Eleições: confira a entrevista com Valmir de Francisquinho (PL)

O Portal Infonet divulga nesta terça-feira, 13, a entrevista com o candidato ao governo de Sergipe, Valmir de Francisquinho (PL), tendo como candidata a vice, Emília Correa (Patriota).

O objetivo é conhecer um pouco mais sobre os objetivos do candidato quanto aos assuntos de interesse da sociedade, a exemplo da Educação, Emprego, Saúde, Segurança Pública, Cultura, Transporte e Turismo. Confira a entrevista abaixo:

Portal Infonet- Caso eleito, como o senhor (a) permite atuar no que diz respeito à melhoria da estrutura das escolas, à oferta de vagas e à valorização dos professores?

Valmir de Francisquinho- Vamos começar pelo fundamental: sem valorização não tem solução! É uma frase de efeito, mas diz respeito ao que eu sempre fiz nas minhas decisões administrativas. Não tem sentido esse esticar de corda com o SINTESE e com os professores em relação ao Piso Nacional da Educação. Tem que pagar e pronto! As demandas podem ser tratadas abrindo as contas do FUNDEB para a sociedade e encontrar as soluções com base no diálogo. Quanto as vagas, para ter mais alunos, se aumente a qualidade do ensino público! As coisas se amarram: professores valorizados, programas inteligentes, criativos e executáveis geram uma melhoria na qualidade de ensino. Ensino melhor, mais alunos nas escolas. Quanto a infraestrutura, o governo tem gasto milhões em reformas. Não gastarei tanto, pois vamos fazer o correto: reformaremos e, principalmente, manteremos a qualidade das escolas e demais prédios públicos com um serviço de zeladoria realizado pelo próprio governo, sem precisar licitar, o que é bem mais barato e gera muitos empregos.

Portal Infonet- Segundo o IBGE, Sergipe possui a 3ª maior taxa de desemprego do Brasil. Quais suas propostas para ampliar oportunidades de emprego e geração de renda em Sergipe?

V.F- Está aí na primeira resposta um dos pilares da nossa política de geração de emprego: o governo vai assumir as suas responsabilidades e isso, no curto e no médio prazo, diz respeito a realização de concurso público. Mas no curtíssimo prazo diz respeito a contratar diretamente, via processos seletivos simplificados, essa mão de obra importante e que faz parte da base econômica, que são os prestadores de serviços mais básicos. Deso, Educação e Saúde absorverão um grande número de novas vagas de trabalho na nossa economia. Junto com isso, teremos um programa estadual de finalização e conclusão de obras públicas. Aí cobraremos pesadamente das empresas que venceram as licitações para que elas façam o básico: terminar a obra, com o Estado em cima, fiscalizando, apoiando no que lhe for possível e legal e pagando corretamente, na data. Fiz isso em Itabaiana e terminamos e entregamos todas as obras que estavam paralisadas e até abandonadas. Com Estado trabalhando com responsabilidade e pagando certinho, grandes empresas se interessarão de vir para Sergipe e aí gerar ainda mais emprego e renda. E nós as buscaremos, mostrando que Sergipe é viável economicamente.

Portal Infonet- Quais os seus projetos para ampliar o acesso da população aos serviços de saúde? Há projetos voltados ao tratamento de adultos e crianças com câncer?

V.F- Tenho dito e não abrirei mão disso: não quero ser governador para que alguma sergipana ou algum sergipano precise sair de Sergipe para ir se tratar de câncer ou de outras doenças em outros Estados. Isso é estúpido, inaceitável. Construímos postos de saúde em bairros e povoados de Itabaiana, que funcionam de verdade, para aumentar o acesso da população aos serviços. Na Covid, abrimos um centro de referência quase que imediatamente, para aumentar o acesso em momento tão delicado. No Estado, temos três frentes: construir, finalmente, o Hospital do Câncer, a Cidade da Saúde, uma bela ideia do nosso senador Eduardo Amorim, na região do entorno do Hospital João Alves, para desafogar o João Alves, e uma política de descentralização dos serviços que não seja esquema de marketing. Tem que ser real, como hoje é em Itabaiana, com a oferta, de cerca de 60 especialidades. Isso na prática, no dia a dia. E o governador Valmir, assim como fez o prefeito Valmir, vai visitar pessoalmente todas as unidades de saúde do Estado sem avisar ninguém, para ouvir o povo e ver como o povo está sendo atendido.

Portal Infonet – O efetivo de policiais, sobretudo, militares e penais, ainda é um problema em Sergipe e repercute em insegurança para a população. O que pretende fazer para mudar essa situação e solucionar outros problemas ligados à segurança pública em Sergipe?

