Um dedo. Um orifício.

Num mundo não muito distante, o maior desejo dos homens era que suas parceiras aceitassem o sexo anal como parte do cotidiano de prazer do casal. Muito se resistiu, se lutou, queimaram-se sutiãs e elas cederam. Reclamaram, mas cederam. Em posições inconfessáveis, as donas-de-casa sabiam que satisfazer seus maridos estava acima de qualquer preceito bíblico. Eles pediram uma evolução e elas evoluíram até demais (para opinião de alguns deles).

Muitas camas desfeitas depois… a coisa mudou de lado e a libertação da mulher, no sentido de se permitir tudo sem se sentir escravizada pelo novo-sexo-frágil (o homem), foi um marco. Ele que muito insistiu para penetrar por traz agora se sentindo invadido, em alguns casos até obrigado, a satisfazer a sua esposa sendo comido por ela. Na chamada “inversão”, a mulher tem papel dominante e isto é fantástico para que se rediscuta a conduta sexual nos dias de hoje.

Ela sempre foi exploradora e na arte sexual uma aluna aplicada. Ele, super moderno, professor universitário, liberal… pero no mucho, do tipo machão, que arrota e não dispensa uma cervejinha, nem um papinho malandro com os amigos se viu diante de um dilema moral: ceder ou não aos desejos dela de penetrá-lo? Na balança do amor, um casal que não faz sacrifício em nome do prazer alheio não permanecerá junto. Será que algum padre fala isto na hora de celebrar um casamento? Acho que não! Daí fica-se sempre na história do amar na riqueza, na pobreza e na doença, quando na verdade a gente sabe que é na cama que 90% de tudo se resolve.

A conta era simples: ou ele aceitava ou ela continuaria insistindo até deixar a relação em busca de outro parceiro. Foram semanas de conversa no pé do ouvido. A coisa ficou tão tensa que nem sexo anal (nela) ele queria mais fazer. Aquela coisa de não fazê-la lembrar da “parte intocável dele”. Mas sempre ali, na hora em que ele estava quase gozando, ela o fazia pensar na inversão e falava: eu ainda vou comer você!

Num mundo dividido entre Dilmas, Lulas, Cunhas e cus, as pessoas que buscam explorar o prazer não esquecem jamais seus objetivos e vão catequizando o outro até conseguirem comer. E quando uma mulher coloca uma coisa na cabeça não existe moral (nem religião) que a faça esquecer. E eis que um dia ela conseguiu.

Penetrou.

Penetrou pouco, mas penetrou. Já estava desconfiada que ele cederia naquela noite e assim, mais cedo, cortou as unhas rentes para não machucar o parceiro. Os pelos do ânus dele não atrapalharam. Como ele já praticava sexo anal nela com o uso do gel, ela copiou a coisa do gel e foi… foi aos pouquinho. Enquanto ele estava por cima no famoso papai-mamãe minha amiga encontrou o final do corpo dele. Introduziu o dedo. Um gemido. Mais um pouco. Três gemidos e um sussurro no ouvido dela, ordenando: enfie!

Os sexólogos dizem que tanto as mulheres quanto os homens são capazes de gozar sentindo estímulo na região do ânus. Os gays já aprenderam isto e sabem que a próstata, órgão típico masculino, espécie de identidade do homem, mas que no fundo funciona como o clitóris da mulher, é o “Ponto G masculino”. Certamente o prazer máximo para o homem (dizem que por esta descoberta, o número de gays passivos vem crescendo assustadoramente nos últimos anos). Com a próstata localizada quase que na porta, mais ou menos de dois a três centímetros após a entrada do ânus, nem é preciso que se coloque um dedo inteiro, basta saber como explorar a coisa em si que o prazer vem “de com força”.

Precisamos ter uma relação cordial com nosso corpo, principalmente com nossos órgãos sexuais. Respeitando o desejo do outro e se permitindo brincar na relação sexual, o amor só tende a crescer. Isto é um fato inexorável!

Lembra da amiga que citei lá em cima? Então, após fazer o parceiro gozar “como ele nunca gozou antes”, ela foi acrescentando coisas e aprimorando o sexo ao ponto de depilar o namorado, deixando-o lisinho, e para completar a coisa toda ainda comprou um vibrador (pequeno e fino) para usar nele. Sim, hoje em dia muitas mulheres usam vibradores em seus parceiros para satisfazê-los tranquilamente, e dizem que esses homens casados e comidos são os mais felizes.

Se você está lendo isto e já pensou que um cara que se permite tal coisa não passa de um “gay encubado”, você pode até estar certo, porém, toda pessoa inteligente sabe que para ser gay é preciso se sentir atraído emocionalmente pelo mesmo sexo. É ter atração e sentimento pelo mesmo sexo! Um homem, que “se garante”, que se permite sentir prazer e que deixa a sua esposa explorar o seu corpo é apenas um sábio.

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