Não há nada mais interessante do que observar nessa fase pré-campanha a movimentação de certas lideranças políticas em torno dos prováveis candidatos ao governo nas próximas eleições de outubro. Vê-se de tudo. Tem gente que conversa de manhã com o grupo liderado por Marcelo Déda e logo mais à tarde já está rodeando o governador João Alves. Existem também aqueles mais dissimulados que juram que não vão mudar de lado, que estão certos do que querem, mas, que, na calada da noite, articulam traições.
Aliás, fazer política em Sergipe, ao longo dos anos, virou brincadeira de péssimo gosto, onde quem se arrisca a ser sério sofre grandes decepções. Na nossa política, tudo o que parece ser de um jeito, na verdade, acaba sendo completamente diferente. É o que se pode chamar de jogo às avessas (bem ao estilo mineiro).
Ontem mesmo, conversava com um influente político do PSDB sergipano e pude fazer essa constatação na prática. Tudo que dele ouvi, era exatamente o inverso do que está preste a acontecer. Quis rir, mas em respeito a ele, preferi ficar calado apenas ouvindo e fazendo de conta que acreditava nas “estórias”.
A vantagem de Sergipe, no entanto, é que todos se conhecem e tudo se sabe. Apenas os neófitos na política, aventuram-se a acreditar em acordos “firmados” muito tempo antes das convenções partidárias.
Aliás, aquele ditado popular “trair e coçar é só começar” aplica-se muito bem à nossa análise de hoje. É exatamente assim como as coisas funcionam por aqui. O gosto pela traição dos políticos da terra até parece vir de berço.
Com toda a certeza, nos próximos meses, teremos, aqui mesmo neste espaço, a oportunidade de discorrer sobre as agruras e angústias de certos candidatos majoritários que estão se achando o máximo. Como sei que costumam ler nossos comentários diários, provavelmente, ficará aquela pontinha de remorso: por que eu não acreditei !
Mas ainda é Carnaval. A dor de cabeça por enquanto será só por conta da ressaca.
Bom feriado, divirta-se e até quinta-feira, se Deus quiser!!!!