V.F- Esse é mais um compromisso nosso já firmado e que vai ser cumprido: valorização dos profissionais e concurso público. Como pode ficar brincando com a segurança das pessoas e entrar em confronto com Polícia Militar, Polícia Civil e Corpo de Bombeiros pelo que eles têm total direito que é a Periculosidade? Ou ficar enrolando a contratação de Policiais Penais, já que há um déficit deles no sistema? E agora vir com papinho de que vai avançar! Aí só se for avançar dando um passo em direção ao precipício! As demandas das nossas forças de segurança serão atendidas, conveniaremos pesado com a União para implementação de processo integrados de segurança pública, investiremos em inteligência, teremos monitoramento de todas as nossas fronteiras, inclusive nas que são atendidas por estradas vicinais e tornaremos o combate ao crime uma marca forte do nosso governo. Teremos uma segurança forte porque teremos um governo forte! Mas veja bem: forte, não perseguidor. Porque a polícia sergipana, valorosa e qualificada, tem que estar é ao lado do povo e não de governo A ou B. Pode ter certeza que a polícia será valorizada e a população vai reconhecer isso e valorizar ainda mais a nossa polícia!

Portal Infonet- Durante a pandemia, o setor cultural – que já é carente de fomento – foi fortemente impactado pela pandemia. Aqui em Sergipe, o que o senhor (a) pretende fazer para valorizar os artistas locais e fomentar a cultura sergipana?

V.F – Nesse ponto eu preciso citar o meu trabalho enquanto prefeito de Itabaiana. Sei que a marca principal é a de tocador de obras, realizador de projetos para a população, de grande pagador em dia, de ouvir muito e tomar as decisões mais corretas na base do equilíbrio e do diálogo. Mas o que muita gente não sabe é que os artistas itabaianenses, nas minhas gestões, passaram a ter espaços generosos nas nossas festas públicas, com destaque para a Festa dos Caminhoneiro, onde encurtamos o tempo de cada show, ajustamos horários, mas a cada noite todos os artistas de nossa cidade tiveram a oportunidade de se apresentar junto com as grandes atrações nacionais. E outra coisa: consultamos o Tribunal de Contas e conseguimos o parecer favorável para que os artistas locais só subissem ao palco com o cachê já na conta, já pago. Além disso, temos atividades culturais sendo praticadas por nossos grupos de convivência social, demos apoio à filarmônica e à sinfônica, à Bienal do Livro, sempre inserindo de forma qualificada a participação dos artistas itabaianenses nas atividades da prefeitura e incluindo a prefeitura no apoio a todas as atividades culturais locais. E em Sergipe, com tanta gente boa em todas as artes? O que o artista precisa é trabalhar, mostrar seu trabalho. E no governo de Valmir trabalho é o que não vai faltar!

Portal Infonet- O usuário que utiliza o transporte público reclama da frota insuficiente e da demora dos ônibus. O senhor (a) acha que é possível a implantação de um transporte público mais adequado no estado, sobretudo, nas áreas mais carentes e na região metropolitana?

V.F- O sistema, no papel, é muito bom, em relação ao Estado. Cooperativismo nos transportes é uma conquista, impede a concentração em poucas mãos. E temos o cooperativismo nos municípios, interligando-os, através das cooperativas de táxi. No papel, o transporte público sergipano é uma maravilha. Mas no dia a dia falta um ator importante: o Governo do Estado. Como é que se pode exigir que algum empresário ou empreendedor garanta uma linha regular entre Porto da Folha e Gararu, por exemplo? Ali não se tem mais uma estrada, se tem uma verdadeira fábrica de acidentes e de veículos quebrados, de prejuízo pra quem empreende. Agora passam uma borra de asfalto como paliativo. Está errado! O governo tem que construir, reformar e, principalmente, manter a qualidade das rodovias, fiscalizar o transporte clandestino e não apenas para punir, mas para viabilizar a inclusão no transporte público legal. Quanto a região metropolitana de Aracaju, é simples: vemos os prefeitos discutindo, debatendo e nunca chegando a um consenso. Pois será o Estado, no governo de Valmir de Francisquinho, que vai assumir essa bronca. Quem é eleito tem encontrar as soluções e não ficar chorando os problemas.

Portal Infonet- Sergipe tem um grande potencial turístico, mas ainda pouco explorado. Como o senhor (a) atuará para estimular o turismo em nossa capital, mas também no interior do estado?

V.F – Mais uma eleição e o que a gente mais vai ouvir é dizerem que o litoral sul, o litoral norte, que Aracaju, que a culinária, que a Serra de Itabaiana, a Serra da Miaba, a cachoeira de Macambira, o sertão, os canyons de Xingó, que o São Francisco e o baixo São Francisco, tudo são potencialidades. Mas os governos não exploraram! É só de falatório a cada eleição. Como pode o São João de Sergipe, um Estado inteiro em festa, já não ser considerado o Maior do Mundo? É o governo que tem que fazer isso acontecer! Como pode os guardadores de carros na Orla de Aracaju, a mais bonita do Brasil, não serem qualificados e identificados pelo poder público? Como pode a saída do Aeroporto de Aracaju não ter outdoors divulgando cada cidade, cada festa, cada manifestação cultural nossa? E as manifestações religiosas, que agora têm também Santa Dulce dos Pobres, não serem divulgadas nacional e internacionalmente? Então, em relação ao turismo, não vou repetir os velhos candidatos em todas as eleições. Vou é pedir uma chance ao povo sergipano de mostrar que nós podemos fazer diferente e fazer melhor.

por João Paulo Schneider