dê burocracia ao cargo, que é algo informal, acertado pela bancada de cada Estado. O que Valadares tem que fazer é enfiar a viola no saco e curtir as dores da destituição no primeiro bar da esquina.