Vidas secas

Entra ano e sai ano sem que o poder público adote medidas consistentes para reduzir os prejuízos causados pela falta de chuvas no sertão sergipano. Em vez disso, espera-se a chegada da seca para adotar paliativos como a contratação de carros pipas e a distribuição de cestas básicas aos flagelados. Agora mesmo o governo está agindo no semi-árido, sempre com as tradicionais e dispendiosas providências que, embora diminuam o sofrimento do sertanejo, custam caro e não são duradouras. Seria tão bom que, em vez de continuar queimando dinheiro, se adotasse medidas concretas. Só assim o causticante sertão narrado por Graciliano Ramos no livro Vidas Secas viraria o oásis que é hoje Petrolina, em Pernambuco.

Desespero

Trabalhadores rurais de Porto da Folha, Monte Alegre, Poço Redondo e Canindé bloquearam ontem a rodovia Rota do Sertão por cerca de três horas. Eles queimaram pneus e ossadas de animais para exigir mais empenho do governo no combate a seca que assola o semi-árido sergipano. Os manifestantes exigem, inclusive, que o Banco do Nordeste libere crédito emergencial de R$ 12 mil para cada trabalhador. Estão certos!

Jantar político

Entre um quitute e outro, o senador Antônio Carlos Valadares (PSB) e o vice-governador Jackson Barreto (PMDB) discutiram a conjuntura política sergipana. O empréstimo de R$ 727 milhões que o governo pretende fazer também fez parte do jantar que Valadares ofereceu ao aliado na Atalaia Nova. “Ele está muito antenado e seguro com o projeto político do nosso grupo”, festejou Barreto.

Sem sangue

O policial militar que decidir doar sangue durante o Pré-Caju pode ser punido. Ontem, o Ministério Público de Sergipe recomendou à Secretaria da Segurança Pública que impeça qualquer ação dos PM’s visando boicotar a prévia carnavalesca, que começa no próximo dia 17. A recomendação objetiva evitar o que aconteceu ano passado, quando centenas de policiais militares decidiram doar sangue durante o Pré-Caju.

Professores

O piso nacional dos professores deve ser reajustado em 7,97% a partir deste mês, segundo cálculo da Confederação Nacional dos Municípios (CNM). De acordo com a entidade, o valor deve passar de R$ 1.451,00 para R$ 1.566,48. A entidade defende ainda que o reajuste do piso, em vez de seguir os critérios do Fundeb, acompanhe os valores do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).

Luto

Os sergipanos se despedem daqui a pouco de frei Miguel, que faleceu ontem vítima de pneumonia bacteriana. Com 104 anos, o capuchinho veio para Sergipe em 1961. Antes de se estabelecer em Aracaju, trabalhou nas paróquias de Santa Rosa de Lima, Divina Pastora, Rosário do Catete, Maruim e Santo Amaro. O corpo de frei Miguel será sepultado hoje pela manhã na Igreja São Judas Tadeu, que ele ajudou a construir no bairro América, em Aracaju.

Cultura

A cantora Amorosa, nova coordenadora de cultura da Funcaju, está preocupada com a falta de recursos. Segundo ela, o baile carnavalesco promovido pela Prefeitura e a premiação da rainha e do rei Momo podem não acontecer por falta de dinheiro. Amorosa pretende conversar com o prefeito João Alves Filho (DEM) sobre a situação financeira da Funcaju.

Reajuste

Os benefícios do INSS maiores do que um salário mínimo foram reajustados em 6,15% com validades desde o último dia 1º. Também foi definido que o valor mínimo dos benefícios pagos pelo INSS em 2013 é de R$ 678, e o máximo, de R$ 4,157,05. A partir dela, mudam também as faixas salariais de cada alíquota de contribuição. Quem ganha até R$ 1.247,11 pagará 8%; quem recebe entre esse valor e R$ 2.078,52 contribuirá com 9%; e quem tem rendimento superior a isso destinará 11% ao INSS.

Tá decidido

E o deputado estadual Zé Franco (PDT) voltou a dizer que só vota a favor do empréstimo de R$ 727 milhões se o governo garantir liberar R$ 60 milhões para obras em Socorro. “Minha posição pertence ao povo e não a interesses e sonhos individuais ou eleitoreiros”, postou Franco no twitter.

Do baú político

Muita gente se assusta hoje com as duras críticas feitas pelos candidatos a seus adversários durante a campanha eleitoral. Aliás, temendo perder votos, alguns concorrentes até evitam jogar pesado no horário eleitoral gratuito. No passado, contudo, a coisa era diferente. Para conquistar o eleitorado, os políticos não poupavam os adversários. Em seu livro ‘História Política de Sergipe’, o professor Ariosvaldo Figueiredo cita trechos do discurso feito pelo líder do PTB, Francisco de Araújo Macedo, em janeiro de 1952, num comício do candidato a prefeito de Aracaju, José Conrado de Araújo. Veja o que disse o petebista contra o político José Antônio Nunes Mendonça: “Este elemento não passa de um cínico, cachaceiro, ladrão, patife e safado”. Está assustado? Pois na mesma campanha política, José Nunes Mendonça afirmou num comício em Boquim que o então governador Arnaldo Garcez (PSD) era “um batedor de carteira”.

Resumo dos jornais

O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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