Três acontecimentos O pastor e deputado estadual Mardoqueu Bodano completou 23 anos de ministério religioso com grande festa e presença de fiéis no Constâncio Vieira, último sábado. A quantidade de admiradores, com show de Sérgio Lopes, mostrou o quanto querido é Mardoqueu, um homem de fé, que não faz acepções de pessoas e que tem sido um exemplo de parlamentar e homem religioso, tendo já passagem como pastor Outro acontecimento: perdemos Ana do Forró, uma heroína da música sergipana, moradora da Barra dos Coqueiros. O povo, em peso, foi ao seu enterro, aplaudindo com Amorosa no seu último adeus. Ana sempre foi uma guerreira, destemida, amada e mal compreendida, às vezes. Pelo seu destino sexual, sempre à frente de sua personalidade, ela sofria a discriminação na pele – mas como bom brasileiro – não desistia nunca. Os jornais pouco falaram e as TVs, nenhuma, foi ao seu enterro ver e testemunhar o quanto o povo a amava. Mas o que fazer se nos falta sensibilidade e homossexuais têm que padecer do preconceito até na morte. É muito triste ver as prioridades dadas pela Tvs do nosso Estado, a discriminação, verdadeiro “apartheid” que faz com certas pessoas, num total desrespeito de concessão pública aberta ao caráter cultural e social. Morre-se de apatia e entregam-se microfones a repórteres que se acham o samba canção do vovô e em velórios como de J. Inácio entrevistam pessoas “opacas” porque não conhecem a história, desconhecem os valores e isso vai dos câmeras(que se acham) aos moços que no off chamam o preso de bandido, quando esta palavra nem a Justiça ao julgá-lo pode pronunciar, mesmo tendo sido preso em flagrante, após colidir o veículo com uma bomba de gasolina. Não cabe ao repórter adjetivar personagem nem chamar de “elemento” no off. Isso é aberração jornalística. Mas voltemos a Ana do Forró: uma centelha de luz com a vida interrompida tão jovem. Como a vida, um jardim de folhas secas e vidas mortas. Último acontecimento: a Assembléia Legislativa, com convocação sabe-se- lá- de quem, abriu sessão para discursos contra o projeto de lei que proíbe a homofobia – violência praticada abertamente pela sociedade contra homossexuais. Deitaram falação, colocaram o nome de Deus em vão e a outra parte – dos veados – não foi ouvida. O que está havendo com a Assembléia – casa da democracia que não me convida para eu dar um show de streep tease e mostrar que o buraco é bem mais embaixo. Vade-retro satanás!
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