“Bergman Island” (SUE/2004) 
Gênero: Documentário
Direção: Marie Nyreröd
Com: Ingmar Bergman, Erland Josephson
Idioma: Sueco
Legendas: Português
Áudio: Sueco (Dolby Digital 2.0)
Tela: Cheia
Filme obrigatório para admiradores e curiosos da obra do cineasta e dramaturgo sueco, “A Ilha de Bergman” é um documentário revelador. Muito bem conduzida pela diretora Marie Nyreröd, que tem o domínio preciso na arte de entrevistar, e muitas vezes aparece ao lado de Bergman, numa cumplicidade poucas vezes vista em filmes desse gênero, essa versão reduzida, sai agora pela Versátil sob a licença da SVT da Suécia.
É na Ilha de Fårö , seu refúgio desde o anos 60, quando comprou uma casa por lá, que Bergman conta detalhes de sua infância, sua relação ambígua com a mãe, seu afastamento com relação ao pai, sua incursão pelo teatro e pelo cinema e a vida amorosa.
Ao mesmo tempo em que o espectador vibra com ‘o mito’, ao conferir imagens raras das filmagens de “Morangos Silvestres”, “Através de Um Espelho”, Fanny e Alexander” e entrevistas, há um quê de frustração ao se deparar com o ‘homem” cheio de fragilidades e medos. Bergman, que teve vários relacionamentos e nove filhos, reconhece o quanto foi negligente ao não dar a atenção devida aos seus descendentes e às esposas, excetuando a última mulher, Ingrid, com quem viveu 24 anos.
Mas nada disso é capaz de manchar a carreira desse gênio que morreu há três anos, aos 88 anos e foi responsável por obras-primas como “O Sétimo Selo”, Gritos e Sussuros” “A Fonte e a Donzela”, “Fanny e Alexander” e “Através de Um Espelho” sendo vencedor por esses três últimos filmes do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, e tendo ganho outros prêmios nos mais prestigiados festivais do mundo.
Por Suyene Correia
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