ORSSE celebra Consciência Negra em concerto especial na quinta-feira, 20

Maestra Sarah Higino e trompetista Amarildo Nascimento são destaques da celebração

(Foto: Julia Rodrigues)

A Orquestra Sinfônica de Sergipe (ORSSE) volta ao palco do Teatro Tobias Barreto nesta quinta-feira, 20, para celebrar a Consciência Negra em um concerto especial que exalta a riqueza e a diversidade da cultura afro-brasileira. A apresentação traz como convidados a maestra e pianista Sarah Higino, reconhecida por sua sólida carreira no Brasil e no exterior, e o trompetista solista Amarildo Nascimento, um dos maiores nomes do instrumento no país. A ORSSE é uma realização do Governo de Sergipe, por meio da Fundação de Cultura e Arte Aperipê (Funcap), com patrocínio do BaneseCard e apoio do Instituto Banese. Os ingressos estão disponíveis na Sympla e nas bilheterias do teatro a preços populares.

Mais do que uma apresentação artística, o concerto busca promover reflexão e valorização das contribuições da população negra para a história e a identidade cultural do Brasil, estimulando igualdade, respeito e consciência social por meio da arte. O repertório contempla composições do sergipano Gilson Santos – dentre as quais se destaca “A Revolta dos Malês”, em homenagem ao levante de africanos escravizados em Salvador ocorrido em 1835 -, e obras de compositores negros, como Chiquinha Gonzaga e Samuel Coleridge-Taylor.

Sobre a maestra Chiquinha Gonzaga (1847–1935), pianista, compositora e pioneira, foi a primeira mulher a reger uma orquestra no país e figura essencial na música brasileira e na luta pela emancipação feminina. Autora de obras icônicas como “Ó Abre Alas”, Chiquinha deixou um legado de inovação, engajamento social e resistência.

Outro nome presente no concerto é o de Samuel Coleridge-Taylor (1875–1912), compositor e maestro britânico de origem africana, reconhecido por integrar elementos da música clássica europeia com influências afrodescendentes. Figura importante da representatividade negra na música do início do século XX, Coleridge-Taylor dedicou sua trajetória à valorização da herança africana, deixando obras marcantes apesar de sua morte precoce aos 37 anos.

Sobre os convidados

A regente convidada, Sarah Higino (RJ), é Mestre em Música pela UFRJ e possui reconhecida atuação artística, acadêmica e educacional. Tem se destacado em importantes orquestras brasileiras e estrangeiras, além de conduzir projetos de formação musical que beneficiam milhares de jovens. Sua trajetória é marcada por compromisso com democratização da cultura e pela promoção da inclusão por meio da arte. Já recebeu prêmios como o Lions Cultura – RJ, a Medalha Tiradentes (Alerj) e a Medalha Getúlio Vargas (Câmara Municipal de Volta Redonda).

O solista Amarildo Nascimento é trompetista da Orquestra Sinfônica da Universidade de São Paulo (OSUSP), com carreira consolidada como solista e camerista. Membro do São Paulo Brass Trio e artista Conn/Selmer, Amarildo possui atuação expressiva no Brasil e no exterior, participando de importantes festivais, estreando obras dedicadas a ele e ministrando masterclasses em instituições brasileiras e internacionais. Sua pesquisa se concentra nas práticas interpretativas para instrumentos de sopro e no repertório sinfônico brasileiro.

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