Vacina para quê?

Eis que após 10 meses de angústia, a vacina finalmente foi aprovada no Brasil. Porém, mais rápida do que a produção da vacina é a produção de notícias falsas que está veiculando sobre ela. Ao longo de alguns meses, pesquisei em artigos científicos devidamente reconhecidos por instituições renomadas internacionalmente, além de conversar com profissionais de saúde que lidam diretamente com a imunização, e com minha irmã, Mariana Andrade, estudante do curso de Farmácia do campus de Lagarto, da Universidade Federal de Sergipe.

 

De acordo com todas essas pesquisas, venho através da coluna, para trazer informação apurada, verificada e com embasamento em dados reais. O trabalho de nossa classe jornalística é averiguar e informar, e mesmo sendo um espaço em que eu posso escrever de maneira opinativa sobre o que eu quiser, acho importante que a minha opinião sirva para trazer informações credíveis e úteis, ao contrário das criações reproduzidas por redes sociais e achismos.

 

Resumindo, as informações coletadas através desses profissionais e também na Organização Mundial da Saúde -OMS, a vacina é, de maneira geral, uma imunidade adquirida, ou seja, usa as defesas naturais do seu corpo para construir resistência a infecções específicas e torna seu sistema imunológico mais forte, uma vez que ela vai sensibilizar o sistema imunológico do organismo, fazendo com que ele crie os anticorpos, as defesas que auxiliam no combate de muitas doenças que podem levar à morte ou deixar graves sequelas, a exemplo da tuberculose. Para essa doença, foi criada a famosa BCG, aquela vacina que deixa a marquinha no braço e que evitou, e ainda evita, a morte de muita gente.

 

É necessário explicar que as vacinas contêm apenas formas mortas ou enfraquecidas de germes como vírus ou bactérias, elas não causam a doença ou colocam você em risco de morte. Mas a vacina cura? Não, porém ela é muito importante no processo de erradicação de uma doença, a exemplo do sarampo que já foi erradicada do Brasil por causa da campanha de imunização através da vacinação, porém, recentemente casos voltaram a acontecer por conta da resistência à vacinação por parte de alguns grupos. Atualmente, existem vacinas disponíveis para proteger contra pelo menos 20 doenças, como difteria, tétano, coqueluche, gripe e sarampo. Juntas, essas vacinas salvam a vida de até 3 milhões de pessoas por ano.

 

Um dos questionamentos acerca da eficácia da vacina para o combate à COVID-19 foi a rapidez que foi desenvolvida. Vejamos, de acordo com minhas entrevistadas, o processo de criação de uma vacina vai além da parte laboratorial, pois para serem realizados os testes existem normas a serem seguidas, e no Brasil, o Conselho Nacional de Saúde criou diversas resoluções que asseguram respeito total à dignidade do ser humano, entre outros, até serem aprovadas pela ANVISA. Esses processos burocráticos foram agilizados devido a gravidade da situação em termos de proporções mundiais, somados ao avanço científico.

 

Ou seja, todo o planeta está atrás do mesmo objetivo: a vacina para a cura do novo coronavírus, a exemplo da Coronavac. Lembrando que o processo de globalização implica que a mesma pesquisa pode ser desenvolvida em lugares diferentes, tornando possível que uma vacina seja produzida em tão pouco tempo e sem alterar sua eficiência, sem que ela possa causar diversos danos como dizem os especialistas em fake news.

 

A vacina é, então, uma maneira segura e inteligente de produzir uma resposta imune no corpo, sem causar doenças. Os ingredientes da vacina podem parecer desconhecidos quando lemos no rótulo. No entanto, muitos dos componentes utilizados nas vacinas estão naturalmente no nosso organismo, no ambiente e nos alimentos que consumimos. Como qualquer medicamento, as vacinas podem causar efeitos colaterais leves, como febre, ou dor ou vermelhidão no local da injeção. Portanto, a vacinação não é só importante para imunizar o indivíduo, ela também age de uma forma social, pois evita a propagação em massa de doenças, fazendo com que um surto não se agrave para uma epidemia, até se tornar uma pandemia, a exemplo da COVID-19.

O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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