Evento acontece no dia 6 de dezembro (Foto: divulgação) |
Primeira editora nos moldes cartoneiro de Sergipe, a Chita Cartonera será lançada dia 6 de dezembro no Centro Cultural de Aracaju, localizado na Praça General Valadão. Na ocasião, o público terá o primeiro contato com as três primeiras obras editadas pela iniciativa: "Bolor", do dramaturgo Euler Lopes, "Cacimbas", do contista Joaquim Prata, e "Coração Despovoado", da poeta Débora Arruda.
Projeto Cartonero
A editora chega em Sergipe em uma situação similar à que originou o movimento cartonero na Argentina, em 2003. Naquela época, o país passava por uma crise político-financeira e os livros com capa de papelão eram uma forma de viabilizar o escoamento da produção literária, frente às grandes corporações do ramo.
"A gente quer superar essa crise política e econômica com criatividade", diz a integrante da editora Marianna Viana. "Para isso, ressignificamos o papelão e fazemos dele não só a capa de um livro, mas também uma peça única de ilustração, pintura, gravura e tantas possibilidades de técnicas que são infinitas", completa Vianna.
Livros editados
A pluralidade não se resume apenas às possibilidades de capas, perpassa também pelo conteúdo das peças editadas pela Chita Cartonera. Um das obras é "Bolor", uma ficção poética que já era conhecida do público através do Facebook do autor Euler Lopes. A obra, de viés moderno, traz ao público uma escrita diferente de Lopes, conhecido por seus textos teatrais.
Mais tradicional, "Cacimbas" é uma reunião de contos e crônicas do imortal da Academia Lagartense de Letras, Joaquim Prata. A peça dá visibilidade a escritores de uma outra faixa etária e ainda do interior do estado. Já "Coração Despovoado" tem um outro gênero, a poesia. O livro é escrito por uma mulher, Débora Arruda, que é uma figura que já está no cenário artístico e traz ao livro uma compilação de temas que são vividos no país. Sendo este o primeiro livro da poeta, seria interessante passar adiante a sua obra para outros grupos.
"A escolha destas primeiras obras faz com que elas sejam mostradas a outras pessoas, outros grupos, de maneira a mesclar o público dessas três obras, possibilitando o diálogo entre eles, disse Ana Rita, responsável pela editoração da Chita Cartonera.
Fonte: Assessoria de Imprensa
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