As aventuras de um consumidor no Brasil Trocaram o motor do meu carro A história de hoje narra a aventura de Consuminho ao descobrir que após deixar seu carro na concessionária para fazer reparos, a mesma efetuou a troca do motor. Consuminho gosta muito de carro, mas somente após muitos anos de trabalho, conseguiu comprar o seu primeiro automóvel zero quilômetro e mesmo assim teve que financiar parte do pagamento para 70 meses. Com sete meses de uso o tão sonhado zero quilômetro começou a apresentar um barulho no motor. Por diversas vezes Consuminho levou o carro na concessionária que, sem sucesso, não conseguiu resolver. Simplesmente falavam que era desgaste natural de algumas peças. Inconformado, Consuminho disse que quando comprou o veículo não foi informado que o carro teria o barulho do motor aumentado na medida do desgaste das peças. Disse ainda que não existe qualquer explicação nesse sentido também no manual de instruções do veículo e exigiu uma solução definitiva, sob pena de recorrer à Justiça se fosse necessário e deixou mais uma vez o carro para fazer reparos. Ao comparecer na concessionária para receber o carro, Consuminho foi orientado a ir até o Detran para dar entrada em uma documentação. Sem entender nada, questionou o funcionário da loja sobre o procedimento, quando este lhe respondeu que o problema do carro agora estava definitivamente resolvido, pois a concessionária havia colocado um motor novo no seu carro. O gerente da oficina cumprimentou Consuminho pelo novo motor do carro. Disse que foi muita sorte, pois nem todo fabricante/concessionária faria aquilo. Ao final orientou Consuminho a assinar um papel e entregá-lo no Detran. O documento o qual a loja orientou Consuminho a assinar era uma autorização para a concessionária trocar o motor do carro. Ocorre que sequer foi consultado sobre essa opção. Consuminho sem acreditar que o sonhado zero quilômetro teve que trocar o motor com apenas sete meses de uso recebeu a documentação, recusou-se a receber o carro e foi para casa consultar o Código de Defesa do Consumidor, onde descobriu que não é obrigado a aceitar aquele tipo de conserto. No outro dia, Consuminho dirigiu-se até a loja, disse que não concordava com a substituição do motor do carro, pois com pouco tempo de uso aquele procedimento diminuiu o valor do seu veículo e solicitou a imediata substituição por outro zero quilômetro em perfeitas condições de uso. Como a loja não lhe atendeu, registrou uma reclamação no Procon. Registrou ainda uma ocorrência na Delegacia de Defesa do Consumidor para investigar a prática de crime contra as relações de consumo. Diante da recusa do fabricante e da loja, Consuminho ajuizou uma ação na Justiça, aguarda a tramitação do processo e não perde uma oportunidade para divulgar o fato a conhecidos, colegas e amigos. Ele não quer que outras pessoas passem pelo mesmo problema com aquela montadora, muito menos com a ‘respeitosa’ concessionária. Consuminho não tem idéia de quando vai poder comprar outro carro zero quilômetro, mas já sabe que não será daquela montadora e muito menos naquela concessionária. Faça como Consuminho e exija o seu direito. Agindo assim, estará contribuindo para a melhoria da qualidade das relações de consumo.
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