Camilla Campos fará live sobre o projeto Tem história nesse prato

Música, gastronomia e cultura popular sergipana são as estrelas do projeto “Tem história nesse prato”, promovido pela compositora (Foto: Pritty Reis)

No dia 21 deste mês, a compositora e cozinheira, Camilla Campos, realiza a Live oriunda do projeto “Tem história nesse prato”. O encontro virtual será realizado às 17h, na página do Youtube Camilla Campos. A ideia surgiu para apresentar à população em geral um pouco da cultura popular sergipana, sob o olhar do alimento, de uma forma lúdica e festiva, através da contação de história e algumas músicas dos grupos. Nesta edição, a Live contará com a presença da grande compositora e musicista Rayra Mayara, cantando e tocando algumas músicas das manifestações populares escolhidas para o projeto.

O projeto é fruto do edital Subsídios para Espaços Culturais e Janelas Para as Artes, da Lei Aldir Blanc, realizado através da Fundação Cultural Cidade de Aracaju (Funcaju).

De acordo com Camila, a ideia surgiu a partir de sua paixão pela cultura popular, através da música, e atualmente com o seu trabalho com a culinária. A compositora afirma que a cultura do alimento é algo dissociado das outras formas de expressões culturais como a dança ou a música, por exemplo. Porém, o alimento é a primeira informação cultural que recebemos, primeiro com o leite materno e posteriormente através das relações com o meio em que vivemos. Além disso, a artista escolheu a contação de história como narrativa para alcançar principalmente o público infantil. Na ocasião, o músico e dramaturgo Humberto Barreto, atuará como um griô e conduzirá todo o propósito desta mescla cultural sob o olhar do alimento.

“A cada manifestação escolhida eu busquei a inspiração das minhas experiências com as festividades dos grupos, como por exemplo o lambe-sujo ( Laranjeiras-Se). Para mim, a festa tem sabor de melaço, da cana. Em relação ao grupo Parafusos (Lagarto-Se), com certeza a minha paixão por sua história e encantamento; para mim uma das manifestações mais bonitas do estado. E o terceiro grupo foi escolhido exatamente pela importância que essas mulheres extrativistas representam para o nosso estado, as Catadoras de Mangaba, são artesãs, marisqueiras, culinaristas, poetisas. O que me chama mais atenção nestas grandes mulheres é a rede criada para mantê-las e a preocupação com a sustentabilidade em seus trabalhos”, destacou a compositora.

Durante o encontro virtual, Camilla apresentará 3 pratos, cada um homenageando um grupo escolhido. O “Cesto Ô Suzanê”, é inspirado na personagem da Mãe Suzana, do lambe-sujo, por ser a responsável pelo suprimento do bando de escravos quando fugiam dos senhores de engenho e representar esta função com um grande cesto carregando várias panelas amarradas a ele durante o cortejo. A ideia do reaproveitamento alimentar também é trabalhada neste prato. Já o segundo prato, o “Parafuso escondidinho”, é uma forma de contar a história do grupo associando aos produtos locais do município de Lagarto, tendo como principal ingrediente a mandioca. Por fim, o prato em homenagem às Catadoras de Mangaba, “Meu rodete”, veio da ideia de fomentar os produtos da associação, utilizando como base a geléia de mangaba e o aratu, uma vez que elas vivem da pesca artesanal e sustentável desse crustáceo.

Fonte: Assessoria

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